Título | Código | Data | Descrição |
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Antonio Duro Ferreira (1943-2014) | _ |
Formado pela Escola Nacional de Educação Física, hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 1965, elaborou e implantou neste mesmo ano o projeto de educação física da PUC-Rio. Foi criador também da Coordenação de Educação Física da Universidade, que liderou por vinte anos. O Professor Antonio Duro Ferreira fez pós-graduação em Administração Esportiva, de 1971 a 1972, na Alemanha. Em parceria com o IAG, em 1978, organizou na PUC-Rio o Curso de Administração de Entidades Esportivas, então único no país. Foi um dos precursores no Brasil em ações voltadas para a importância da administração profissional dos clubes de futebol. Participante ativo do dia a dia da Universidade, foi também assessor de quatro Vice-Reitores Comunitários, entre eles o atual Vice-Reitor, Professor Augusto Sampaio. Ferreira foi presidente da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) e coordenou a Comissão Disciplinar da PUC-Rio. O Professor Renato Callado Ferreira, atual coordenador de Educação Física e Esportes e de Atividades Estudantis da Universidade, filho do Professor Antonio Ferreira, relatou ao Jornal da PUC a paixão do pai, falecido aos 71 anos, por todos os esportes e por suas atividades com alunos e colegas da PUC-Rio. (Vice-Reitoria Comunitária) (+19 de fevereiro de 2014) |
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Antônio Ferreira Paim (1927-2021) | _ |
Morreu, aos 94 anos, o filósofo e historiador baiano Antônio Ferreira Paim, considerado um dos expoentes do pensamento liberal brasileiro. Paim estudou Filosofia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde depois se tornou professor. Lecionou na PUC-Rio, nos anos 1970, e coordenou, no Departamento de Filosofia, o mestrado em Filosofia e Pensamento Brasileiro. Autor premiado do Livro de Estudos Brasileiros (1968) e do clássico História das Ideias Filosóficas no Brasil, pelo qual foi vencedor do Prêmio Jabuti, em 1985, dedicou-se ao estudo do pensamento filosófico brasileiro e do pensamento político. Foi autor de História do liberalismo brasileiro (1998) e A querela do estatismo (1994), no qual aborda o patrimonialismo na realidade brasileira. Também tem títulos publicados na área da Filosofia da Educação e da Moral brasileira, como Momentos decisivos da história do Brasil. Foi um dos fundadores e presidente de honra da Academia Brasileira de Filosofia. No campo da política, elaborou projetos preparatórios para a Constituição de 1988. Em sua juventude, Paim foi filiado ao Partido Comunista do Brasil, motivo que qual chegou a ser preso. Estudou teoria leninista na Universidade Estatal de Moscou. O rompimento veio com a divulgação dos crimes de Stálin, em 1956. “Não dava para ficar no partido depois daquilo. Da minha geração, ninguém ficou", contou Paim em entrevista de 2019. Isso não impedia que ele fosse reconhecido por representantes da esquerda no Brasil e dialogasse com eles. Aldo Rebelo, ex-ministro dos governos do PT e ex-deputado federal pelo PCdoB, também prestou sua homenagem e lembrou de uma entrevista que fez com Paim, também em 2019. "O Brasil perdeu hoje o grande intelectual e historiador das ideias Antônio Paim", escreveu. |
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Antonio Joaquim Macedo Soares (1948 - 2012) | _ |
Professor do quadro complementar do Departamento de Artes & Design, o Prof. Antonio Joaquim era formado em Engenharia Mecânica pela PUC-Rio, em 1971, e tinha sob sua responsabilidade desde 1986 a disciplina de Desenho Geométrico. Era também sócio da empresa Marco Estudos e Projetos Ltda. Segundo a repórter Alessandra Nascimento publicou no Jornal da PUC, “No curso de Design, ele tinha uma difícil tarefa, tornar o conteúdo da disciplina de Desenho Geométrico atrativo para os alunos. A Diretora do Departamento de Artes e Design, Luiza Novaes, afirma que ele exercia essa função com muita competência e dedicação. ‘Ele era um professor muito querido por todos, porque conseguia ensinar essa parte da matemática e torná-la mais próxima do aluno, de um jeito divertido e menos assustador. Ele tinha um espírito muito brincalhão, sempre muito sorridente e muito envolvido com o que fazia”, diz Luiza. A essa mesma repórter, o filho do Professor, a quem Antonio Joaquim deu o apelido de Duda, deu um depoimento comovente sobre seu pai: “Eu resumo a vivência com o meu pai em uma única palavra: alegria.” Seus colegas de Departamento, seus muitos amigos, seus alunos e sua família sempre se lembrarão dele com carinho e com gratidão. |
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Antônio Moser (1941-2016) | _ |
Doutor em Teologia, com especialização em Moral, pela Academia Alfonsianum, em Roma, Frei Antônio Moser iniciou seus estudos de Filosofia e Teologia em Petrópolis e cursou a licenciatura em Teologia em Lyon, França. Durante 10 anos lecionou Teologia Patrística. (ex-professor do Departamento de Teologia) (+ 9 de março de 2016) Na PUC-Rio, lecionou na graduação e na pós-graduação, e foi também professor convidado na Universidade Católica de Lisboa e na Universidade de Berkeley, na Califórnia. Autor de 25 livros, vários deles traduzidos, coautor e colaborador de vários outros, publicou inúmeros artigos para revistas nacionais e internacionais. Conferencista no Brasil e no exterior, são várias as pesquisas feitas sobre o seu trabalho e seus escritos envolvendo temas da teologia moral e ética da libertação. Frei Antônio Moser construiu quinze comunidades de fé na Baixada Fluminense e em Petrópolis, Rio de Janeiro. Dentre elas, merecem destaque a Comunidade Menino Jesus de Praga e a Paróquia de Santa Clara. Foi Diretor-Presidente da Editora Vozes, professor de Teologia Moral e Bioética no Instituto Teológico Franciscano (ITF), em Petrópolis e pároco da Igreja de Santa Clara. O Reitor Prof. Pe. Josafá Carlos de Siqueira S.J. enviou a seguinte nota à Comunidade Universitária: Recebemos com tristeza a morte violenta de nosso teólogo e ex-professor do Departamento de Teologia da PUC-Rio, Frei Antônio Moser, este franciscano tão querido de todos nós, tanto por sua grande contribuição na reflexão teológica, como pelas suas qualidades humanas reconhecidas por todos os que tiveram o privilégio de conviver com ele. No momento em que precisamos tanto de pessoas que contribuam para uma sociedade mais justa e fraterna, a violência nos tira do convívio esta pessoa humana que sempre procurou defender os pobres e a ética do meio ambiente. Na certeza que toda a sua vida e obra ficará como um legado para a Igreja e para o mundo acadêmico, peçamos ao Senhor Deus que o receba no seu Reino, onde certamente estar intercedendo por todos que acreditam que a reconciliação possa vencer os conflitos e a paz supere a violência. A Professora Margarida de Souza Neves, Coordenadora do Núcleo de Memória da PUC-Rio, assim comentou sobre mais essa perda causada pela violência que pune a todos: Acho que são poucos os professores de hoje e de tempos passados cuja presença, a palavra e a atuação fossem tão opostas a qualquer tipo de violência ou desrespeito ao outro. Lembro dele firme, corajoso e com opiniões inequívocas, mas sempre próximo, discreto e compreensivo. A violência é sempre absurda, mas esse absurdo fica mais evidente quando atinge a alguém perto de nós, e alguém cuja vida esteve a serviço da ética, da solidariedade e dos mais pobres. |
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Antonius Benkö S.J. (1920 - 2013) | _ |
O Padre Benkö faz parte do grupo daqueles que podem ser reconhecidos como construtores da PUC-Rio, em especial daquilo que chamamos o modelo PUC, que pode ser caracterizado de muitas formas mas que, grosso modo, integra organicamente graduação e pós-graduação, ensino e pesquisa, excelência acadêmica e compromisso social, pioneirismo e tradição, colegialidade e participação, e unidade e diversidade. Nascido em Pècs, na Hungria, estudou Teologia na Universidade Gregoriana de Roma e Filosofia e Psicologia na Universidade de Louvain, na Bélgica, onde também fez seu doutorado em Psicologia. Veio para o Brasil em 1954 e trabalhou na PUC-Rio entre 1957 e 1975, quando retornou à Europa na intenção de voltar para a Hungria. Impedido de voltar a seu país em função do fato de ter se naturalizado brasileiro em 1959, ficou na Áustria entre 1975 e 1996, quando finalmente conseguiu retornar ao país onde nascera e onde atuou como Professor da Universidade Católica Píter Rázmány até aposentar-se. Na PUC-Rio, criou o Centro de Orientação Psico-Pedagógica, origem do SPA (Serviço de Psicologia Aplicada), em 1960; foi um dos construtores do Departamento de Psicologia, fundado em 1963; é também um dos fundadores, em 1965, do Mestrado em Educação, pioneiro no país e, em 1966, do Mestrado em Psicologia, igualmente pioneiro; fundou e dirigiu o Departamento de Teologia em 1968; foi o grande incentivador para que jovens professores fizessem seus doutorados em excelentes universidades do exterior e foi ainda um dos principais protagonistas da implantação da Reforma Universitária na PUC-Rio. Laboratório de experimentação para as reformas que se sucederam nas universidades brasileiras, a Reforma foi a grande responsável para que a PUC-Rio deixasse de ser apenas um excelente centro de formação de profissionais das diversas áreas do conhecimento para consolidar-se como uma universidade de pesquisa, com programas de pós-graduação, laboratórios, uma das melhores bibliotecas universitárias do país e intensa atividade de pesquisadores reunidos nos diversos Departamentos que, por sua vez, conformavam os Centros. Respeitado por professores, funcionários e estudantes e dono de uma figura imponente, o Padre Benkö surpreendeu a todos ao participar como jogador de uma memorável partida de futebol em que se enfrentaram no antigo Ginásio um time formado por professores e outro por jesuítas, cujo capitão e craque principal era o Padre Viveiros de Castro S.J., que havia jogado no time juvenil do Botafogo. O Padre Benkö jogava de óculos, e consta que era meio perna de pau. Homem de formação e sensibilidade interdisciplinar, o Padre Benkö teve grande influência na constituição do campo da Psicologia no Brasil. É dele a redação da proposta de criação da carreira de psicólogo no Brasil (1957) e, quando da criação oficial da carreira, foi o detentor do registro número 2 de psicólogo no Brasil (1962), documento que levou consigo na volta para a Hungria e que mostrava com prazer aos amigos brasileiros que o visitavam. Em 1964 tornou-se Presidente da Associação Brasileira de Psicologia Clínica, da qual foi também Vice-Presidente em 1967. Foi ainda Conselheiro e Vice-Presidente do Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro entre 1974 e 1975. Em 2005 voltou pela última vez ao Brasil, para as comemorações dos 40 anos do Programa de Pós-Graduação em Educação. Em janeiro de 2007 o Padre Benkö recebeu a visita de Silvia Ilg Byington, pesquisadora do Núcleo de Memória da PUC-Rio, na residência em que morava em Budapest e compareceu à entrevista solicitada vestindo a camisa da seleção brasileira de futebol. Neste ano de 2013, por ocasião dos 50 anos do Departamento de Psicologia gravou no dia 11 de novembro, 14 dias portanto antes de sua morte, via Skype, uma linda entrevista para o Departamento, disponível no youtube. Todos aqueles que o conheceram como estudantes e que hoje são professores seniores das mais diversas áreas da PUC-Rio, se lembram dele com carinho e com admiração. Os que sabem de sua importância para a história da Universidade, mesmo sem tê-lo conhecido pessoalmente, partilham do mesmo respeito por ele, como atestam as mensagens reproduzidas abaixo. Na memória da PUC-Rio ele será sempre uma referência fundamental. Mensagem do Professor J. Landeira-Fernandez, Diretor do Departamento de Psicologia: Mensagem da Professora Margarida de Souza Neves, Coordenadora do Núcleo de Memória da PUC-Rio: Mensagem do Professor José Carmelo, do Departamento de Educação: Mensagem proferida no evento dos 60 anos de criação do Departamento de Psicologia em 01/11/2013: Mensagem da Professora Maria Apparecida Mamede Neves, do Departamento de Educação: Mensagem da Professora Ana Waleska Pollo Mendonça, do Departamento de Educação: Mensagem da Professora Vera Candau, do Departamento de Educação: Mensagem do Professor Luiz Brandão, Diretor do Departamento de Administração: Mensagem do Professor Luiz Roberto Cunha, do Departamento de Economia, Decano do CCS: Mensagem do Professor Carlos José Pereira de Lucena, do Departamento de Informática: Mensagem do Professor José Carlos D'Abreu, do Departamento de Engenharia de Materiais: Mensagem do Professor Fernando Rizzo, do Departamento de Engenharia de Materiais: Mensagem do Professor Fernando Tenório, do Departamento de Psicologia: Mensagem da Professora Eliana Freire, do Departamento de Psicologia: Mensagem da Professora Elizabeth Ribeiro, do Departamento de Psicologia: Mensagem da Professora Regina Murat, do Departamento de Psicologia: Mensagem do Professor Augusto César Pinheiro da Silva, do Departamento de Geografia e Meio Ambiente: |
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Audir Bastos Filho (1951-2018) | _ |
(26 de março de 2018) Professor, advogado, psicomotricista, consultor de diferentes escolas no Brasil e no exterior, o especialista em educação infantil Audir Bastos Filho era pesquisador do Núcleo de Estudos e Ação sobre o Menor (NEAM) da PUC-Rio. Colaborou com o NEAM por mais de 30 anos. No NEAM, não lhe cabiam os títulos, mas, sim, seu jeito alegre e irreverente de ser, sempre contribuindo para formação de todos aqueles que com ele conviviam. Mesmo em todos os momentos difíceis ele conseguia estampar um sorriso no rosto e alegrar a todos. Audir vai nos fazer muita falta. Nota do Núcleo de Estudos e Ação sobre o Menor - NEAM/PUC-Rio
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Bernardo Jablonski (1952 - 2011) | _ |
O Professor Bernardo Jablonski, do Departamento de Psicologia da PUC-Rio, faleceu na manhã do dia 28/10/2011, aos 59 anos. Bernardo também era ator, roteirista e diretor. Alguns amigos da PUC-Rio compartilharam os textos publicados a seguir. E, ao final da página, a matéria publicada no Jornal da PUC. Prof. J. Landeira-Fernandez, Departamento de Psicologia da PUC-Rio.
Bernardo Jablonski (1952-2011) O professor Bernardo Jablonski, do Departamento de Psicologia da PUC-Rio, faleceu na manhã do dia 28 de outubro, aos 59 anos. Bernardo, que também era ator, roteirista e diretor, trabalhou em filmes como Tropa de Elite, interpretando um professor de Direito, e inúmeros programas na Rede Globo. Seu último trabalho foi como diretor da peça Queda Livre, ao lado de Fabiana Velor, em cartaz no Rio e como o personagem Aderbal, no programa Zorra Total, da TV Globo. Luisa Paciullo |
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Candido Antônio José Francisco Mendes de Almeida (1928-2022) | _ |
O professor Candido Mendes de Almeida (03/06/1928-17/02/2022) manteve uma longa e próxima relação com a PUC-Rio, onde foi Bacharel em Direito e Filosofia, entre 1945 e 1951, e professor, entre 1951 e 1961. Doutor em Direito pela Faculdade Nacional de Direito da então Universidade do Brasil, atual UFRJ, foi professor universitário e, a partir de 1951, atuou na PUC-Rio, na Escola Brasileira de Administração Pública da Fundação Getúlio Vargas (FGV), na Faculdade de Direito Candido Mendes; na Faculdade de Ciências Políticas e Econômicas do Rio de Janeiro e no Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ), com extensa atuação como professor visitante em universidades americanas, entre elas, Brown University, New York University, New Mexico University, University of California (LA), Princeton University, Stanford University, Lincoln University, Columbia University, Harvard University, Syracuse University e Cornell University. Foi reitor da Universidade Candido Mendes, presidente da Sociedade Brasileira de Instrução (SBI), presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Superior Privado no Rio de Janeiro, secretário-geral da Academia da Latinidade, presidente do Fórum de Reitores do Rio de Janeiro, presidente do Senior Board do Conselho Internacional de Ciências Sociais da UNESCO, membro da Comissão de Alto Nível da Aliança das Civilizações das Nações Unidas, membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República. Ocupou a cadeira 35 da Academia Brasileira de Letras. Nota de pesar da Academia Brasileira de Letras: O acadêmico e professor Candido Mendes de Almeida faleceu na tarde do dia 17 de fevereiro, no Rio de Janeiro, vítima de embolia pulmonar. É o quinto ocupante da Cadeira nº 35 da Academia Brasileira de Letras, eleito em 24 de agosto de 1989, na sucessão de Celso Cunha. Entre suas obras publicadas, destacam-se: Nacionalismo e desenvolvimento (1963), O País da Paciência (2000), Subcultura e mudança: por que me envergonho do meu país (2010), A razão armada (2012). Candido Mendes foi reconhecidamente um defensor da educação, com uma trajetória de permanente engajamento na luta pela democratização do acesso à educação e o desenvolvimento do ensino de excelência. Foi membro do Conselho de Cooperação Educacional com a América Latina, do Education and World Affairs; do Conselho Diretor do International Institute for Educational Planning; presidente do Comitê de Programas do International Social Science Council, órgão representativo das organizações não governamentais de Ciências Sociais reconhecidos pela Unesco, e presidente do Instituto do Pluralismo Cultural. Na ditadura de 1964, Candido Mendes abrigou perseguidos pelo regime militar e contribuiu para a fundação de um centro de estudos políticos. Foi um dos responsáveis, com o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Helder Camara, pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) denunciar com severidade os casos de tortura no Brasil. Candido Mendes era católico e irmão de Dom Luciano Mendes de Almeida, arcebispo de Mariana, ex-presidente da CNBB, assim como ele, um dos que estiveram na luta contra a ditadura. Foi o fundador do Centro Alceu Amoroso Lima para a Liberdade, que se propõe a divulgar a vida e a mensagem de seu patrono, aprofundando seu compromisso com a liberdade, a justiça e os valores da pessoa humana. Anualmente o Centro concede o Prêmio Alceu Amoroso Lima de Direitos Humanos, que homenageia grupos, instituições ou organizações que lutam pela justiça, pela paz e pelos direitos humanos. Candido Mendes deixa viúva, a pesquisadora da Fiocruz, Margareth Dalcolmo. Ele também foi casado com Maria de Lurdes Melo Coimbra Mendes de Almeida, com quem teve quatro filhos, que lhe deram cinco netos. |
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Cândido Feliciano da Ponte Neto (1948-2021) | _ |
O prof. Cândido Feliciano da Ponte Neto, que atuou no Departamento de Teologia entre 2000 e 2020, faleceu aos 72 anos de idade. Nascido no Piauí, era Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1972) e mestre em Administração de Empresas pela PUC-Rio (1984). Prestou serviços à Arquidiocese do Rio de Janeiro, desde 1976, como Ecônomo e responsável pela Campanha da Fraternidade. Atualmente era Superintendente da Mitra Arquiepiscopal do Rio de Janeiro, membro do Conselho Econômico, Diretor da Caritas Arquidiocesana do Rio de Janeiro, Diretor do Banco da Providência e professor da PUC-Rio. Para o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), a história de vida do Prof. Cândido se confunde com a história da proteção das pessoas refugiadas no Brasil. Ainda nos anos 1970, deu início a um trabalho sistemático de atenção a todas as pessoas refugiadas e solicitantes da condição de refugiado em território nacional. A atual Lei Brasileira de Refúgio contou com a sua participação para a sua elaboração e do sistema protetivo que dela derivou, assegurando a participação da sociedade civil brasileira nas decisões tomadas sobre as pessoas que buscam proteção internacional. Segundo nota da ACNUR, “Dr. Cândido atuou incansavelmente como representante da sociedade civil junto ao Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE), papel que exerceu com muita dedicação até o seu falecimento.” A missa de corpo presente foi celebrada pelo cardeal Dom Orani João Tempesta, O. Cist., na catedral de São Sebastião do Rio de Janeiro. |
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Carlos Alberto Del Castillo (? - 1974) | _ |
Professor Del Castillo na história e no campus da PUC-Rio Crônica publicada em 02/07/2011 no Jornal da PUC, Edição 257 A formação e o crescimento da PUC-Rio são resultado da colaboração de muitos homens e mulheres. Os nomes de alguns deles foram escolhidos como topônimos na Universidade. Além de identificar prédios, salas, auditórios esses nomes costumam transcender sua dimensão funcional e nos ajudam a entender sua trajetória pessoal, bem como a da Universidade. Um dos nomes que mesclam sua atuação com a história da PUC-Rio é o do prof. Carlos Alberto Del Castillo. A década de 1950 foi para o Brasil um período de grandes transformações. Na primeira metade, o suicídio de Vargas e o afastamento de Café Filho por motivo de doença criaram um clima de incerteza. Na segunda metade, contudo, o país pareceu recuperar o ânimo. Ao assumir a presidência em 1955, Juscelino Kubitschek anunciava um progresso de 50 anos em 5. Alguns fatos como a conquista da copa do mundo de futebol, em 1958, a chegada, no ano seguinte, de Maria Esther Bueno ao topo do ranking mundial de tênis e o surgimento da bossa-nova encheram o Brasil de orgulho e contribuíram para o clima de otimismo. O Brasil podia ser grande. Algumas mudanças geraram grandes demandas. Na área de ensino, pesquisa e tecnologia, o desafio do país era adquirir know how tecnológico e formar recursos humanos adequados ao projetado crescimento industrial. Ainda que timidamente, o governo investiu no que considerava ser uma educação para o desenvolvimento. O foco dessa educação, contudo, estava nas necessidades mais imediatas motivadas pelas transformações industriais em curso. O Brasil se modernizava e a PUC-Rio, atenta e sensível às mudanças do período, avançava em várias frentes. Em 1955 inaugurou seu campus na Gávea e em seguida os institutos de química, de física e matemática e os tecnológicos, que reforçavam a ênfase dada à pesquisa. O desenvolvimento e o êxito desses projetos contaram com grande participação de Carlos Alberto Del Castillo, então diretor da Escola Politécnica. Em 1957, o Serviço Nacional da Indústria organizou o pioneiro curso sobre Desenvolvimento de Programas de Treinamento para gerentes de empresas. O SENAI contou com a colaboração da PUC-Rio que, por intermédio do prof. Del Castillo, negociou a cessão do espaço necessário à realização do curso. A parceria esteve na origem ao Instituto de Administração e Gerência (IAG), que hoje conta com grande tradição na formação de quadros de gestão empresarial. Em 1959, a PUC-Rio adquiriu o computador Burroughs B205, o primeiro de grande porte para uso em pesquisa acadêmica no Brasil. Mais uma vez, o diretor da Escola Politécnica teve uma destacada participação no processo. No dia 13 de junho de 1960 o computador foi inaugurado com pompa e presenças ilustres, como a do presidente Juscelino Kubitschek e a do cardeal Giovanni Battista Montini, o futuro Papa Paulo VI. A grande contribuição do prof. Del Castillo é lembrada em dois espaços do campus da Gávea que levam seu nome. Um deles é o Centro de Desenvolvimento Gerencial, a Casa Del Castillo, prédio que desde 1989 integra o IAG e que foi durante anos residência do próprio homenageado. Outro espaço é o Auditório Carlos Alberto Del Castillo no Rio Datacentro, inaugurado em 1972, onde são realizados eventos importantes como aulas magnas, congregações universitárias, fóruns, congressos e seminários. A trajetória da PUC-Rio se torna mais inteligível e mais humana quando os espaços físicos nos lembram daqueles que a construíram. Ao ser escolhido para identificar não apenas uma, mas duas instalações do campus Gávea, o prof. Carlos Alberto Del Castillo se torna ainda mais representativo na e da história da Universidade. Nada mais justo para alguém dedicado à PUC-Rio e à busca da excelência acadêmica. Roberto Cesar Silva de Azevedo |
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Carlos Alberto Gomes dos Santos (?-2017) | _ |
(14 de julho de 2017) Com mestrado (1978) e doutorado (1995) em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, o Prof. Carlos Alberto Gomes dos Santos concentrou sua pesquisa em Filosofia da Ciência e era professor aposentado do Departamento de Filosofia, onde começou a lecionar em 1971. Foi diretor geral do departamento, coordenador de graduação, participante ativo de várias comissões acadêmicas e integrou por muitos anos o Conselho Diretor do Colégio Santo Inácio. Dedicou-se desde sempre a questões ligadas ao ensino de filosofia e à formação básica. Segundo o Prof. Edgar Lyra, coordenador de graduação do Departamento de Filosofia: Carlos Alberto foi um exemplo de pessoa afável, generosa e capaz de convívio com a diferença. [...] Em nome do Departamento de Filosofia da PUC-Rio e de todos os que guardam na memória algo de suas lições deixo aqui o meu mais sincero e profundo agradecimento.
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Carlos Alberto Menezes Direito (1942-2009) | _ |
O professor Carlos Alberto Menezes Direito tomou posse no Supremo Tribunal Federal em 05/09/2007. Nascido em 08/09/1942, em Belém (PA), formou-se bacharel em Direito pela PUC-Rio em 1965 e alcançou o título de doutorado em 1968. Atuou como ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) por onze anos, depois de passar pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, como desembargador, entre 1988 e 1996. No Rio de Janeiro, foi chefe de gabinete na Prefeitura, membro do Conselho da Sociedade Civil mantenedora da PUC-Rio, presidente da Fundação de Artes do Rio de Janeiro e membro do Conselho Estadual de Cultura do Estado. Foi também presidente da Casa da Moeda do Brasil, secretário de Estado de Educação e presidente do Conselho Nacional de Direito Autoral. Na PUC-Rio, era professor titular do Departamento de Direito. Texto do prof. Eurico Borba, ex-professor da PUC-Rio e ex-presidente do IBGE: Ministro Menezes Direito O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Carlos Alberto Menezes Direito era meu amigo - “o irmão que se escolhe”. Sofro com sua ausência. Junto com sua família, que ele tanto amava, choro a sua ausência. Direito fará falta ao Brasil que, uma vez mais, é inesperadamente privado da ajuda preciosa de um dos seus filhos mais capacitados. Sua ausência será sentida no Supremo num momento especialmente complicado. Um instante de ultrapassagem de fronteiras históricas. A passagem do ambiente humano e do poder político de uma geração que ainda foi herdeira de vetustas tradições de honradez e certeza nos frutos do trabalho digno, amor à pátria e efetivo respeito ao próximo, que lutou pela liberdade e pela democracia, para outra que, em muitas ocasiões, se comporta como se fosse a descobridora privilegiada de novos caminhos para alcançar outros horizontes. Uma nova geração que parece não acreditar na construção humana permanente. Desdenha a herança de instituições e pressupostos filosóficos, que precisam ser preservados e constantemente aperfeiçoados - um magnífico estoque de esperanças, sonhos e fantásticas realizações, em todos os campos do saber e do agir humanos. Carlos Alberto Menezes Direito era um homem talhado para auxiliar esta substituição de gerações por sua vasta cultura intelectual, sua paciência e senso de equilíbrio e de justiça. Seus pronunciamentos justos e sábios, seu humor, sua austera conduta de vida, sua natural liderança e autoridade moral, impunha, com sua presença, respeito e suas palavras eram ouvidas com atenção. O Poder Judiciário é, (ou deveria ser...), o locus privilegiado do convívio de homens e mulheres sábios e honestos. Seus membros não podem expressar posições ideológicas - precisam ser sábios e honestos, isentos e competentes intérpretes das leis. E a vida e o destino dos cidadãos que se encontra nas mãos dos magistrados que, aj udados pelos advogados e demais componentes do sistema, oferecem as condições historicamente possíveis para o exercício desta missão sublime e terrível - julgar. E um poder republicano diferente. As tradições, o linguajar cerimonioso, as togas austeras, o ritual dos julgamentos, além de criar o necessário ambiente de respeito é a homenagem que aqueles servidores públicos, que o Poder Judiciário prestam aos cidadãos, como que dizendo que sabem, que têm consciência da imensa responsabilidade que suas decisões acarretam para as suas vidas e sonhos, para as suas famílias, para a pátria. Carlos Alberto Menezes Direito era sábio, íntegro, bom e honesto. Um cristão consciente das implicações da sua fé para com o ofício que escolheu exercer. Sua vida de trabalho e de estudos foi como que uma extensa preparação para o exercício do cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal. Foi um sábio na perspectiva de uma pessoa que sabe, que conhece profundamente o mundo que o cerca, que discerne, que tem incorporado na sua maneira de ser, permanentemente, a crítica lógica, aspecto maior do principal instrumento de ação do intelecto, que lhe servia não como pedante adorno de brilhantismo, para ser exibido a uma sociedade cada vez mais medíocre, mas como instrumento de trabalho responsável. Dormia pouco, trabalhava, lia, ouvia música, encontrava tempo para tudo. Mas se percebia algum deboche, alguma crítica de má-fé ou um comportamento mal educado, coitado do provocador: as descomposturas chegavam na hora e eram arrasadoras. Era irreverente no momento certo, em ocasiões tensas, descontraindo o ambiente e fazendo todos rir. Logo a seguir as soluções eram encontradas e todos saíam felizes - um perfeito mediador. Direito foi um orador brilhante, desde os tempos em que militava na política estudantil. Querido pelos seus alunos, deixou marca importante no ensino do direito constitucional, não só na PUC-Rio, como no ensino da matéria em todo o Brasil. Conselheiro, procurado por políticos, sempre sabia destacar, com clareza, o cerne das questões dos temas principais das discussões em curso ou nas propostas de lei em discussão no Congresso Nacional. Suas manifestações, seus votos como magistrado, livros e artigos, são consultados e citados nas argumentações de muitos advogados, não só pelo saber jurídico exposto com propriedade, mas também pela lógica irretocável da argumentação objetiva. Um juiz, um cidadão, um pai e esposo, um professor, um amigo que já faz muita falta. Um cristão que testemunhou, até o fim, com alegria e coragem, o radical amor à sua fé. Até já, querido amigo. Descanse em paz. |
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Carlos Alberto Teixeira Serra (? - 2013) | _ |
O Professor Serra formou-se em Geografia pela PUC-Rio e trabalhou na Universidade entre 1966 e 2000. No início de suas atividades docentes, tal como em seu período como aluno de graduação, Geografia e História, ainda que constituindo dois departamentos separados, tinham um único Diretor e uma mesma estrutura administrativa. Por muitos anos Carlos Alberto Serra podia ser visto no quinto andar da Ala Frings, como professor de Geografia Humana, como Coordenador do Curso de Geografia e mais tarde como Diretor dos Departamentos de Geografia e História. Foi colaborador direto do Dr. Fábio Macedo Soares Guimarães quando este exerceu a direção dos dois Departamentos. Também atuou no Decanato do CCS por várias gestões, como Coordenador Setorial de Graduação e como membro da Comissão de Vestibular. Serra, como era chamado por seus colegas, colaborou também com a PUC-Rio através da participação nos órgãos colegiados do Departamento de Geografia, do CCS, e da Administração Central. São poucos hoje os professores do Departamento de Geografia que conviveram com o Professor Serra durante o seu longo período como docente da PUC-Rio, mas o livro publicado pelo Núcleo de Memória da PUC-Rio em comemoração dos 70 anos da Universidade estampa, em sua página 117, uma fotografia de 1971, pertencente ao acervo pessoal do funcionário José Paim, de um time de futebol composto por professores e funcionários no qual o Professor Serra, então um jovem de cabelos longos, aparece na primeira fila, à direita da foto, devidamente uniformizado como jogador do time ao lado de outros colegas tais como os Professores Augusto Sampaio, Clóvis Dottori e Ilmar Rohloff de Mattos. |
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Carlos Dório Gonçalves Soares (1936 - 2013) | _ |
O Prof. Carlos Dório morreu em consequência de complicações de uma pneumonia aos 77 anos. Carlos Dório era natural de Vitória, no Espírito Santo, e atuou por muitos anos no Departamento de Comunicação Social da PUC-Rio. Foi um dos professores responsáveis pela consolidação do Departamento e foi também coordenador do curso de Graduação. É autor do livro Delinquência juvenil na Guanabara, publicado em 1973. Foi também do quadro docente da UFRJ, nomeado como professor assistente em 30 de outubro de 1969. O Departamento de Comunicação registrou a morte do Professor, já aposentado, através da Rádio PUC, registro esse que está disponível no Portal PUC-Rio Digital. Na entrevista feita com alguns professores que o conheceram, fica patente a importância de Carlos Dório em mais de 40 anos de colaboração com o Departamento de Comunicação. A Professora Angeluccia Bernardes Habert sublinhou seu caráter ao mesmo tempo tranquilo e firme e sua colaboração constante na administração do Departamento, onde soube inspirar confiança a alunos, funcionários e professores. Para ela a principal característica de Dório era a generosidade. A Professora Claudia Brutt Guimarães, que foi sua aluna, lembrou que o professor levou seus alunos de graduação para estagiar na Companhia Telefônica Brasileira, onde desenvolvia uma pesquisa sobre o uso dos orelhões (telefones públicos) pelos cariocas. Seus colegas e alunos assinalam unanimemente a alegria como marca da personalidade de Carlos Dório, que caracterizam como um grande conversador e um homem que sabia viver. |
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Carlos Gustavo Scheffer Migliora (? - 2011) | _ |
O Prof. Gustavo era doutor em eletrofísica pelo Polytechnic Institute of New York e fez parte do Grupo de Radiopropagação do CETUC entre 1975 e 2006. Desenvolvia suas pesquisas na área de Antenas e Propagação, foi professor de graduação e de pós-graduação em engenharia elétrica e orientou diversos alunos de mestrado e doutorado no CETUC, além de participar dos programas pioneiros de pesquisa desenvolvidos em parceria com a Telebrás. Para o Prof. Silva Mello, Gustavo “será lembrado pela diversidade de seus interesses, por ter sido um grande conhecedor de jazz, por seu companheirismo e por seu humor cáustico.” |
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Carlos Nobre Cruz (1953-2019) | _ |
(15 de outubro de 2019) Formado em Comunicação Social, com especialização em Jornalismo, pela PUC-Rio, foi professor e pesquisador do Departamento de Comunicação Social. Pesquisador associado do Nirema (Núcleo Interdisciplinar de Reflexão e Memória Afrodescendente) da PUC-Rio, foi professor do curso de pós-graduação lato sensu História e Cultura Afrodescendente, do CCE-PUC-Rio. Ex-pesquisador do Centro de Estudos Afro-Asiáticos da Universidade Cândido Mendes (CEAA-Ucam), foi membro-consultor da Comissão Nacional da Verdade da Escravidão Negra, da OAB nacional. Entre os seus livros, se destacam: Direto do front: a cobertura jornalística de ações policiais em favelas do Rio de Janeiro (Multifoco, 2006); O negro na Polícia Militar: cor, crime e carreira no Rio de Janeiro (Multifoco, 2010); Guia Patrimonial da Pequena África (Portal Cultural, 2014); Um abraço forte em Zumbi: pensamento e militância no front racial da Áfrika Carioka (Multifoco, 2015); Gomeia João: a arte de tecer o invisível (Portal Cultural, 2017). O Departamento de Comunicação Social despediu-se do professor em seu site: Carlos Nobre fez da vocação humanista e da luta contra o preconceito uma partitura. Expressava-a tanto nas redações pelas quais passou, como no Jornal do Brasil e em O Dia, quanto na carreira acadêmica. Na PUC-Rio, ele lecionava Técnicas de Reportagem e Jornalismo e Racismo, no Departamento de Comunicação Social. Era também pesquisador associado ao Núcleo Interdisciplinar de Memória Afrodescendente (Nirema). Mestre em Ciências Penais, pela Universidade Cândido Mendes, ele estendeu à vida acadêmica o mergulho em temas como cidadania, igualdade e humanismo. Nesse trilho temático, Nobre viraria um especialista sobre o Rei do Candomblé. Programava para novembro (2019), mês da Consciência Negra, o lançamento do Guia Afetivo sobre Joãozinho da Gomeia, a segunda biografia por ele dedicada a Gomeia. A primeira, Gomeia João: a arte de tecer o invisível, de 2017, fundamentou o enredo da [escola de samba] Grande Rio [...] Com Joãozinho da Gomeia, o prof. Carlos Cruz com os Acadêmicos do Grande Rio foi vice-campeão no desfile das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, em 2020.
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Carlos Patrício Mercado Samanez (1953-2016) | _ |
Graduado em Engenharia Industrial pela Universidade Mayor de San Marcos, em Lima, no Peru, onde nasceu; mestre em Ciências na área de Engenharia de Produção pela PUC-Rio e doutor em Administração-Finanças e Economia de Empresas pela EAESP/FGV, o Professor Carlos Samanez lecionava na graduação em Economia da UERJ e para turmas de graduação, mestrado e doutorado em Engenharia de Produção da PUC-Rio. Era também professor do curso de mestrado profissional em Logística da nossa Universidade, além de cursos de MBA e de Extensão na área de Engenharia de Produção e Finanças. Coordenador de Extensão e da Área de Finanças, atuava como consultor de empresas e foi autor de vários títulos de sucesso para cursos de graduação e pós-graduação em suas áreas. O professor nos deixou em fevereiro, como mais uma vítima da violência no Rio de Janeiro. (15 de fevereiro de 2016) (Departamento de Engenharia Industrial ) O Prof. Khosrow Ghavami, do Departamento de Engenharia Civil, não pôde esconder o seu pesar e indignação pela perda do amigo e querido professor: Profundamente lamento o falecimento do nosso colega Carlos Patrício Samanez, [...] que era muito querido entre os seus amigos. E [...] lamento que o governo e prefeitura do Rio do Janeiro não estejam cuidando da segurança do seu povo. Gustavo Santos Raposo, doutor em Engenharia Elétrica pela PUC-Rio, agradeceu ao mestre por todos os anos de dedicação ao conhecimento e ao ensino: Foi com uma profunda tristeza que recebi a notícia de que não poderemos desfrutar, ao menos nesse mundo que conhecemos, do convívio com você. Apesar da revolta pela forma abrupta e violenta com que tudo se deu, guardo na memória e no coração apenas as boas lembranças e a grande amizade que construímos. Me arrependo de não ter te dito mais vezes da grande admiração que sinto por você. Um grande abraço Mestre e obrigado por todos os ensinamentos! |
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Carlos Raja Gabaglia Moreira Penna (? - 2011) | _ |
Carlos Raja Gabaglia Moreira Penna era professor do quadro complementar do Departamento de Engenharia Civil e ministrava a disciplina Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. É de sua autoria o livro O Estado do Planeta. Sociedade de consumo e degradação ambiental (1999). Foi ainda diretor técnico do Instituto Brasil PNUMA (Comitê das Nações Unidas para o Meio Ambiente), diretor da Associação de Amigos do Jardim Botânico, conselheiro de várias ONGs de conservação ambiental e sócio-gerente da Hólos Consultoria Ambiental. Carlos Secchin, fotógrafo que participou com ele em vários trabalhos, escreveu sobre o professor Carlos: “Não havia limite para seu interesse sobre todas as formas de vida e sua preocupação com o nosso futuro próximo e sombrio, baseado, segundo ele, num sistema econômico montado sobre um crescimento crescente, ilimitado e insustentável.” Veja aqui a homenagem do Instituto ((o))eco. |
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Clarice Maria Abdalla Carneiro de Rezende (1961 - 2009) | _ |
Sinônimo de competência, profissionalismo e dedicação, Clarice Abdalla morreu no dia 04/02/2009, aos 47 anos, devido a um infarto fulminante. Amigos, parentes e colegas de trabalho se reuniram na manhã de quinta-feira, na capela sete do cemitério São João Batista, em Botafogo, para prestar uma última homenagem à assessora de imprensa da PUC-Rio. A missa de corpo presente foi celebrada pelo reitor Padre Jesus Hortal, S.J., que ficou emocionado ao relembrar Clarice: - Sentiremos o vácuo, a falta do bem que ela fez. Ela viverá na presença de nossa fé e em nossa lembrança. Nunca a vi de cara fechada, estava sempre sorridente e disposta a ajudar todos em sua caminhada. Sua obra não pode ser interrompida, não podemos deixar cair por terra tudo o que ela fez. Como coordenadora dos núcleos de Assessoria de Imprensa, Rádio e Internet do Projeto Comunicar e professora do Departamento de Comunicação Social, Clarice era conhecida por ter um cuidado especial com seus estagiários. - Ela nunca fez segredo de nada, sempre dava dicas para os alunos e isso os deixava confiantes. Com espírito leve e inovador, ficava orgulhosa quando os via bem colocados no mercado de trabalho. Essa é uma qualidade de professor, que requer não só conhecimento, mas um jeito especial de conduzir a vida profissional – lembra o professor Miguel Pereira, coordenador do Programa de Pós-graduação em Comunicação Social. Para Fernando Ferreira, coordenador geral e um dos criadores do Comunicar, Clarice aliava competência e lealdade, de uma maneira dinâmica e disciplinada. Ela estava sempre em busca de novos meios de comunicação para atuar. Orientador de Clarice no doutorado sobre Alceu Amoroso Lima, que ela fazia na PUC-Rio, Gilberto Mendonça Teles lembrou que era uma pessoa em quem se podia confiar. Também destacou o fato de que se dedicava integralmente a todos os seus projetos. Gilberto ainda relembrou os e-mails que trocavam, pelo menos duas vezes por semana, e os papos do cafezinho. - Ela era única e deixou, repentinamente, um vazio difícil de preencher. É uma perda irreparável. A lembrança de Clarice Abdalla como uma boa amiga também foi mencionada pelo cineasta e professor da PUC-Rio Sílvio Tendler. Ele ressaltou o entusiasmo que ela tinha com sua profissão e contou ter sofrido três perdas: a de uma aluna, a de uma amiga e a de uma colega de trabalho. A mesma paixão pela comunicação foi realçada pelo Pe. Marcos William, Vigário Episcopal para Comunicação Social da Arquidiocese do Rio de Janeiro. - Ela significava a própria comunicação e representou o elo entre a PUC-Rio e a Arquidiocese. Fez um belo trabalho, foi às bases e às comunidades. Almejamos olhar para frente e seguir seus conselhos, que criou o Portal da Arquidiocese. Espero que os alunos se espelhem em seu exemplo: fazer comunicação a serviço do povo. Thiago Camara, ex-aluno da PUC-Rio e um dos integrantes do projeto, lembra que Clarice sempre o incentivou na carreira e na vida. - O Portal é fruto do empenho dela. Ela incentivou a Arquidiocese a investir na comunicação. Desejo continuar seu legado, na comunicação e na evangelização. Clarice começou sua carreira como produtora na rádio Jornal do Brasil. Ela fez parte do primeiro programa jornalístico da FM do país, oPanorama Brasil, da rádio Panorama. Ângela de Rego Monteiro a conheceu na redação do jornal O Globo e conta que trocavam muitos telefonemas. - Ela foi uma jornalista, uma amiga e uma professora exemplar. Sandra Korman, coordenadora do curso de Comunicação Social da PUC-Rio, disse que são nesses momentos difíceis que devemos refletir sobre a brevidade da vida e não deixar nada para amanhã: - Clarice foi uma das pessoas mais respeitosas que já conheci. Ela teve uma trajetória de luz e fez um trabalho excelente como professora e profissional. Bruna Santamarina e Tatiana Carvalho |
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Claudia Miranda (1967-2014) | _ |
Professora da PUC-Rio desde 2004, Claudia Miranda era arquiteta e urbanista formada pela FAU/UFRJ, em 1991, com mestrado em Desenho Urbano pelo PROURB/UFRJ. Trabalhou nos escritórios LPC e Azul antes de fundar a MIRA Arquitetura, em 2000. Também lecionou na Escola de Design de Interiores da Universidade Cândido Mendes entre 1999 e 2007, e na FAU-UFRJ, entre 1994 e 1998. Foi membro do júri e vice-diretora Cultural do IAB/RJ em 1999. Teve trabalhos publicados nas revistas Projeto, Casa Vogue, Casa Claudia, Finestra, Abitare, nos Catálogos da Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo e no Jornal O Globo. Recebeu os prêmios DECA – banheiro comercial em 2011 e do Concurso Morar Carioca em 2010. Professora e Supervisora de Projeto IV do Curso de Arquitetura e Urbanismo da PUC-Rio, Claudia Miranda foi “uma arquiteta completa, que procurou expandir o seu talento em todas as áreas, de projetos residenciais, comerciais e corporativos e, até mesmo, ensinando a arte da arquitetura na UFRJ, na PUC-Rio e na Universidade Cândido Mendes”, conforme assinala o site do IAB/RJ. (Curso de Arquitetura e Urbanismo) (+13 de abril de 2014) |