lft-logo

Professores

Títuloordem decrescente Código Data Descrição
Adilson José Curtius (1945 - 2012) _

O Prof. Adilson José Curtius faleceu aos 67 anos, por complicações devido à leucemia. Foi professor da PUC-Rio e da UFRRJ até 1994. Atualmente era professor titular voluntário da Universidade Federal de Santa Catarina.

Era graduado em engenharia química pela UFRGS, mestre em engenharia química pela Lehigh University e doutor em química analítica inorgânica pela PUC-Rio com pós-doutorado na Alemanha em 1986. Sua área de especialização era a espectrometria atômica. Desenvolveu métodos analíticos para a determinação de elementos traço em amostras geológicas (águas, solos, sedimentos, minérios, minerais), biológicas (sangue, urina, cabelo) e industriais (combustíveis, efluentes, ligas). O Professor Adilson era pesquisador 1 A do CNPq e membro da Academia Brasileira de Ciências.

Segundo a Sociedade Brasileira de Química, o Prof. Adilson era “um dos mais queridos cientistas brasileiros da área de espectrometria atômica e deixa um grande vazio, uma enorme tristeza, e uma saudade que ficará para sempre, deste que é o pai da espectrometria de absorção atômica em forno de grafite no Brasil e o criador do Encontro Nacional de Química Analítica.”

Empreendedor, competente e capaz de iniciativas inovadoras, o professor Adilson deixa saudades na PUC-Rio, na comunidade científica e nos muitos mestres e doutores que formou.

Alberico Santos Barbosa (1950-2018) _

(14 de abril de 2018) 

Professor no Departamento de Engenharia Elétrica, no então chamado Corpo Docente Auxiliar, entre 1976 e 1978. Atuou em outras faculdades de Engenharia do Rio de Janeiro, como, por exemplo, a Nuno Lisboa, e teve um breve retorno à PUC-Rio no ano de 1994, afastando-se novamente em 1995.

Desde a juventude teve grande envolvimento com a música, como instrumentista, cantor  e compositor. Participou de bandas nos anos 1960 e atuou como músico de estúdio nos anos 1970.

Segundo o blog de Yasmin Ramyrez, que conviveu com Alberico nos últimos anos, desde 2002 ele mantinha um estúdio musical de ensaio e gravação no bairro do Méier, só fechado em 05/04/2018, quando seu estado de saúde se agravou:

[...] centenas de músicos tocaram naquelas salas empoeiradas e/ou gravaram seus trabalhos naquela mesa do tempo de Moisés. Da Capoeira ao Gospel, do Death Metal ao Progressivo, Punk Rock, Samba, Choro, Blues e Hard Rock… todos estes estilos foram gravados por nosso amigo, que a todos recebia [...].

 

 

Alberto de Carvalho Peixoto de Azevedo (1933-2014) _

Graduado em Engenharia pelo ITA (1955), estudou no Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) e concluiu seu mestrado em Matemática em Harvard (1962). O doutorado em Matemática foi concluído em 1967 na Purdue University, EUA, sob orientação de Zariski e Abhyankar, e o pós-doutorado concluído em 1976 na Universität Erlangen-Nuremberg.

Após o doutorado, Alberto de Azevedo veio para a PUC-Rio na qual foi um dos fundadores do Departamento de Matemática, e onde foi diretor e coordenador da pós-graduação.

Teve atuação marcante no IMPA e no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Fez parte da primeira diretoria da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), de 1969 a 1971. Lá foi membro do Conselho Diretor por duas vezes e membro do Conselho Fiscal de 1980 a 1990. Era Membro da Academia Brasileira de Ciência desde 1971.

Em 2004, foi condecorado pelo governo brasileiro com a Ordem Nacional do Mérito Científico, na classe de Comendador.

(Departamento de Matemática) (+27 de junho de 2014)

Alberto Dines (1932-2018) _

(22 de maio de 2018) 

O carioca Alberto Dines, criador do Observatório da Imprensa foi professor do curso de Jornalismo, hoje ligada ao Departamento de Comunicação Social, no qual criou e ministrou as disciplinas Jornalismo Comparado (1963) e Teoria da Imprensa (1965).

Dines iniciou sua carreira como crítico de cinema da revista A Cena Muda em 1952. Foi colaborador das revistas Visão e Manchete, tornando-se assistente de direção e secretário de redação. Em 1959, tornou-se diretor do segundo caderno do jornal Última Hora. Em 1960, foi nomeado editor-chefe da recém-criada revista Fatos e Fotos e colaborou com o jornal Tribuna da Imprensa. Dirigiu também o Diário da Noite. Em 1962, ingressou no Jornal do Brasil como editor-chefe e participou do projeto de reformulação do jornal, que levou o JB a ocupar posição de destaque na imprensa brasileira e estimulou a reestruturação gráfica dos demais jornais.

Foi preso em dezembro de 1968 e submetido a inquérito, logo depois de discurso feito como paraninfo na formatura da turma de Jornalismo da PUC-Rio, no qual fez críticas à censura, logo após a edição do AI-5.

Em 1974, foi professor-visitante na Universidade de Colúmbia. Retornou ao Rio de Janeiro em 1975 e assumiu a chefia da sucursal carioca da Folha de São Paulo. Colaborou com O Pasquim, e residiu em Lisboa entre 1988 e 1995. Em 1994, criou, em Portugal, o Observatório da Imprensa.

De volta ao Brasil, foi o responsável pela criação do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e em abril de 1996, lançou a versão eletrônica do Observatório da Imprensa, jornal de crítica e debate sobre o jornalismo contemporâneo, que passou a ter uma edição na TV Educativa do Rio de Janeiro a partir de maio de 1998. Retornou para o Jornal do Brasil em outubro de 1998, com coluna semanal de crítica jornalística.

Recebeu o título de Notório Saber em História e Jornalismo pela Universidade do Estado de São Paulo (USP), da qual também foi membro da comissão de avaliação do curso de jornalismo.

Alberto Luiz Galvão Coimbra (COPPE/UFRJ) (1923-2018) _

(16 de maio de 2018)

Em 1953, o professor Alberto Coimbra ingressou na Escola Politécnica da PUC-Rio e durante 10 anos ministrou aulas nos cursos de Engenharia Mecânica, Metalúrgica e Química. Em 1963, passou a dedicar-se exclusivamente à Universidade do Brasil (UFRJ) e fundou a Coppe, Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Engenharia. 

A Reitoria da UFRJ manifestou sua consternação pelo falecimento de seu professor emérito, considerando-o um dos grandes intelectuais organizadores da UFRJ, particularmente no campo tecnológico, mas também referência para o "fazer universitário". A Reitoria declarou luto oficial de três dias, em reconhecimento às suas contribuições para a Universidade e a sociedade brasileira. Seguem-se trechos da nota oficial da COPPE/UFRJ:

              Adeus, Mestre Coimbra

A Coppe/UFRJ informa, com grande pesar, o falecimento do seu fundador, professor Alberto Luiz Galvão Coimbra, 94 anos, na manhã desta quarta-feira, 16 de maio de 2018. Nascido em 1923, no Rio de Janeiro, Coimbra fundou a Coppe, em 1963, a primeira pós-graduação em Engenharia do Brasil, hoje o maior centro de ensino e pesquisa da América Latina na área.

Mestre em Engenharia Química pela Universidade de Vanderbilt (1949), Coimbra defendeu energicamente um modelo de ensino baseado em horário integral, com dedicação exclusiva. Isso em uma época em que ser professor universitário no Brasil era só uma atividade extra, e quando as escolas de Engenharia então existentes se preocupavam, basicamente, em formar profissionais para o mercado, ele queria investir em pesquisa.

Baseada em três pilares – excelência acadêmica, dedicação exclusiva de professores e alunos e aproximação com a sociedade –, a pós-graduação criada por Coimbra inspirou e serviu de modelo para outros cursos de pós-graduação criados posteriormente no Brasil, mudando os rumos do sistema universitário no país. Determinado, Coimbra ocupou duas salas do prédio da Praia Vermelha, destinadas a professores quase sempre ausentes, para acomodar os primeiros alunos do curso de mestrado em Engenharia Química, embrião do programa de pós-graduação em Engenharia, que viria a ser a Coppe.

Com poucos recursos, buscava convênios para trazer professores estrangeiros, fossem americanos ou russos, em pleno regime militar. Por conta dessa atuação em prol de uma ciência independente, foi convocado para depor na Polícia Federal e fichado, com direito a humilhação. Teve seu rosto coberto por capuz e conduzido, coercitivamente ao Quartel do 1º Batalhão da Polícia do Exército, na Tijuca, onde funcionava o DOI-Codi.

Em 1973, o Conselho Universitário decidiu que Alberto Luiz Coimbra seria proibido de exercer postos de chefia. O fundador da Coppe deixou então a universidade e foi acolhido pelo amigo José Pelúcio Ferreira, então na direção da Finep, empresa pública financiadora de ciência e tecnologia. Lá passou dez anos exilado da vida universitária, período que considerou “o pior de sua vida”.

A reabilitação veio em 1981, ainda durante o regime militar, quando recebeu o Prêmio Anísio Teixeira, do Ministério da Educação. “Quando viram que o Ministério da Educação ia me dar o prêmio, tiveram de revogar a proibição de ocupar cargos de chefia na UFRJ”, contou o professor. De volta à Coppe em 1983, Coimbra assumiu a coordenação do Programa de Engenharia Química, o primeiro curso da Coppe, no qual permaneceu como pesquisador até se aposentar, em 1993, já com as merecidas honrarias, tornando-se Professor Emérito da UFRJ. Em 2015, tornou-se Pesquisador Emérito do CNPq.

Aposentado, residiu durante anos em uma casa em Teresópolis, em cuja fachada tremulava a bandeira do Botafogo, com sua esposa Marlene [...]. Entre os atrasos do Brasil, um dos que mais lamentava era que o ensino em tempo integral implantado na Coppe, [...] não tenha chegado aos ensinos médio e fundamental. “Se pagarem bem à professorinha e colocarem o aluno na escola das 9h às 15h, o Brasil dá um salto”, garantia. O idealismo não pede aposentadoria.

Em 2013, o Núcleo de Memória foi acolhido pelo prof. Alberto Coimbra e família em sua residência, no Rio de Janeiro, para registro de um depoimento na ocasião da comemoração dos 50 anos da Pós-Graduação na PUC-Rio, criada em estreita colaboração com a Coppe/UFRJ.

 

 

Alceu Amoroso Lima (1893 - 1983) _

Os caminhos de Alceu Amoroso Lima

Crônica publicada no Jornal da PUC em 18/05/2012, Edição 255.

Ao percorrermos a documentação sobre o campus encontramos referências a Alceu Amoroso Lima em dois espaços físicos, ambos significativos se relacionados à sua trajetória pessoal e aos caminhos da memória inscritos na toponímia da Universidade. Um deles é a alameda central da Vila dos Diretórios. O outro, a pequena praça em frente à casa da Editora e da Agência PUC-Rio, ao lado da DAR.

Alceu Amoroso Lima foi um dos fundadores da PUC-Rio e professor titular de Literatura Brasileira até sua aposentadoria em 1963. Sua ligação com a Universidade decorre de sua liderança como intelectual católico desde os anos 1920 e de sua proximidade com o Pe. Leonel Franca S.J., primeiro reitor da PUC-Rio. Ambos atuaram na criação do Instituto Católico de Estudos Superiores em 1932 e, em 1940, foram indicados pelo Cardeal Leme para coordenar a comissão que elaborou o projeto das Faculdades Católicas.

Após a morte do Cardeal Leme em 1942, Alceu aos poucos afastou-se da atuação direta em entidades católicas, mas continuou a ser uma referência para o laicato católico brasileiro. Nessa condição, participou do Concílio Vaticano II, iniciado em 1962, e identificou-se com a atualização proposta pelo Papa João XXIII e pelos documentos do Concílio.

Nas colunas que, desde a juventude, publicou em diversos jornais, Alceu utilizava o pseudônimo Tristão de Athayde. Nelas tornou-se, nos anos de ditadura militar, voz e referência para os movimentos de resistência. Os universitários viam nele um interlocutor, e foi numerosas vezes escolhido para ser patrono de formandos na PUC-Rio e em universidades de todo o Brasil.

A iniciativa de homenagear Alceu dando seu nome a um dos espaços da PUC-Rio veio no contexto do primeiro projeto Memória da PUC-Rio, em 1986, e concretizou-se em julho de 1987. Explicitada em texto do então Reitor Pe. Laércio Dias de Moura S.J., implicava em “erigir marcos indeléveis” em reconhecimento a pessoas importantes na história da Universidade. O nome de Alceu Amoroso Lima foi dado “a uma das vias principais” do campus.

A Praça Alceu Amoroso Lima foi nomeada em 2002, mas não está registrada em nenhum dos mapas do campus a que tivemos acesso. Ver o nome de Alceu no endereço da Editora PUC-Rio parece acertado, dada a sua caudalosa produção literária.

Mesmo a alameda da Vila dos Diretórios só aparece com o nome de Alceu Amoroso Lima em um mapa produzido por ocasião da homenagem em 1987. Ao procurarmos hoje no campus a identificação na Vila dos Diretórios nos deparamos com uma placa em que se lê “Alameda Dra. Regina Feigl”, outra homenageada na mesma ocasião. Nos documentos do acervo da Reitoria, no entanto, a alameda Regina Feigl consta como a da entrada pela rua Marquês de São Vicente, na qual não há placa de identificação. 

Professor por longos anos da PUC-Rio e um de seus fundadores, Alceu Amoroso Lima empresta ainda seu nome à medalha que traz sua efígie e que desde 1993 a Universidade outorga aos que se destacam em sua atuação em defesa da ética e da cultura. E cabe lembrar que a revista acadêmica publicada pelo Departamento de Comunicação intitula-se Alceu.

Nomear a alameda da Vila dos Diretórios é adequado ao espírito inquieto, público e conectado com o seu tempo do Dr. Alceu. Nas palavras do Pe. Laércio no evento que marcou a nomeação deste espaço, Alceu “Estará assim vivo entre os alunos, no meio do burburinho de suas atividades”. 

Clóvis Gorgônio
Núcleo de Memória da PUC-Rio

Alceu Gonçalves de Pinho Filho (?-2020) _

O Prof. Alceu entrou para a PUC-Rio em 1965, a convite do Pe. Roser S.J., diretor do Instituto de Física. Foi Coordenador Central de Pós-Graduação (1973-1974) e decano do Centro Técnico Científico (1975-1981).

Tomou posse como membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC), em 1973, e foi membro da Academia de Ciências do Estado de São Paulo (Aciesp). Participou da primeira diretoria da Sociedade Brasileira de Física (SBF), em 1966-1967, tendo sido seu presidente em dois mandatos (1971/1973/1975). Faleceu aos 86 anos.

O prof. Fernando Lázaro Freire Júnior (FIS) nos lembra um pouco de sua história em texto publicado no site da Academia Brasileira de Ciências:

O início acadêmico de Alceu Gonçalves de Pinho Filho em física se deu no começo dos anos 50 ao terminar o seu curso secundário e conhecer Ugo Camerini, físico italiano emigrado, que havia trabalhado com Cesar Lattes na Universidade de Bristol. Tal encontro aconteceu graças a alguns grandes acontecimentos que motivaram e propiciaram a interação de jovens estudantes com pesquisadores bem conhecidos, como a descoberta do méson pi por Cesar Lattes, colaboradores em 1947 e a criação do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), em 1949.

Alceu graduou-se em 1956 em engenharia civil pela Escola Nacional de Engenharia, Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Permaneceu no CBPF até 1960, quando partiu para a Universidade de Paris (Orsay). Doutorou-se em 1963, sendo orientado pelo renomado físico nuclear Jean Teillac; no ano seguinte, fez pós-doutorado no Centro de Estudos Nucleares de Saclay.

Na PUC-Rio, desde 1965, além da incumbência de gerenciar a instalação de um acelerador de íons de porte médio (tipo Van de Graaff, com 4 MV no terminal) – o maior do país naquele momento –, foi responsável pela construção de um prédio especial (dez andares, com estrutura específica para segurança radiológica) para abrigar o acelerador, oficinas, pesquisadores e pessoal técnico administrativo.

A atuação do Prof. Alceu nos 23 anos que esteve na PUC-Rio foi enorme e marcante. Consolidou o Grupo de Física Nuclear, até então voltado apenas para radiações do meio ambiente. Investiu na formação de um Grupo de Física de Partículas Elementares, convidando em 1968 os profs. Erasmo Ferreira e Nicim Zagury para aglutinar o Grupo. Defensor extremado da importância da excelência nas universidades, participou da Reforma Universitária, de 1966, que transformou o Instituto para departamento. Foi coordenador de pós-graduação até 1971, quando passou a ser diretor do Departamento de Física.

Pesquisador experimental habilidoso e possuidor de forte base teórica, o Prof. Alceu foi coautor de mais de 50 publicações em física nuclear e física atômica. Seus orientados o têm em alta estima pelo rigor científico dos seus trabalhos. Dirigiu as aplicações do acelerador de íons da PUC-Rio para física atômica de camadas internas, assumindo posição de vanguarda mundial ao que viria ocorrer na maioria dos laboratórios similares.

Em 1989, transferiu-se para o Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP), como professor titular. Aposentou-se em 2000, tendo sido diretor-executivo da Fundação Universitária para o Vestibular da USP (Fuvest/USP) por alguns anos.

A física brasileira, e em particular, a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, muito devem ao Professor Alceu.

Alessandro Rodrigues Rocha (1973-2019) _

(26 de janeiro de 2019)

Com extensa formação acadêmica, o prof. Alessandro Rocha possuía graduação em Teologia pelo Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil (STBSB) e pelo Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora e graduação em Filosofia pela Universidade Católica de Petrópolis, era especialista em Ciências da Religião pela UGF e especialista em Educação pela PUC-Minas; possuía mestrado em Teologia pelo STBSB, mestrado em Humanidades, Culturas e Artes pela UNIGRANRIO, doutorado em Teologia pela PUC-Rio, pós-doutorado em Letras pela PUC-Rio e pós-doutorado em Teologia pela Universidade Católica Portuguesa. Era diretor do Instituto Interdisciplinar de Leitura (iiLer) da PUC-Rio, pesquisador da Cátedra UNESCO da PUC-Rio, professor da FAECAD e da Faculdade Unida, de Vitória, além de pastor da Igreja Batista, em Itaipava.

Autor de mais de 20 livros, Alessandro dava palestras e participava de seminários e conferências pelo Brasil. O Reitor Pe. Josafá Carlos de Siqueira S.J. comunicou com pesar a morte do prof. Alessandro: “Peçamos a Jesus Cristo que o acolha na pátria definitiva e eterna, pois além de acadêmico, Alessandro foi um divulgador e pregador da Palavra de Deus. Nossas orações e solidariedade também com seus familiares”.

Alexandre Gabriel Christo (1980-2014) _

O professor Alexandre Gabriel Christo, nascido em Vila Velha, Espírito Santo, era formado em Agronomia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2006), com mestrado em Etnobotânica pela Escola Nacional de Botânica Tropical, do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, e iria defender a sua tese de doutorado – um estudo de Etnoecologia e processos de domesticação de ora-pro-nobis, um cacto de alto valor proteico e de uso difundido desde o Brasil Colônia – em fevereiro de 2014, mas, antes disso, foi internado e veio a falecer. (Departamento de Biologia) (+ 1 de março de 2014)

A Professora Rejan Guedes-Bruni, Diretora do Departamento de Biologia da PUC-Rio, registrou sua tristeza pela perda do amigo e profissional:

Sua habilidade com os números e grande capacidade de trabalho, aliados à vocação didática e sensibilidade no trato com as pessoas, fez com que rapidamente Christo colaborasse com diferentes grupos de pesquisa na UERJ, CPDA-UFRRJ, Laboratório de Produtos Florestais-MMA, UFES, UVV e, mais recentemente, com o Departamento de Química da PUC-Rio.

Era dedicado a seus alunos e a eles despendia horas de espera, na sala de professores, para lhes prestar ajuda com as quatro disciplinas que oferecia: desejava que os números fossem tão encantadores quanto os animais e plantas.

Retornou à presença de Deus no sábado de carnaval, primeiro de março, justo no dia de seu bloco preferido das ladeiras de Santa Teresa: Céu na Terra. Que benção para nós, seus professores, alunos, amigos e familiares, tê-lo junto de nós nesta curta, intensa e afetuosa passagem por este mundo de Deus. De fato, Christo, você foi um pedaço do céu na Terra! Descanse em paz, querido.

 

Alfredo Luiz Porto de Britto (1936-2015) _

O arquiteto e urbanista Alfredo Britto, professor da PUC-Rio e um dos criadores do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade, além de um dos maiores especialistas brasileiros em patrimônio cultural, faleceu no Rio de Janeiro, aos 79 anos, em 25 de novembro.

Alfredo Britto construiu uma carreira com fortes bases sociais e seu nome ficará ligado a várias causas de interesse da cidade, como a campanha contra a demolição do Palácio Monroe. Trabalhou nas restaurações do Arquivo Nacional (1982) e do Conjunto Residencial Prefeito Mendes de Morais (2004), projeto de Affonso Eduardo Reidy, conhecido como Pedregulho. Esse trabalho deu origem ao seu mais recente livro – Pedregulho, o sonho pioneiro da habitação popular no Brasil –, lançado em agosto, pouco antes de seu falecimento.

Secretário do IAB-RJ e membro da Direção Nacional do Instituto (1980 a 1983), por dez anos representou a seccional do Rio de Janeiro no Conselho Superior do Instituto de Arquitetos do Brasil.

O presidente do IAB, Sérgio Magalhães, recordou:

Alfredo Britto foi um dos formuladores do pioneiro e famoso Inquérito Nacional de Arquitetura, redator e diretor da revista Arquitetura [...]. Desde o início dos anos 1970, Alfredo foi titular do escritório GAP - Arquitetura e Planejamento, com larga produção edilícia, urbanística e de restauração de patrimônio, tendo recebido diversos prêmios, inclusive a 1ª Premiação Anual do IAB RJ, em 1963.

A arquiteta e secretária-geral do IAB, Fabiana Izaga, também lamentou a perda:

A arquitetura carioca teve em Alfredo Britto uma figura singular pelo seu envolvimento em várias faces da profissão: como professor e pesquisador, como profissional atuante, com destaque em projetos ligados ao patrimônio, e na militância profissional através do IAB.

Aos 79 anos, Alfredo Britto estava terminando um curso de Doutorado no Programa de Pós-Graduação em História Social da Cultura da PUC-Rio.

Em mensagem à Comunidade PUC-Rio, a Profa. Maria Fernanda Campos Lemos, Diretora do Departamento de Arquitetura e Urbanismo, assim registrou o falecimento:

É com enorme pesar que informo o falecimento de nosso querido professor e amigo Alfredo Luiz Porto de Britto. Alfredo Britto foi um dos professores envolvidos com a fundação do Curso de Arquitetura e Urbanismo e sentiremos muitíssimo a sua falta.

(Departamento de Arquitetura) (+25 de novembro de 2015) 

Álvaro Barreiro y Luaña S.J. (1936-2016) _

Espanhol, da cidade de Negreira, em La Coruña, o Padre Álvaro Barreiro S.J. nos deixou aos 80 anos de idade, após 62 anos de Companhia de Jesus e 49 anos de ordenação presbiteral. (Ex-Professor do Departamento de Teologia) (+17 de julho de 2016) 

Autor de vários livros sobre espiritualidade inaciana, foi professor de eclesiologia e reitor na Faculdade Jesuíta. Foi um grande pregador em retiros e exerceu muitas outras atividades acadêmicas e pastorais, e, entre elas, foi fundador do Centro Loyola de Fé e Cultura.

A Profa. Maria Clara Bingemer, do Departamento de Teologia da PUC-Rio, assim resumiu as emoções de todos que admiravam o Pe. Álvaro Barreiro S.J.:

O ano foi marcado por várias “passagens” de pessoas que fizeram parte ativa do cotidiano de nossa Universidade e a quem a mesma muito deve.  Um deles foi o jesuíta Álvaro Barreiro y Luaña.

Galego de nascimento, Pe. Álvaro veio bem jovem para o Brasil, país que adotou e amou durante toda a sua vida.  Doutorou-se na Pontifícia Universidade Gregoriana e foi por vários anos professor de Teologia Sistemática no departamento de Teologia da PUC-Rio. Chegou a ser diretor do departamento, deixando a marca de uma administração séria e dedicada.

Juntamente com os outros colegas jesuítas, saiu da PUC-Rio para iniciar o projeto da Faculdade Jesuíta em Belo Horizonte.  Ali, continuou exercendo sua docência, chegando a ocupar por alguns anos o cargo de reitor.

Em seus últimos anos de vida, dedicou-se a dar Exercícios Espirituais, sobretudo a leigos.  Essa experiência levou-o a escrever livros sobre a espiritualidade inaciana.

Foi um homem de grande sabedoria e extrema bondade.  Por trás do rosto sério escondia-se um espírito de serviço a toda prova e uma acolhida simples e sincera a todos os que de sua pessoa se aproximavam.

Que descanse em paz e interceda por essa Universidade que tanto amou e, sobretudo, pelo seu departamento de Teologia. 

Profa. Maria Clara Bingemer

 

Ana Luiza Morales de Aguiar (1946-2018) _

(02 de julho de 2018) 

Professora do Departamento de Artes e Design desde 2003, ministrava aulas de Design de Padronagem, Design de Estamparia e Projeto de Design de Moda.

Ana Maria Tepedino (1941-2018) _

(13 de setembro de 2018)

A Profa. Ana Maria de Azeredo Lopes Tepedino graduou-se em Filosofia pela Universidade Católica de Petrópolis, em 1963, e em Teologia, pela PUC-Rio, em 1981. Era Mestre (PUC-Rio, 1986) e Doutora em Teologia (PUC-Rio, 1993). Fazia parte do grupo de teólogas leigas, que é um diferencial do Departamento de Teologia da PUC-Rio. Em 2013, foi homenageada com o título de Professora Emérita pela PUC-Rio.

Membro da SOTER - Sociedade de Teologia e Ciência da Religião, foi apontada pela Sociedade como uma das mais importantes teólogas da América Latina, abrindo espaços e novas perspectivas de investigação no campo do feminino, na eclesiologia e na Teologia da Libertação. A Profa. atuou também em comissões da CNBB, no CELAM, na CRB e no CNLB.

Palavras do teólogo Leonardo Boff:

Conhecia-a como inquieta inteligência, engajamento pela justiça dos pobres e por um pensamento feminista bem fundado. Seus livros e artigos mostram esta sua dimensão. Bem dizia José Marti: “morrer é fechar os olhos para ver melhor”. Estamos seguros de que Ana Maria está agora com os olhos bem abertos e cheia de encantamento pela bondade de Deus-Pai e – Mãe – e pela alegria dos bem-aventurados. Que viva feliz na comunhão com os Divinos Três.

Ana Waleska Pollo Campos Mendonça (?-2017) _

(22 de maio de 2017)

Especialista em História da Educação no Brasil, a Profa. Ana Waleska Pollo Campos de Mendonça fez seus estudos de graduação (1967), o mestrado em Educação, com foco em Planejamento Educacional (1974) e o doutorado em Educação Brasileira (1993) pela PUC-Rio. O pós-doutorado, em História da Educação, foi feito na Universidade de Lisboa, concluído em 2004.

Professora Titular do Departamento de Educação da nossa Universidade, atuava nos cursos de graduação e pós-graduação, desenvolvia pesquisas na área de História da Educação, com ênfase nas linhas de História das Ideias e Instituições Educacionais e História da Profissão Docente. Integrou também as duas primeiras diretorias da Sociedade Brasileira de História da Educação (SBHE).

Segundo o Prof. Ralph Ings Bannell, Diretor do Departamento de Educação da PUC-Rio:

Ana Waleska era, sem dúvida, um dos membros mais importantes do corpo docente do Departamento de Educação dessa Universidade, bem como uma figura ímpar para além do departamento.

Ela foi uma das primeiras alunas do Curso de Pedagogia do Departamento e uma das fundadoras do Programa de Pós-Graduação. Também exerceu, ao longo da sua trajetória acadêmica, vários cargos administrativos no departamento e fora dele, no âmbito da Reitoria.

Waleska se tornou uma das mais destacadas pesquisadoras da história da educação no Brasil, formando gerações de novos pesquisadores e produzindo uma bibliografia invejável e de enorme importância. Além disso, ajudou a fundar a Sociedade Brasileira de História da Educação e influenciou colegas pelo Brasil a fora e em outros países com suas intervenções em congressos, seminários e colóquios. Como docente era admirada e respeitada por todos.

Waleska não era somente uma brilhante pesquisadora da história; ela era também protagonista da história da educação brasileira. Seu compromisso político em prol da democracia se mostrou ao longo da vida dela e em todos os fóruns nos quais ela teve presença. Nas reuniões no Departamento, frequentemente nos ensinou as implicações políticas das nossas decisões e nos lembrou do passado para entender melhor o presente. Aliás, Waleska sempre foi uma presença marcante em todos os espaços que ocupou.

 

 

Anamaria de Moraes (1942 - 2012) _

A nota do Departamento de Artes e Design da PUC-Rio com a comunicação da morte da professora Anamaria, ocorrida durante um Congresso de sua área de pesquisa, comoveu a todos:

“É com pesar que comunicamos o falecimento de nossa grande mestra Anamaria de Moraes. Titular da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, lotada no Departamento de Artes & Design, a Doutora Anamaria de Moraes fez sua graduação em História na Universidade Federal do Rio de Janeiro e em Desenho Industrial na Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

“Obteve seu título de mestre em Engenharia de Produção na Universidade Federal do Rio de Janeiro e doutorou-se em Comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Com especialização em Ergonomia pela Fundação Getúlio Vargas, foi docente da Universidade da Cidade e da ESDI-UERJ. Foi colaboradora de diversas instituições de ensino superior, dentre as quais a Universidade Federal de Pernambuco, Universidade do Estado da Bahia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul e a Universidade Estadual Paulista-Campus Bauru.

“Foi Bolsista de Pesquisa do CNPq e Coordenadora da Área de Arquitetura, Urbanismo e Design do Comitê Assessor da CAPES.

“A Doutora Anamaria notabilizou-se pela atuação em Ergonomia, com ênfase em Ergodesign e Usabilidade. Teve participação ativa em vários órgãos científicos, entre eles a AEND-Brasil - Associação de Ensino/Pesquisa de Nível Superior em Design do Brasil e a ABERGO – Associação Brasileira de Ergonomia.

“Foi uma das mentoras na criação de periódicos em Design como a Revista Estudos em Design. Esteve à frente de organismos científicos ligados ao Design, como o P&D e a ERGODESIGN e USIHC.

“Recebeu muitas homenagens em sua vida acadêmica, entre elas, o troféu de melhor docente da área de Ergonomia pela Universidade Estadual Paulista. Foi homenageada no 6º Congresso Internacional de Ergonomia e Usabilidade, Design de Interfaces e Interação Homem-computador pela Universidade de Bauru. Foi também homenageada pela IEA Fellows, IEA - Internacional Ergonomics Association. Em 2011 recebeu uma homenagem especial no VI Congresso Internacional de Pesquisa em Design - CIPED, em Lisboa.

“A professora Anamaria de Moraes faleceu no Recife durante a realização da 11ª edição do ERGODESIGN e USIHC.

“Os docentes, funcionários e alunos do Departamento de Artes & Design da PUC-Rio prestam aqui a homenagem à sua grande mestra, que foi um exemplo de sabedoria, energia e perseverança na luta pelas conquistas acadêmicas do Design e na superação dos desafios impostos por dificuldades de saúde. Anamaria de Moraes foi uma estudiosa exemplar que nos deixa muitos ensinamentos.”

Andrea de Castro Coelho Cintra (1941-2015) _

A Professora Andrea Cintra, falecida em 31 de julho, estava aposentada desde 2006, após 40 anos de trabalho e dedicação ao Departamento de Psicologia da PUC-Rio como supervisora clínica, na área de criança, e professora da disciplina Psicoterapia Infantil. Em 1989, defendeu, no Departamento, a dissertação de Mestrado intituladaFantasia de doença e fantasia de cura: um estudo sobre a adolescência de classe popular, orientada pela Profa. Terezinha Féres-Carneiro.

A Profa. Flavia Sollero (PSI) lembrou traços da sua companheira de trabalho:

A Profa. Andrea Coelho Cintra foi minha “supervisora de emergência” várias vezes. Quando, no início da carreira, eu não sabia o que fazer, pedia socorro a ela, que jamais comentou sobre isso, com aquela elegância e aquele bom humor que lhe eram característicos! Não podemos nos esquecer de pessoas tão generosas como ela! Andrea foi uma grande supervisora de estágio, criativa, com tiradas de um bom humor surpreendente. E generosa colega de trabalho no SPA do Departamento de Psicologia.

A Profa. Maria Inês Garcia de Freitas Bittencourt (PSI) realçou, em depoimento, as qualidades de equilíbrio e simplicidade da Profa. Andrea, sua impecável postura ética e sua dedicação ao trabalho:

Foi uma professora exemplar, que conquistava os alunos com sua sabedoria, e uma colega queridíssima por todos os que conviveram com ela.

A ex-aluna Sonia Ferreira Vianna assim descreveu Andrea Cintra:

Andrea [...] foi minha professora na PUC-Rio em 1966, quando eu estava no 4º ano da faculdade. Nesta ocasião, dava aula de Técnica de Exames Psicológicos, mais especificamente testes de personalidade (teste de Rorschach), TAF (Thematic Apperception Test), CAT (Children Apperception Test) e muitos outros. Era uma professora dedicada e com grande capacidade de avaliação diagnóstica e de síntese. Ensinou-me com muita didática e clareza a fazer um diagnóstico diferencial entre psicose, neurose, psicopatia, sociopatia, etc. Isto me deu uma base sólida e segurança para a minha vida profissional.

(ex-professora do Departamento de Psicologia) (+31 de julho de 2015) 

Ângela do Rego Monteiro (1943-2021) _

Ângela Maria do Rego Monteiro, professora da PUC-Rio entre 2002 e 2016, faleceu aos 78 anos.  Formou-se em Jornalismo, na PUC-Rio, em 1963. Começou a carreira no Jornal do Brasil, a convite do jornalista e professor da PUC-Rio Alberto Dines. Passou pelo suplemento feminino de O Globo e, aos 21 anos, participou da fundação do caderno Ela, do qual foi editora. Na Bloch Editores, foi editora de moda durante oito anos. Ângela lembrou essa época como das melhores de sua vida – ia à Europa duas vezes por ano e “era muito paparicada”, pois a revista Manchete tinha prestígio no exterior.

Voltou ao Globo para trabalhar na coluna de Ricardo Boechat, em uma parceria que durou 20 anos. Sobre essa fase, Ângela coescreveu o livro Toca o barco: histórias de Ricardo Boechat contadas por quem conviveu e trabalhou com ele. Continuou na coluna de Ancelmo Góis, que substituiu Boechat. Ancelmo promoveu-a à editora.

Após a aposentadoria, voltou à PUC-Rio, como professora do Departamento de Comunicação Social.

Diversos depoimentos ao Portal dos Jornalistas lembram as histórias que ela contava, ao mesmo tempo palpitantes e pedagógicas. “Não dava vontade de sair de perto”, sintetiza o professor Célio Campos.

Anna Maria Fausto Monteiro de Carvalho (?-2019) _

(07 de maio de 2019)

Vinculada ao Curso de Especialização em História da Arte e da Arquitetura no Brasil (CCE/Departamento de História), do qual foi coordenadora e professora por mais de 20 anos, a profa. Anna Maria Carvalho era licenciada em Letras Português-Francês pela PUC-Rio (1975). Mestre em Artes Visuais-História e Crítica de Arte pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro - EBA/UFRJ (1988) e doutorada em História da Arte pela Faculdade de Letras de Coimbra.

Colaboradora do CEPESE – Centro de Estudos da População, Economia e Sociedade, de Portugal, no Brasil, atuou em pesquisas  e publicou várias obras sobre a Memória da Arte Franciscana na cidade do Rio de Janeiro; Conventos Franciscanos do Nordeste Brasileiro; Arte no Brasil, da Colônia ao Reino-Unido - Coleção do Museu Nacional de Belas Artes; A Paisagem Carioca; A Pintura Retratística na Coleção Eva Klabin Rapaport; Arte e Arquitetura dos Jesuítas no Rio de Janeiro Colonial e Mestre Valentim.

Anselmo Salles Paschoa (? - 2011) _

O Prof. Anselmo Paschoa atuou no Departamento de Física da PUC-Rio entre os anos de 1965 e 2005. Foi também Diretor da Comissão Nacional de Energia Nuclear de 1990 a 1992 e, a partir de 2005, passou a desenvolver suas atividades acadêmicas na UERJ.

Na PUC-Rio orientou 5 dissertações de mestrado e 3 teses de doutorado.

O Prof. Luis Carlos de Menezes, da USP, que estava com o professor Anselmo em uma reunião da Comissão de Acompanhamento do Programa Nuclear Brasileiro, na sede paulista da Sociedade Brasileira de Física (SBF) quando o professor teve a crise cardíaca da qual não se recuperou, assim se manifestou sobre ele: “deixou nosso convívio da forma com que sempre viveu, afirmativo e íntegro. Fará imensa falta a seus companheiros de trabalho nos muitos ambientes em que atuava.”

Antônio da Silva Pereira (1928-2015) _

O Padre Antônio da Silva Pereira, ex-professor do Departamento de Teologia, faleceu no dia 10 de maio de 2015. O sacerdote, que residia no Rio de Janeiro desde 1968, era natural da freguesia de Santa Bárbara, no concelho da Ribeira Grande, ilha de São Miguel, nos Açores, onde nasceu a 2 de janeiro de 1928.

Doutorado em Direito Canônico, o sacerdote veio para o Brasil depois de ter desempenhado vários cargos na diocese e no seminário de Angra do Heroísmo, como Professor, Diretor Espiritual, Chanceler da Cúria Diocesana e Pároco. Foi também Diretor Espiritual do Colégio Português em Roma (1963 a 1967). No Brasil, foi Professor do Departamento de Teologia da PUC-Rio, Professor do Instituto Superior de Teologia dos Franciscanos em Petrópolis (1971 a 1980); Capelão do Instituto Social, das Irmãs da Sociedade das Filhas do Coração de Maria e Professor do Instituto Superior de Direito Canônico do Rio de Janeiro.

Pe. Pereira dedicou 40 anos de sua carreira ao Departamento de Teologia da PUC-Rio, ao lado dos Padres Manuel Bouzon e Alfonso Garcia Rubio, conforme nos conta a Profa. Tereza Cavalcanti (TEO). O sacerdote era especialista em Direito Canônico, e marcou a abertura eclesial em relação à participação dos leigos nas decisões da Igreja, tema que trabalhou em diversos artigos. Ao lado do Pe. Jesus Hortal S.J., auxiliou vários bispos que a ele recorreram para questões de Direito Eclesial e Direito Matrimonial.

O Pe. Jesus Hortal Sànchez S.J. assim se pronunciou sobre o antigo companheiro:

Conheci o Pe. Pereira em Roma, quando ele era espiritual no Colégio Português e nós dois estávamos cursando o Doutorado em Direito Canônico, na Universidade Gregoriana. Reencontrei-o alguns anos depois, quando ele já estava na PUC-Rio e eu na PUC-RS. A partir de 1986, quando fui transferido para o Rio de Janeiro, convivemos no Departamento de Teologia. Fomos sócios-fundadores da Sociedade Brasileira de Canonistas, fui eleito Presidente e ele Vice-Presidente da entidade. Extraordinariamente meticuloso na preparação de suas aulas e artigos, talvez por essa meticulosidade seu volume de publicações tenha sido relativamente pequeno. Colaborou ativamente na REB (Revista Eclesiástica Brasileira).

Era muito apreciado pelos alunos, não só na PUC-Rio, mas também no Instituto de Direito Canônico do Rio de Janeiro. Seu caráter sempre foi marcado pela seriedade. Apaixonado pela verdade, repelia com veemência as posições discordantes. De saúde delicada, era um modelo de moderação na comida. Suas pesquisas, mais do que no campo do Direito Canônico, se desenvolveram no da Eclesiologia. Conhecia profundamente o Concílio Vaticano II e gostava de discutir sobre os documentos conciliares, especialmente a Lumen Gentium. Lembro-me de uma vez em que os alunos do Instituto promoveram uma discussão, entre ele e mim, sobre um tema polêmico, sabendo que as nossas posições eram discordantes. A sessão foi animada em extremo e, no fim, cada um continuou na sua e todos amigos. Trabalhador incansável, não suportava que o interrompessem nos seus estudos. Era um homem piedoso, extremamente observante de suas obrigações religiosas.

Pe. Pereira residia há alguns anos na Casa do Padre Cardeal Câmara. Há alguns meses encontrava-se doente, tendo falecido no Hospital Quinta D’Or aos 87 anos de idade.

(ex-professor do Departamento de Teologia) (+10 de maio de 2015) 

Páginas