Título![]() |
Código | Data | Descrição |
---|---|---|---|
Ulpiano Vázquez Moro S.J. (1944-2017) | _ |
(22 de julho de 2017) Nascido em Carrizo de la Rivera, em León, na Espanha, em 26 de janeiro de 1944, Pe. Ulpiano ingressou na Companhia de Jesus em 1961, na cidade de Salamanca, onde emitiu os primeiros votos, em 1963. No ano seguinte, transferiu-se para o Rio de Janeiro. Graduado em Filosofia pela Faculdade de Filosofia Nossa Senhora Medianeira (1966) e em Teologia, pela Université Catholique de Louvain (1974), com mestrado e doutorado em Teologia pela Universidad Pontificia Comillas, de Madri, Pe. Ulpiano tinha experiência na área de Teologia, com ênfase em Teologia Fundamental. Professor do Departamento de Teologia da PUC-Rio entre 1978 e 1981, lecionou as disciplinas Teologia Dogmática - Trindade (graduação), Tópicos de História da Teologia, Tópicos de Teologia Dogmática e Grupo de Estudos sobre Teologia e Espiritualidade (pós-graduação). Ulpiano era um mestre na arte de conversar. E as conversações espirituais que mantínhamos nos retiros e orientações deixaram marcas indeléveis em mim e foram configurando-me, outra, nova, inteira na estatura que a vocação e a missão me traziam. Quanto mais o conhecia, mais me impressionava. Era talvez o homem mais completo que já havia cruzado meu caminho. Pensador brilhante e extremamente erudito, era professor que preparava cada aula como se fosse a única. Aplaudido pelos alunos no final do curso, ria modestamente e procurava jamais colocar-se em evidência. Místico ardente, era igualmente mestre espiritual que ajudava na experiência de Deus desde as pessoas mais simples até as mais requintadas e letradas. Pastor dedicado e incansável, foi exímio formador de leigos cultos e inquietos, religiosos de ambos os sexos, e membros do povo de Deus de condição extremamente simples e humilde. Para todos havia a linguagem adequada, a palavra precisa, o olhar e a acolhida carinhosa. Sacerdote devotadíssimo, guiou várias comunidades e paróquias no culto, na doutrina e na unidade. Suas celebrações e homilias atraíam pessoas não só da comunidade local, mas vindas de outras paragens, atraídas pelo fogo e a inspiração que emanavam do pregador exímio, cheio de conhecimento e entusiasmo pelo mistério de Deus. Maria Clara Bingemer, Professora do Departamento de Teologia da PUC-Rio
|
|
Vera Magiano Hazan (?-2021) | _ |
A profa. Vera Hazan era arquiteta e urbanista, tendo atuado nas áreas de projeto, ensino, pesquisa e extensão. Reconhecida por sua participação assídua no debate público sobre a Arquitetura e a vida nas cidades, era membro do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) e do Conselho de Arquitetos e Urbanistas do Rio de Janeiro, atuando na Comissão de Formação e Exercício Profissional do CAU-RJ. Nota do Departamento de Arquitetura e Urbanismo: Professora e orientadora devotada e multipremiada, Vera era também supervisora do Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo do nosso DAU, estando à frente de projetos de grande destaque, entre eles a Estação Avançada de Pesquisa de Fernando de Noronha da Marinha do Brasil e o novo auditório da PUC-Rio. Vera foi uma defensora incansável da chamada acessibilidade universal em arquitetura, e nos últimos anos vinha se dedicando – com grande sucesso e reconhecimento internacional – à Arquitetura Humanitária, com projetos e ações voltadas para refugiados e pessoas em situação de rua. Um texto seu sobre este tema foi publicado na prestigiosa revista V!rus. A contribuição de Vera tanto para o nosso DAU quanto para a PUC-Rio é inestimável – nós sentiremos sua falta por muito, muito tempo. |
|
Verônica Rodrigues (1957 - 2012) | _ |
A Profa. Verônica era graduada em Arquitetura e Urbanismo pelo Instituto Metodista Bennett (1983) e mestre em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2006). Foi consultora do projeto de criação do curso de Arquitetura em 2001 e desde 2002 atuava como professora da Universidade. Seu pai, o arquiteto Sergio Rodrigues, de quem era sócia no escritório Sergio Rodrigues Design e Móveis, disse ao Jornal da PUC que desde pequena Verônica demonstrou interesse por arquitetura, frequentava sua loja de design e o auxiliava a arrumar os móveis dispostos na varanda do apartamento onde moravam. Dizia que gostava de morar numa casa diferente das demais. Para o Prof. Fernando Betim, coordenador do curso de Arquitetura e Urbanismo, “Verônica tinha sensibilidade em relação ao ensino. Lançava um olhar humanista em disciplinas mais formais e trazia a simplicidade. Ela tinha uma técnica muito apurada e sabia traduzir isso para a sala de aula. Sua doçura, competência e amizade foram marcas fundamentadoras da construção do curso de Arquitetura e Urbanismo da PUC-Rio.” O Jornal da PUC apurou que “Verônica era apreciadora de música brasileira e de cinema, gostava de cozinhar e de cantar e participava de coros familiares. Leitora voraz, fazia doutorado em Letras pela PUC-Rio e em sua tese buscava associar a personalidade dos personagens de ficção ao interior de ambientes descritos nas obras. Verônica faleceu de câncer no dia 13 de março, dois dias antes de seu aniversário, aos 55 anos. Deixou duas filhas, uma designer e outra estudante de arquitetura.” |
|
Wilson Luis (Lula) Branco Martins (1964-2017) | _ |
(27 de março de 2017) Lula Branco Martins faleceu aos 53 anos devido a um AVC. Foi aluno da Universidade, estagiou no Jornal da PUC em 1989, e era professor desde 2006, atuando no Departamento de Comunicação Social. Editor de publicações importantes como a Revista de Domingo, do Jornal do Brasil, e a revista Rio Samba e Carnaval, foi também colunista da revista Veja Rio e do jornal O Globo. Nas palavras de Gabriela de Vicq, do Jornal da PUC: Professor performático, editor perfeccionista, compositor de enredos carnavalescos, mágico, romântico, cantor de ópera, imitador de Chico Buarque, beatlemaníaco, torcedor do América, viciado em Coca-Cola Zero, fazedor de listas, cariocólogo... Em todos esses papéis, uma coisa em comum: a autenticidade. Lula Branco Martins projetava intensidade em tudo o que se propunha fazer. E ele fazia muitas coisas diferentes. Projetos, festas, debates, sites, livros, aulas. Foram muitos os que passaram pela vida de Lula – todos atravessados por ele e tocados de alguma forma pela criatividade e originalidade do jornalista. O Professor Miguel Pereira lembrou, em depoimento, que Lula já se destacava por suas ideias desde a época em que estagiou no Jornal da PUC: “Lula Branco Martins era uma usina de ideias”. Como professor, marcou a todos com a sua “Aula das Bolinhas”, atividade conjunta das turmas de Comunicação Impressa: cabia aos alunos arremessar bolas em cestas para indicar, entre as notícias lidas pelos professores, as mais adequadas para os diferentes veículos – rádio, mídia impressa ou televisão: Ele era uma figura absolutamente fantástica de se conviver. Às vezes, antes da reunião de pauta, ele perguntava se podia tocar violão para se expressar melhor. Fazia uma apresentação, e era sempre brilhante. Também não era raro ele aparecer na redação de madrugada, meio de pijama, falando que tinha surgido uma ideia e que precisava desenvolvê-la na hora. Ele era capaz de se dedicar a um projeto com esse tipo de entrega, tanto no plano pessoal quanto no profissional. Morreu o último jornalista romântico. Maurício Lima, jornalista
|
|
Yara Wall (1935 - 2011) | _ |
Um aneurisma foi a causa do falecimento de Yara Wall, ex-professora de Pedagogia da PUC-Rio. Aos 76 anos, a pedagoga era considerada por muitos uma mulher irreverente e agregadora. A Profa. Emérita Maria Aparecida Mamed lembra de Yara como uma pessoa muito importante para o departamento e ressalta que a personalidade dela era muito marcante. Yara coordenou o curso de graduação de Pedagogia e deu aulas para vários professores que atuam hoje no Departamento de Educação. Na PUC-Rio, ela cursou mestrado em Educação e foi professora assistente durante 34 anos, até 2006. A Profa. Maria Inês Marcondes, ex-aluna da pedagoga, hoje Coordenadora da Pós-Graduação, diz que Yara tinha uma maneira muito inovadora de dar aula e que agradava a todos. Luisa Paciullo e Júlia Morani |
|
Zélia Domingues Mediano (?-2020) | _ |
Professora aposentada da PUC-Rio, Zélia Mediano foi, por muitos anos, professora do Departamento de Educação, diretora do Departamento, pesquisadora e colaboradora de projetos e empreendimentos do Departamento e da Universidade. Seu trabalho trouxe inestimável contribuição à consolidação da Pós-Graduação, na década de 1970, e à reforma da Graduação, em 1990. Quando se aposentou, mudou-se para Sapucaia, no estado do Rio de Janeiro, e ali deu início a um projeto de educação de base de grande impacto no município e em municípios vizinhos. |