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Judith Felcman (1942 - 2012) _

A Professora Judith Felcman, do Departamento de Química da PUC-Rio, faleceu no dia 16/03/2012.

Alguns amigos da PUC-Rio compartilharam as mensagens publicadas a seguir.

Prezados colegas da Divisão de Química Inorgânica,
É com profundo pesar que comunico o falecimento da Profa. Judith Felcman, do Departamento de Quimica da Pontificia Universidade Catolica do Rio de Janeiro - PUC-Rio.
A Profa. Judith sempre colaborou com a nossa Divisão, e foi uma das promotoras da Química Inorgânica no Estado do Rio de Janeiro.
A nossa Divisão apresenta à sua família e seus amigos os sentimentos mais sinceros de condolências.
Fica uma grande Saudade,
Sérgio, Shirley e Luiz
Divisão de Química Inorgânica da SBQ

Prezados Colegas,
Junto-me a vocês neste triste lamento.  No final do ano passado eu escrevi um parecer sucinto que ilustra a vida de Judith Felcman.  Gostaria de compartilhá-lo com vocês, como uma homenagem póstuma.
Abraços
Henrique E. Toma.

Judith Felcman - Sua vida acadêmica e contribuição à ciência

Judith Felcman, graduada em 1962, passou a ter uma atuação destacada na Química Inorgânica e Analítica brasileira após 1983, quando obteve seu doutorado com João J. R. Frausto da Silva, renomado Professor da Universidade Técnica de Lisboa. Sua tese focalizou o papel do vanádio na biologia, e nela explorou com propriedade a natureza dos complexos de oxo-vanádio(IV) com ácidos poliaminocarboxílicos e sua ocorrência no cogumelo Amanita muscaria. Mais do que um trabalho de tese, foi o início de uma importante linha de pesquisa em uma área, que na época, era ainda incipiente em todo o mundo. Tratava-se da Química Bioinorgânica.

Hoje, é uma das áreas mais férteis dentro da Química, principalmente por conjugar os princípios e diversidade dos elementos inorgânicos com os processos da vida, transpondo a Tabela Periódica dos Elementos para a Bioquímica.

Sua trajetória acadêmica na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, desde 1978 até o presente, é repleta de contribuições importantes para o ensino, pesquisa e extensão. Coordenou inúmeras atividades e comissões estatutárias, incluindo a de Pós-Graduação e foi Diretora do Departamento de Química da PUC-Rio. Conduziu um grande número de projetos, tanto acadêmicos como aplicados à área de Petróleo, com captação de recursos e produção de resultados relevantes para a Petrobras. Orientou 48 teses de mestrado e doutorado, e atualmente tem 54 artigos publicados em periódicos indexados, 3 livros, 4 capítulos de livro e mais de uma centena de comunicações em congressos nacionais e internacionais.

No âmbito nacional e internacional, Judith Felcman tornou-se bastante conhecida e respeitada por sua intensa participação em atividades científicas, frequentando ou organizando congressos e eventos. Na área de Química Inorgânica, a realização do IV Simpósio Nacional de Química Inorgânica na PUC-Rio, em 1988, sob sua coordenação, foi um marco importante para o desenvolvimento da área no Brasil. Foi delegada do Brasil e membro da Comissão de Dados e Constantes de Equilíbrio da IUPAC (International Union of Pure and Applied Chemistry) de 1996 a 1999. Tem prestado serviços importantes para as agências e órgãos de fomento, revistas científicas, e participado constantemente em bancas examinadoras de teses e concursos públicos.

Sua atuação e respeitabilidade contribuiu para elevar o conceito do Departamento de Química da PUC-Rio no cenário nacional e internacional.

São Paulo, 5 de outubro de 2011
Henrique E. Toma

Veja também a matéria publicada no Portal PUC-Rio Digital.

Juan Antonio Ruiz de Gopegui Santoyo S.J. (1928-2022) _

O Pe. Juan Gopegui S.J. (06/08/1928-10/01/2022) foi professor de Teologia Dogmática da PUC-Rio entre 1978 e 1981. Graduou-se em Filosofia pelo Colégio Anchieta (1955) e pela Faculdade de Filosofia Nossa Senhora Medianeira e, em Teologia, pelo West Baden College (1962), em Indiana (EUA). Concluiu o mestrado em Teologia pela Universidad de Deusto (1963), na Espanha, e o doutorado pela Pontificia Universidade Gregoriana (1977), em Roma. Desenvolveu um longo e profícuo trabalho nas áreas de catequese e evangelização. Foi vice-diretor do Instituto Superior de Pastoral Catequética de Belo Horizonte (1966); reitor do Colégio Loyola, Belo Horizonte (1967-1970); vice-reitor do Pontifício Colégio Pio Brasileiro, em Roma (1975-1977); professor de Catequética e História da Salvação no Instituto Superior de Pastoral Catequética (ISPAC); professor de Cultura Religiosa na FASP; professor de Teologia Pastoral no Instituto Pio XI; professor de Teologia Dogmática na Faculdade de Teologia da PUC-Rio (1978-1981); professor titular de Teologia Sistemática no Centro de Estudos Superiores - CES, atual Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (1982-2003); Coordenador da Pastoral da Juventude no Instituto Pastoral da CNBB Leste 2 (1967-1968); Membro do Conselho Presbiteral da Arquidiocese de Belo Horizonte e da Comissão Arquidiocesana da Pastoral da Juventude (1968-1970). Publicou inúmeras obras sobre catequese.

Em nota de pesar pelo falecimento do Pe. Juan Antonio Ruiz de Gopegui Santoyo S.J., assim se manifestou a Província dos Jesuítas do Brasil:

É com profundo pesar que a Província dos Jesuítas do Brasil informa o falecimento do Pe. Juan Antonio Ruiz de Gopegui Santoyo S.J., aos 93 anos, ocorrido na tarde desta segunda-feira (10/01), em Belo Horizonte. O sacerdote completaria 75 anos de Companhia de Jesus em 20 de setembro de 2022.

Nascido em Palência, Espanha, Pe. Gopegui chegou ao Brasil em 1952. Ao longo de sua missão, desempenhou as funções de coordenador do Departamento de Pastoral do Colégio Loyola em Belo Horizonte, consultor, admonitor, coordenador, vice-provincial interino, ministro, orientador espiritual, vice-reitor do Colégio Pio Brasileiro em Roma, Itália, professor, superior e vigário em várias regiões do país.

Pe. Gopegui era conhecido por ser uma pessoa muito rica em valores humanos. Possuía sensibilidade artística, discernimento e critérios, principalmente sobre a atuação pastoral e presença da Igreja no campo da evangelização.

Nos últimos tempos, vivia na Comunidade de Saúde e Bem-Estar Irmão Luciano Brandão, onde cuidava de sua saúde e orava pela Igreja e pela Companhia de Jesus.

 

 

José Otávio de Vasconcellos Naves (?-2020) _

Tinha graduação em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (1970) e Mestrado em Psicologia pela Université Catholique de Louvain-Bélgica (1978). Doutorado em Psicologia Clínica pela PUC-Rio (2006), onde foi professor e supervisor no Serviço de Psicologia Aplicada. Foi pesquisador da Associação Universitária de Pesquisa em Psicopatogia Fundamental.

Nota do Departamento de Psicologia:

É com enorme pesar que o Departamento de Psicologia da PUC-Rio comunica o falecimento de seu muito querido ex-professor José Otávio Vasconcellos Naves no dia 26/09/2020.

Em memória, divulgamos abaixo as homenagens feitas por familiares, amigos e ex alunos:

Profa. Daniela Romão B. Dias

É com honra e responsabilidade que represento o Departamento de Psicologia nessa homenagem ao querido professor, supervisor e colega José Otávio Naves.

Zé, como carinhosamente era chamado, jamais padeceu de indiferença. Após o comunicado de sua partida, na caixa de entrada não pararam de chegar e-mails dos colegas professores. Lembraram de sua inteligência e generosidade. Destacaram a sensibilidade para os detalhes, a abertura para o mundo, o olhar profundo. Não deixaram de fora o afeto, a inquietude e o humor.

Como professor, suas aulas intrigavam, assustavam e, sobretudo, encantavam. 

Irradiava a psicanálise de forma apaixonante, envolvendo seus ouvintes em uma atmosfera de lirismo e mistério. Quem sabe o que se passava na cabeça do Zé? Se tivesse que apostar, diria que sua intenção era provocar uma lacuna, um desconforto até, para que aqueles que o escutavam aguçassem a curiosidade e fossem buscar suas próprias e incompletas respostas. Como supervisor, fazia afirmações enfáticas e enigmáticas, para as quais pouco adiantava pedir explicações adicionais. Parecia que, tal como Manuel de Barros, Zé poderia dizer: “entender é parede. Procure ser árvore.”

 Zé foi árvore. Deu flores e frutos. Iniciou centenas de pessoas que praticam e passam adiante a psicanálise em suas clínicas privadas, nos serviços públicos e de saúde mental, nas universidades.

Hoje, para além de lamentar sua partida, temos motivos para celebrar uma vida bem vivida. Porque a vida do Zé não foi estreita, mas larga e, licença para o neologismo, enlargueceu o olhar daqueles que passaram por ele. Obrigada, Zé, a lembrança de sua risada imensa – para usar o termo de uma amiga querida – será sempre motivo para sorrirmos também.

 

Prof. Fernando Ribeiro Tenório

muito triste com a notícia da partida do José Otávio. Foi meu professor na Graduação. Faço parte de um grupo de WhatsApp de ex-alunos que como eu se formaram na primeira metade da década de 90 e estão todos muito tocados pela notícia, escrevendo coisas lindas sobre ele, memórias, homenagens...

Ele é de fato um professor emblemático na história do Departamento e marcante para gerações de psicólogos.

Penso que o Departamento deveria organizar uma homenagem para ele, com a participação de ex-alunos.

 

Profa. Andrea Seixas Magalhães

Meu abraço apertado em todos os colegas que tiveram o privilégio de conviver com o Zé Otávio, querido e sensível.

Concordo com a importância de homenagear e de ter um espaço para elaborarmos nossos tantos lutos dos últimos tempos.

 

Profa. Claudia Garcia

Lembro ainda do dia em que, como coordenadora do SPA entrevistei Zé Otávio então candidato no processo de seleção para o cargo de professor e supervisor do Departamento de Psicologia. Conversamos longamente sobre narcisismo, tema do trabalho que acabara de concluir e logo me convenci, acertadamente, que era a pessoa indicada para o cargo.

Minha primeira impressão se confirmou ao longo dos anos em que convivemos com um professor-supervisor que estimulava a curiosidade de seus alunos, questionava o estabelecido, sempre trazendo ideias desafiadoras e novas formas de pensar o mundo e a psicanálise.  Marcou, sem dúvidas, uma geração de alunos e alunas, e nos deixa a lembrança de alguém afetuoso e aberto pro mundo que tinha a psicanálise como bem maior.

 

Prof. Álvaro de Pinheiro Gouvêa

A PUC aos pouquinhos vai virando saudade. Nosso grande José Otavio juntando a outros e alimentando nosso imaginário com emoções, lembranças e alegria.

 

Prof. Carlos Eduardo Brito

Que notícia triste! Zé Otávio também foi meu professor. Criativo, original, engraçado, uma pessoa única! Sempre disponível para ouvir e também nos enriquecer com sua sabedoria. Que saudade!

 

Profa. Sara Ângela Kislanov

Triste também com a notícia do falecimento do Zé. Colega generoso e de risada imensa mesmo. Que descanse em paz. Era ótimo colega e generoso também com os alunos. Ficará para sempre em nossos corações.

 

Profa. Teresa Creusa Negreiros

Fiquei comovida com a triste noticia da morte de meu ex-colega e sempre amigo José Otavio. Quem morre mas deixa lembranças afetivas, vive para sempre na memória dos que conviveram com ele. Então, na verdade, enquanto recordarmos sua incrível presença, ele estará entre nós!!

 

Profa. Monah Winograd

Recebi a notícia ontem com uma tristeza enorme. Muito querido, o Zé. Figura meio lírica, com aqueles olhos sempre abertos. E como era engraçado também. Deixa saudades.

Penso que o Depto deve prestar-lhe uma homenagem de qualquer maneira, como um reconhecimento das marcas deixadas pelo Zé naqueles que tiveram a sorte de esbarrar com ele pelo caminho e no próprio departamento. Ele marcou gerações de psicólogos.

Abraços apertados em todos!

Viva o Zé!

 

Profa. Regina Pontes

Que triste … Perdemos uma pessoa apaixonada, inteligente e criativa. Sensível nos mínimos gestos.Encantador com as palavras.

Que esteja em paz, com sua missão cumprida e sempre na nossa lembrança,

 

Profa. Isabel Fortes

José Otávio foi meu professor na graduação e supervisor no SPA. Foi um grande professor; aprendi muito com ele. Que descanse em paz.

 

Profa. Norma Salgado Franco

Fiquei muito triste com essa notícia, me “pegou” de surpresa. Que o Espírito Santo console o coração de seus colegas e familiares.

 

Profa. Regina Jardim

Que notícia tão triste. Deixa saudades e lembranças vivazes de encontros prazerosos e frutíferos. Descanse em paz, meu amigo!

 

Profa. Daniela Romão Dias

Muito triste com a partida do Zé. Era uma pessoa incrível e foi responsável pela iniciação de muitos na psicanálise, pessoas que hoje trabalham em clínicas públicas e privadas, na saúde mental e em universidades. Foi meu supervisor, não no SPA, mas depois, e é parte importante da minha formação. Que sua risada imensa, para usar um termo de Denise Portinari, permaneça em nossos corações.

 

Profa. Terezinha Féres-Carneiro

Foi com muita tristeza e dor que recebi, ontem à noite, a notícia do falecimento do Zé Otávio, meu ex-doutorando muito querido. Zé era inquieto, inteligente, criativo, generoso e, como disse a Silvinha, muito instigante. Com ele vivi intensas e ricas trocas acadêmicas e afetivas, que ficarão para sempre comigo.

Zé, muito querido, a você nossa homenagem de gratidão e afeto por tudo que nos proporcionou como aluno de uns, professor de outros e colega de todos nós, que tivemos o privilégio de conviver com a pessoa linda que você foi e que continuará sendo dentro de cada um de nós!

 

Profa. Silvia Zornig

Muito triste mesmo esta notícia. Ficam as boas lembranças de um psicanalista criativo e instigante e um amigo querido.

 

Profa. Regina Murat

Triste notícia, Landeira e colegas. Saudades do Zé Otávio, colega querido de tantos anos e muitas trocas frutíferas. Fica para sempre nas minhas lembranças!

 

Profa. Sandra Salomão

[...] meus profundos sentimentos a todos os colegas que conviveram com José Otávio, uma pessoa docemente grande, presença confortante, sorriso intrigante e faceiro.

 

Prof. Marco Aurélio Negreiros

Lamento muito a partida do meu querido professor de psicanálise e supervisor no SPA. Deixará saudades.

José Henrique de Carvalho (?-2021) _

Graduado em Jornalismo pela PUC-Rio (1960), fez aperfeiçoamento em Ciências da Informação Coletiva pelo Centro Internacional de Estudios Superiores de Periodismo para América Latina - CIESPAL, em Quito, Equador (1965). Também era Livre Docente em Comunicação Social (Publicidade e Propaganda) pela PUC-Rio (1977), com tese sobre o alcance e as limitações da propaganda. Lecionou no Departamento de Comunicação Social de 1963 até 2002 e foi diretor do Departamento. Atuou como orientador e pesquisador em cursos de graduação e pós-graduação na PUC-Rio, na UFRJ e UERJ. Além das atividades acadêmicas, José Henrique tinha experiência em jornalismo e comunicações integradas de marketing.

José Guerchon (1946-2016) _

Um “embaixador da PUC-Rio”, como o consideravam os colegas, o Prof. José Guerchon faleceu aos 70 anos. Trabalhou no Departamento de Química da Universidade durante dez anos e como consultor, ligado ao Decanato do CTC, desde 2011. (consultor do Decanato do CTC) (24 de fevereiro de 2016)

Além de reconhecido como químico e educador, o professor era um grande colaborador no Departamento. Acreditava no padrão e no modelo de ensino da Universidade. Teve também como objetivo aprimorar os cursos de Química, tanto no Brasil quanto no exterior e, assim, atuou no desenvolvimento de materiais didáticos como softwares, museus virtuais e programas de rádio.

Formado em Química pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro, com especialização em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas, trabalhou como professor na Escola Técnica de Química e em vários outros estabelecimentos da cidade. Na PUC-Rio, ajudou a reformular as práticas de laboratório de Química Geral e participou do Programa de Integração Universidade Escola e Sociedade (PIUES). Alinhado com as novas tendências, foi coordenador acadêmico do projeto Condigital da PUC-Rio.

O Prof. Ricardo Aucélio, do Departamento de Química, compartilhou momentos memoráveis ao lado do amigo José Guerchon e expressou sua admiração pelo modo sempre positivo e entusiasmado do mestre quanto aos assuntos relacionados ao ensino e aprendizagem e à sua capacidade de trabalho: “Ele sempre achava uma maneira diplomática de fazer as coisas funcionarem e é por isso que ele foi tão importante no funcionamento e no sucesso do Condigital. Ele fazia as pessoas se unirem, era um cara incrível”.

José Guerchon era casado, tinha uma filha e dois netos.

John Williamson (1937-2021) _

Aos 83 anos, faleceu o economista britânico John Williamson, professor do Departamento de Economia da PUC-Rio entre 1979 e 1981. Williamson trabalhou no Departamento do Tesouro do Reino Unido, no FMI e no Banco Mundial, além de também ter lecionado nas universidades de Warwick, York, e no Massachusetts Institute of Technology (MIT), em Princeton. Morou no Brasil, era fluente em português e foi casado com uma brasileira.

Em 1989, ele cunhou o termo Consenso de Washington para descrever as políticas de disciplina fiscal e liberalização de mercado, recomendadas pelo Banco Mundial e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para a América Latina.

Segundo nota divulgada pelo Instituto Peterson para Economia Internacional (PIIE, pela sigla em inglês), do qual era um dos fundadores, o seu

[...] trabalho pioneiro na economia do desenvolvimento, regimes cambiais, reforma monetária global e muitos outros assuntos influenciaram todo o campo da economia internacional. Ele foi um autor prolífico e um mentor estimado para muitas gerações de acadêmicos e legisladores, especialmente em seus 32 anos no PIIE.

O economista Edmar Bacha, que era amigo de Williamson desde que deram aulas na PUC-Rio, de 1979 a 1981, lembrou que, em 2014, ele esteve na Casa das Garças, dirigida por Bacha, para a homenagem ao ex-ministro da Fazenda, Pedro Malan. Segundo Bacha, naquele evento, Williamson discutiu muito a crise na União Europeia e antecipou o Brexit. Os amigos lembram um outro lado do professor: como conservacionista e observador de pássaros, registrou mais de 4000 espécies em suas viagens pelo mundo.

Paul Krugman, ganhador do Nobel de Economia e colunista do New York Times, disse que Williamson foi “uma pessoa adorável, que fez uma grande contribuição para a economia internacional”. Lembrou que o colega participou da elaboração de um sistema cambial que ajudou os países em desenvolvimento a escapar das crises em seus balanços de pagamento.

A economista brasileira, Monica de Bolle, recordou ter conhecido Williamson no Brasil, “um país do qual ele gostava muito e que compreendia melhor que a maior parte dos economistas que conheço”, declarou.

Johan Maria Herman Jozef Konings S.J. (1941-2022) _

Pe. Konings S.J. (04/09/1941-21/05/2022) foi professor de Exegese Bíblica na PUC-Rio entre 1984 e 1985.

Nascido na Bélgica, em 1941, possuía Licenciatura em Filosofia (1961), em Filologia Bíblica (1967) e Licenciatura (1967) e Doutorado em Teologia (1977) pela Katholieke Universiteit Leuven.

Depois de sua chegada ao Brasil, em 1972, lecionou, no campo da Teologia e da Exegese Bíblica, em Porto Alegre, na PUCRS, e na PUC-Rio (1984-1985), até tornar-se, desde 1986, professor de Novo Testamento na Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (FAJE), em Belo Horizonte, Minas Gerais, que, em 2011, lhe conferiu o título de Professor Emérito. Foi organizador da Tradução Ecumênica da Bíblia (1994), da Tradução da Bíblia da CNBB (2001; atualizada como tradução oficial em 2018) e da tradução do Compêndio dos símbolos, definições e declarações de fé e moral, de Denzinger & Hünermann (2007; 2. ed. 2013). Participou como perito na XII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos em Roma (2008). Membro da Society of New Testament Studies (SNTS) e da Associação Brasileira de Pesquisa Bíblica (ABIB). Assessor das Edições Loyola (2018-2022), fez o acompanhamento editorial das edições da Bíblia da CNBB (2018-2022).

O Pe. Johan Maria Herman Jozef Konings, S.J. faleceu em Belo Horizonte. Ele tinha 80 anos de idade, 56 de sacerdócio e 37 de Companhia de Jesus.

Viveu a maior parte de sua vida como jesuíta em Belo Horizonte, como professor da FAJE, onde também foi diretor da Faculdade de Teologia e, posteriormente, reitor, entre 1999 e 2001. Mas seu trabalho se estendeu para além da sala de aula, pois tornou-se um exegeta de renome internacional.

Nota da FAJE, Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia:

A Igreja Católica do Brasil deve muito ao Pe. Konings, homem com qualidade humana, espiritual, acadêmica e pastoral tamanhas que se tornam como que provocações para todas as novas gerações que se aventurem a se colocar à escuta da Palavra. Seu legado permanecerá por décadas entre nós, mas, para além de tudo o que escreveu, ensinou, traduziu, conseguiu captar o mistério que se deu a conhecer nessa grande biblioteca da humanidade que é a Bíblia, o que permanecerá sempre no coração de todos os que tiveram a graça de conhecê-lo e conviver com ele. O que ele entendeu da Palavra e o que disse por meio de palavras, tornou-se carne em sua vida e na vida de todos os que se deixaram ensinar e guiar por ele.

João Manoel de Albuquerque Lins (?-2021) _

João Manoel de Albuquerque Lins era professor do Departamento de Filosofia desde 1966, afastado dessas atividades apenas por ocasião da pandemia, em março de 2020. Preparava-se para voltar a lecionar em 2022. 

Em nota de pesar, o prof. Edgar Lyra, diretor do Departamento de Filosofia, lembrou sua trajetória acadêmica: formado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Gregoriana, em 1957, Santo Agostinho tornou-se a sua principal referência teórica. Era também bacharel em Direito.

João Batista Libanio S.J. (1932-2014) _

Jesuíta reconhecido internacionalmente por seu profundo conhecimento teológico e por sua ação pastoral, Padre João Batista Libanio S.J. foi um respeitado acadêmico, um dos teólogos da Teologia da Libertação e um dos primeiros professores e diretores do Departamento de Teologia da PUC-Rio.

Formado pela Hochschule Sankt Georgen, em Frankfurt, Alemanha, fez doutorado na Universidade Gregoriana (PUG), de Roma. Foi professor de teologia da PUC-Rio, da PUC Minas Gerais e da UNISINOS, no Rio Grande do Sul, e lecionava na Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (FAJE), em Belo Horizonte. Sua vasta produção acadêmica se traduz em 36 livros e mais de uma centena de colaborações em diversas outras obras, além de artigos, colunas, cursos e palestras em congressos e simpósios no Brasil e no mundo. As grandes questões que o motivavam como teólogo e pensador poderiam ser resumidas, como ele mesmo apontava, nas duas palavras que davam nome à linha de pesquisa que coordenava: Fé e contemporaneidade.

Homem de seu tempo, sua morte aos 81 anos, causada por um infarto, em Curitiba, onde coordenava um retiro para professores, surpreendeu a amigos e admiradores. Padre Libanio morava em Minas Gerais e era vigário da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, em Vespasiano, na Grande Belo Horizonte, onde foi enterrado. Um site dedicado a sua obra reúne textos, homilias, palestras, vídeos e um memorial com contribuições de todos que o admiravam no endereço http://jblibanio.org.br

Trecho do texto em homenagem ao Padre Libanio escrito pela Professora Maria Clara Bingemer, do Departamento de Teologia da PUC-Rio, em artigo publicado no Jornal do Brasil em 06/02/2014:

Libanio querido [...]
Você foi o primeiro de quem ouvi falar em Teologia da Libertação, em opção preferencial pelos pobres, em tudo aquilo que enchia nossos corações de fogo e de desejo enquanto estudávamos teologia. E eu o segui ao longo dessa longa e rica vida, sempre fiel a essa opção e a essa teologia. Vai ser difícil a comunidade teológica brasileira viver sem você. Sem sua mente clara, sua presença sábia, sua crítica pertinente no momento certo, sua inspirada criatividade.

(Departamento de Teologia) (+30 de janeiro de 2014) 

João Augusto Anchieta Amazonas Mac Dowell S.J. (1934-2022) _

Reitor da PUC-Rio entre 1976 e 1982, o Pe. Mac Dowell (09/06/1934-13/09/2022) era natural de Belém, no Pará. Faleceu aos 88 anos de idade, em Belo Horizonte, onde residia.

Estudou no Colégio Nóbrega, em Recife, e concluiu o ensino médio no Colégio Santo Inácio do Rio de Janeiro. Foi ordenado sacerdote em 12 de setembro de 1934 e, em 1950, ingressou na Companhia de Jesus. Cursou Filosofia no Colégio Anchieta de Nova Friburgo, Rio de Janeiro, onde posteriormente lecionou. Fez o mestrado em Teologia em Frankfurt, na Alemanha, em 1963, e, em 1968, o doutorado em Filosofia na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, Itália.  De volta ao Brasil, trabalhou na Faculdade de Filosofia Nossa Senhora Medianeira, em São Paulo capital, de 1968 a 1974, onde lecionou e foi diretor do departamento e depois da Faculdade.

Em 1975, iniciou sua atuação na PUC-Rio, como Vice-Reitor para Assuntos Acadêmicos. Foi nomeado reitor em 1976, aos 42 anos de idade - o mais jovem reitor na história da Universidade. No período em que esteve à frente da PUC-Rio, foi membro da Comissão Nacional de Pós-Graduação (1977 a 1979), do Diretório do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (1977 a 1979), do Conselho Internacional das Universidades Católicas (1978 a 1980) e da Comissão de Reintegração dos Professores Cassados pelo AI-5 do Ministério da Educação (1979 a 1980).

O período de sua gestão como reitor da PUC-Rio (1976 a 1982) coincidiu com o movimento de abertura política no Brasil e de reestruturação do movimento estudantil, muito ativo na Universidade naquele momento. Em sua gestão, foram criados o Departamento de Artes, que antes era uma coordenação do Departamento de Letras; o Projeto Portinari e o Instituto de Relações Internacionais. Foi também sob sua gestão que o Departamento de Geografia promoveu a I Semana Universitária do Meio Ambiente.

Pe. Mac Dowell concluiu em 1979 um difícil processo, que se desenvolveu ao longo de quase duas décadas, com a assinatura do protocolo de Acerto Final entre o Estado do Rio de Janeiro e a PUC para a construção da Ligação Lagoa-Barra. Utilizou-se a meia-encosta do morro atrás do Edifício Cardeal Leme, evitando-se com isso que a estrada cortasse o campus, e decidiu-se pela construção do túnel acústico para redução do ruído causado pelo tráfego.

Ao terminar seu período como reitor da PUC-Rio, foi Provincial, da Província dos Jesuítas do Centro-Leste; depois, pesquisador no Centro João XXIII, Ibrades, no Rio de Janeiro. Entre 1990 e 1998, foi membro do Conselho Geral e Assessor do Superior Geral para a América Latina da Cúria Geral da Companhia de Jesus.

Pe. Mac Dowell foi fundador da Academia Brasileira de Educação e da Sociedade Brasileira de Filósofos Católicos, além de Presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Cultural Brasil-Japão.

Desde 1997, atuava na Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (FAJE), onde foi reitor e professor do Departamento de Filosofia. Fundou o Programa de Pós-Graduação em Filosofia da FAJE (2006) e esteve à frente, como editor, por vários anos, da Revista Síntese. Suas pesquisas sobre Tomás de Aquino e Heidegger trouxeram-lhe reconhecimento. Também esteve à frente do Memorial Pe. Vaz e coordenou o exigente trabalho que tornou possível a publicação das obras inéditas.

Segundo a profa. Cláudia Rocha de Oliveira, coordenadora da Pós-Graduação em Filosofia da FAJE,

Embora dono de um currículo impressionante, o professor João Mac Dowell era uma pessoa muito simples e acessível. Estava sempre disponível e procurava encorajar a todos. A expressão “Coragem, coragem” ficou conhecida como seu lema.  Preocupava-se em garantir condições para que os estudantes pudessem realizar os cursos. O mais importante para ele era que as pessoas pudessem ter acesso à formação de qualidade. Nunca deixava que nos desanimássemos. Impressionavam a sua capacidade de trabalho e a sua modéstia. Muitas vezes trabalhava nos bastidores, sem obter nenhum reconhecimento. Pessoa íntegra, doou-se até o fim ao ensino e à pesquisa. Somos privilegiados por termos tido a oportunidade de assistir como estudantes às suas aulas e de termos desfrutado de sua presença como colegas de trabalho. Sua partida deixará uma saudade imensa. Sua presença sempre amiga fará muita falta, contudo, seu testemunho continuará a iluminar nossa caminhada.

Ivo Hélcio Jardim de Campos Pitanguy (1923-2016) _

O Prof. Ivo Pitanguy esteve à frente do curso de Especialização em Cirurgia Plástica da Escola Médica de Pós-Graduação da PUC-Rio desde 1963. Em maio de 2015, tornou-se Professor Emérito da PUC-Rio.

Mineiro de Belo Horizonte, o Prof. Ivo Pitanguy era graduado em Medicina pela UFRJ. Iniciou sua formação cirúrgica no Hospital do Pronto Socorro, atual Hospital Souza Aguiar. Em 1947, foi agraciado com bolsa de estudos do Institute of International Education para realizar residência, tornando-se, em 1948, Residente-Chefe no Serviço de Cirurgia Geral do Bethesda Hospital, em Cincinnati, EUA. Entre 1949 e 1961, foi Visiting Fellow em serviços de cirurgia plástica de vários hospitais e clínicas de referência: Cincinnati General Hospital; Mayo Clinic; Dr. John Marquis Converse; e diversas na França, Inglaterra, Alemanha, Suécia e Argentina.

Fundador da primeira Clínica de Cirurgia de Mão no Brasil, a Enfermaria da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, em 1949, foi também Chefe do Serviço de Queimaduras e de Cirurgia Reparadora do Hospital Souza Aguiar, no Rio de Janeiro, entre 1952 e 1955, além de chefe do Serviço de Cirurgia da Mão da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, de 1952 a 1959. Fundador e chefe do Serviço de Cirurgia Plástica da Enfermaria da Santa Casa da Misericórdia do Rio, desde 1954, foi também fundador e diretor da Clínica Ivo Pitanguy.

Ocupante da cadeira número 22 da Academia Brasileira de Letras, membro titular da Academia Nacional de Medicina e do Colégio Brasileiro de Cirurgiões; patrono da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica; membro honorário da American Society for Aesthetic Plastic Surgery (ASAPS) e de inúmeras outras entidades científicas; membro do Conselho Deliberativo do Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e Cultura (Comissão Nacional da UNESCO); presidente de honra do Centro de Estudos Ivo Pitanguy desde 1968, e da Associação dos Ex-Alunos do Professor Ivo Pitanguy desde 1974, Pitanguy foi também agraciado pelo Papa João Paulo II com o Prêmio Cultura pela Paz. Da UNESCO, recebeu o Prêmio pela Divulgação Internacional da Pesquisa Médica.

Estava casado há 61 anos com Marilu Nascimento, com quem teve quatro filhos que lhe deram cinco netos. Desportista, praticou natação, tênis, esqui, mergulho e caratê. Pouco antes de sua morte, aos 93 anos, causada por um infarto, transportou de cadeira de rodas, a tocha olímpica, pouco antes da abertura oficial dos Jogos Olímpicos do Rio. A seu último livro, uma autobiografia, lançada em 2014, deu o título Viver Vale a Pena.

(Escola Médica de Pós-Graduação) (+6 de agosto de 2016)

Isaac Kerstenetzky (1926 - 1991) _

Para dados biográficos e mais informações, ver o perfil do Prof. Isaac publicado no site do IBGE.

Texto do Prof. Augusto Sampaio, Vice-Reitor Comunitário da PUC-Rio.

Está cada vez mais difícil encontrar, nos campi universitários, professores como o Isaac.

Encontram-se, quase sempre, excelentes especialistas nas várias áreas de saber, muitos com reconhecimento internacional dos seus trabalhos, cada vez sabendo mais sobre menos coisas... Esta se perdendo, com rapidez, a perspectiva do educador, do professor mestre insigne na sua matéria, capaz, no entanto, de conversar e de opinar sobre assuntos vários com sabedoria, ponderação e visão interdisciplinar do processo histórico onde, inclusive, a universidade e sua especialidade estão inseridas. Às gerações mais jovens esta extirpe de mestres, em extinção, consegue instigar nas mentes ainda não poluídas por ideologias e pragmatismos, a beleza do conhecimento, do rigor do método científico, da prazerosa convivência das múltiplas formas do saber humano, na perspectiva de que o importante é promover a vida em geral e a pessoa humana em particular, com seus mistérios e suas belezas complexas, muito próprias.

Tal atitude deve ser o estilo de conduta de todos os professores, do físico e do sociólogo, do filósofo e do engenheiro, do teólogo e do administrador. Só assim uma juventude, sem referências e, por vezes, desorientada, encontrará tranqüilidade na confiança que naturalmente depositarão em homens e mulheres que reconhecem pela integridade de suas vidas dedicadas à educação, à pesquisa, ao diálogo cordial. A garotada reconhece os verdadeiros professores e os procuram ávida, como orientadores e exemplos para as suas vidas, que começam a dedicar à procura da verdade, que sabem existir mas a quem nunca foram apresentados com honestidade e competência. Professores moldam, conduzem, orientam a vida de seus alunos, tornam-se referências permanentes de comportamento acadêmico integro - missão nobre pela responsabilidade que lhe é cometida. Rapazes e moças, em contato com personalidades como essas, despertam com atitude pessoal distinta ou para a vida acadêmica ou tornando-se profissionais diferenciados pelo comportamento que adotam no dia a dia de suas atividades.

Muitos professores dos dias de hoje são, apenas, empregados de empresas que vendem cursos e diplomas - cumprem tarefas segundo esquemas e horários pré-estabelecidos pelos seus empregadores. Isaac Kertenetzky, não. Homem de saber enciclopédico, inteligência rápida, humor cáustico, paciência infinita, era antes de mais nada, amigo de seus alunos. Preocupava-se com cada um, angustiava-se com os dramas juvenis que lhe eram narrados. Alegrava-se com as pequenas conquistas dos seus discípulos - uma dissertação, uma conversa proveitosa, uma tese defendida com sucesso, um livro ou artigo publicado.

Nasceu no Rio de Janeiro em agosto de 1926. Orgulhava-se de ter crescido em Vila Isabel, a terra de Noel Rosa e atribuía a este fato a sua sensibilidade musical. Estudou no Colégio Pedro II e formou-se pela antiga Universidade do Brasil, hoje a Federal do Rio de Janeiro, com 20 anos de idade. Foi aluno de Octávio Bulhões e Eugênio Gudin, que o conduziram para um mestrado na Universidade de McGuill, no Canadá, e logo em seguida para o Centro de Estudo Sociais de Haia. Voltando ao Brasil foi para a Fundação Getulio Vargas, para trabalhar no Centro de Contas Nacionais e lecionar na Escola de Pós-Graduação daquela Instituição.

Nestes mesmos anos, final dos anos de 1950, na PUC-RIO, o Pe. Fernando Bastos e Ávila S.J., fundava a Escola de Sociologia e Política que tinha, na sua estrutura, um Departamento de Economia. O Vice-Diretor era outro notável professor, Arthur Hehl Neiva, que convidou o Isaac para colaborar com a nova Escola que, pioneiramente, insistia, na sua proposta pedagógica, na necessidade de se tratar as ciências sociais de forma integrada - só assim o fenômeno social poderia ser melhor entendido. Era o que Isaac sonhara toda sua vida - aceitou na hora. Contava, rindo, que a única pergunta que lhe fora feita, pelo Professor Neiva, além do convite, era se vivia uma casamento estável... pois, na época, era um valor importante para uma Universidade Católica.

Foi Professor, Diretor do Departamento de Economia, colaborou com o professor Neiva na organização do sistema de créditos na escola de Sociologia, introduziu a idéia do ciclo básico, trouxe vários outros professores da FGV e do antigo BNDE para lecionarem economia, estatística, história econômica.

Em 1965, já seu aluno - uma turma de sete alunos - tínhamos aula na sua sala na Fundação, na verdade um pedaço de mesa de reuniões, antiga, perdida no meio de pilhas de revistas, livros, relatórios, todos lidos e anotados, muitas vezes fora do horário habitual, aos sábados pela manhã e à noite nos dias de semana. Foram momentos inesquecíveis de convivência e de aprendizado. Suas provas eram novidades - podíamos fazê-las com consulta a livros, ou ir até a biblioteca para uma pesquisa de última hora. Seus comentários, nas provas, eram verdadeiras cartas aconselhadoras, onde com extrema elegância e delicadeza apontava as "barbaridades" que muitas vezes eram escritas. Estava sempre disponível para conversar sobre tudo, inclusive sobre a sua matéria principal - Planejamento e Desenvolvimento Econômico. Até o final da sua vida, já adoentado, sua maior preocupação era não faltar a uma aula, chegar no horário, atender aos alunos, conversar.

Por sonhar com a possibilidade de forjar um Centro de Ciências Sociais, com real perspectiva interdisciplinar e nem sempre encontrar apoio para esta sua idéia, pelo desejo de radicalizar a convivência de especialistas dos vários ramos do estudo do homem vivendo em sociedade, acabou seus dias no Departamento de História, o grupo da PUC-RIO que mais estimulava a idéia da interdependência e a complementaridade das especialidades do saber social.

Escreveu pouco, muito pouco. Cada vez que pedíamos que colocasse aquelas conversas em forma de artigos, ou uma coletânea de artigos que pudesse se transformar em um livro dizia: "ah, outros já escreveram sobre isso, vocês é que não leram, eu já li isto, que acabei de falar, em algum lugar que não me lembro mais...".

Prof. Augusto Sampaio
Vice-Reitor Comunitário
Ex-aluno e amigo do Professor Isaac Kerstenetzky

Humberto da Rocha Viana (?-2020) _

O Prof. Humberto da Rocha Viana ingressou como professor da Universidade em 1985, inicialmente responsável pelas atividades de ginástica e iniciação ao voleibol. Posteriormente, assumiu a área de musculação e também de técnico de nossa equipe de futebol, bicampeã carioca universitária, em 1996 e 1997, em parceria com o Prof. Ayrton Povill.

Humberto atuou nos quatro grandes clubes do Rio de Janeiro como supervisor de futebol de base, sendo multicampeão e tendo formado muitos jogadores. Pela Seleção Brasileira de Base, também como supervisor, participou de diversas competições internacionais, e foi campeão mundial Sub-20.

Hilton Ferreira Japiassu (1934-2015) _

Hilton Ferreira Japiassu nasceu em Carolina, no Maranhão, no dia 26 de março de 1934. Licenciado em Filosofia pela PUC-Rio em 1969, possuía Pós-Graduação em Filosofia pela Université des Sciences Sociales de Grenoble (1975) e Pós-Doutorado em Filosofia pela Université des Sciences Humaines de Estrasburgo, na França (1985). Foi Professor Associado nos cursos de Graduação e Pós-Graduação do Departamento de Filosofia da PUC-Rio (1975 a 1985) e, desde 1978, Professor Adjunto de Epistemologia e História das Ciências no Departamento de Filosofia da UFRJ. Orientou 20 dissertações de Mestrado e dez teses de Doutorado, participou de 40 bancas examinadoras de Pós-Graduação e foi pesquisador do CNPq de 1987 a 1996. Tradutor de mais de 15 livros de História da Filosofia, foi autor de inúmeros títulos sobre o tema. Faleceu em casa, no Rio de Janeiro, em 27 de abril, aos 81 anos, em decorrência de um infarto. (ex-professor do Departamento de Filosofia) (+27 de abril de 2015)

Japi, como era conhecido de todos, era frade da Casa São Tomás de Aquino e celebrava missa aos domingos na Capela Nossa Senhora das Graças, na favela Chapéu Mangueira, no Leme.

Segundo o teólogo Leonardo Boff:

A singularidade do Prof. Japiassu foi entreter um diálogo profundo com as várias ciências humanas com a intenção de compreender mais radicalmente o ser humano. Seu tema era mais que a interdisciplinaridade. Era a transdisciplinaridade, quer dizer, o que existe para além das próprias ciências e como todas elas devem convergir na compreensão do que seja a realidade, a sociedade, o mundo, e a vida e o ser que estão sempre para além de qualquer saber.

A Profa. Sonia Kramer (EDU) também relembrou o professor tão admirado:

Japi – como todos o chamavam – me ensinou que não há possibilidade para a ciência humana se ela não se pensa a si mesma, não se coloca em questão, se desumaniza. Li inúmeros de seus livros, que sempre me surpreendiam pela lucidez, pela erudição e principalmente pela cumplicidade com o homem e pela indignação com a desistência de pensar, a burocratização do conhecimento, que se torna cada vez mais instrumental. A dimensão machista da ciência, Pedagogia da incerteza, Nascimento e morte das ciências humanas, Introdução ao pensamento epistemológico, Psicanálise: ciência ou contraciência?, As paixões da ciência, Nem tudo é relativo: a questão da verdade, e tantos outros, me ajudaram a compreender a importância de perguntar, de pensar, de se indignar.

Herch Moysés Nussenzveig (1933-2022) _

O prof. Nussenzveig (16/01/1933-05/11/2022) atuou no Departamento de Física da PUC-Rio entre 1983 e 1994.

Graduou-se no IFUSP, Instituto de Física da Universidade de São Paulo. Na mesma instituição, doutorou-se, em 1957, sob a orientação do Prof. Guido Beck, e iniciou sua brilhante carreira de professor. Na primeira metade da década de 60 frequentou o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas e fez diversos pós-doutorados em universidades europeias de prestígio. De 1965 a 1975, fixou-se na Universidade de Rochester, onde tornou-se Professor Titular; nessa época, acolheu alguns alunos da PUC-Rio que tiveram que deixar o país. De volta ao IFUSP, foi seu diretor, de 1978 a 1982. Em 1983, mudou-se para o Rio, onde foi contratado como Professor Titular pelo Departamento de Física da PUC-Rio. A partir de 1994, passou a integrar o Instituto de Física da UFRJ.

Além de ser um pesquisador excepcional, detentor de vários prêmios e títulos internacionais, o Prof. Moysés Nussenzveig contribuiu enormemente para a formalização de uma estrutura científica no Brasil. Nesse particular, participou de instituições como a Academia Brasileira de Ciências, CNPq, IMPA, PRONEX, entre outras, em cargos como coordenador de programas, membro de Conselhos Deliberativos, membro de Comissão de Avalição e Conselho de Fundação.

Como professor, ficou conhecido em todo o país por sua singular didática. Sua excepcional coletânea Curso de Física Básica, ainda hoje é utilizada na formação básica de Físicos e Engenheiros.

A trajetória de Nussenzveig refletiu as vicissitudes históricas que marcaram o desenvolvimento da Física Brasileira na segunda metade do século XX. Quando entrou para o curso, em 1951, a Física estava no auge de seu prestígio, dado seu papel crucial no desenvolvimento de armas e energia nuclear, e a jovem comunidade brasileira de físicos, que já havia alcançado prestígio internacional, soube utilizar esse prestígio para criar e ampliar instituições voltadas para o desenvolvimento de pesquisa em Física. O Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas foi talvez o resultado mais notável desse processo e foi lá que Nussenzveig iniciou sua carreira como professor e pesquisador, em 1956.

Quando Nussenzveig terminou sua graduação, em 1954, o Brasil ainda não tinha um sistema de pós-graduação institucionalizado, mas a USP contava em seu quadro de professores com a presença do físico alemão Guido Beck, que havia emigrado para a América Latina antes da segunda guerra mundial, escapando do nazismo. Beck foi um dos muitos estrangeiros que ajudou a formar as primeiras gerações de físicos brasileiros. Comprometido com a formação de novos pesquisadores, Beck reconheceu o talento de Nussenzveig e se prontificou a orientá-lo em uma tese sobre um problema de Ótica, campo no qual Nussenzveig ganharia reconhecimento internacional e ao qual dedicaria a maior parte de sua carreira. Além disso, Beck cuidou para que, após defender sua tese de doutorado, em 1957, Nussenzveig complementasse sua formação em estágios de pós-doutorado na Europa. Entre 1958 e 1960, ele passou pelas universidades de Eindhoven e Utrecht, na Holanda, pelo Instituto Nacional de Tecnologia de Zurique, na Suíça, e pela Universidade de Birmingham, na Inglaterra.

Nussenzveig retornou ao CBPF no começo da década de 1960 com a experiência acumulada na interação com alguns dos grandes físicos da época para dar início à sua própria linha de investigação. Entretanto, a crise econômica que assolou o Brasil no começo daquela década tornou demasiadamente árdua a tarefa de fazer pesquisa no país. Juntamente com sua esposa, Micheline, também professora do CBPF, decidiu emigrar para os EUA onde conseguiu o emprego de professor visitante da Universidade de Nova Iorque. O casal Nussenzveig juntou-se aos muitos cientistas brasileiros que, nos primeiros anos da década de 1960, por razões econômicas, se viram impelidos a deixar o país em busca de melhores condições para a pesquisa, o que gerou um fenômeno conhecido como ‘evasão de cérebro’. Mas o que para eles seria uma estadia curta, até que a situação econômica do Brasil melhorasse, com o golpe civil-militar de 1964, agora por motivações políticas, acabou se estendendo por mais de uma década.

Tornou-se professor visitante do Instituto de Estudos Avançados de Princeton e, em 1965, mudou-se para a Universidade de Rochester, sede de um dos mais famosos e mais importantes institutos de Ótica do mundo, onde tornou-se professor titular.

Em Rochester, Nussenzveig acompanhou de primeira mão a revolução na Física promovida pela invenção do laser, crucial para o surgimento de novos campos de pesquisa, como a Ótica Quântica e a Ótica Não Linear. Nussenzveig foi também ator importante na criação e consolidação desses campos. Primeiro, porque ministrou os primeiros cursos de Ótica Quântica na América do Sul; na PUC-Rio, em 1968, e na Escola Latino-Americana de Física, em La Plata, Argentina, em 1970. E depois, porque as notas de aulas daqueles cursos deram origem ao livro Introduction to Quantum Optics (1973), um dos primeiros livros didáticos que ajudaram na formação de pesquisadores nesses novos campos, como o foram Nicim Zagury e Sérgio Resende em suas pesquisas pioneiras em Ótica Quântica.

Em termos políticos, Nussenzveig foi parte de uma rede de solidariedade que se formou nos Estados Unidos em prol dos cientistas e estudantes perseguidos pelo regime militar brasileiro. Um de seus atos de grande impacto na história subsequente foi acolher na Universidade de Rochester um talentoso estudante que havia sido expulso da PUC por meio do Decreto 477 do governo de Arthur Costa e Silva, em 1969 -- que, entre outras coisas, resultou na expulsão de estudantes considerados subversivos das universidades brasileiras. O Agente 477, como o estudante ficou conhecido, era o físico Luiz Davidovich, que concluiu seu doutorado em 1975 sob a orientação de Nussenzveig e se tornaria uma liderança internacional em Ótica Quântica e uma grande liderança institucional da ciência brasileira, inclusive presidindo a Academia Brasileira de Ciências.

Nussenzveig retornou ao Brasil em 1975 e, desde então, foi professor pesquisador no Instituto de Física da USP (1975-1983), do departamento de Física da PUC-Rio (1983-1994) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (1994-2022). Nesse período, ele continuou sua pesquisa em Ótica e deu início a uma nova linha de pesquisa em Biofísica, publicando e formando pesquisadores em ambas as áreas. Retornando ao Brasil em um período de expansão do sistema universitário, Nussenzveig dedicou-se também à melhoria do ensino de Física para a graduação e escreveu a coleção Física Básica, vencedora do Prêmio Jabuti, em 1999, e uma das principais referências dos cursos de Física básica nas universidades brasileiras. Ele contribuiu ainda para a divulgação científica e ensino básico por meio de projetos como a criação de kits científicos para atrair jovens do ensino médio para carreiras em ciência.

Membro atuante de várias instituições científicas, Nussenzveig contribuiu para estabelecer diálogo e cooperação entre físicos da América Latina e teve papel importante no Acordo de Não Proliferação de Armas Nucleares entre Brasil e Argentina. Por sua atuação multifacetada como pesquisador, professor, gestor e divulgador da ciência, ao longo de sua carreira Nussenzveig acumulou uma grande lista de distinções como a eleição como fellow da American Physical Society, da Optical Society of America e da Academia Mundial de Ciências TWAS, e prêmios como o Max Born, da Optical Society of America e a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico. Além de tudo, Nussenzveig foi um grande defensor da ciência e da democracia brasileira até seus últimos dias.

Hélia Nacif Xavier (1951-2020) _

Arquiteta e Urbanista formada pela UFRJ (1973), tinha mestrado em Engenharia de Produção e doutorado em Urbanismo. Servidora pública, atuou no Centro de Estudos e Pesquisas Urbanas do Núcleo de Meio Ambiente do Instituto Brasileiro de Administração Municipal (IBAM), tendo sido também professora de Urbanismo na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Santa Úrsula. Era professora do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da PUC-Rio e do seu Programa de Pós-Graduação em Arquitetura.

Hélia foi Secretária Municipal de Urbanismo na gestão de Luiz Paulo Conde, funcionária da Fundação para o Desenvolvimento da Região Metropolitana do Rio de Janeiro (Fundrem) e do Instituto Brasileiro de Administração Municipal (IBAM). A atuação profissional teve como foco os seguintes temas: gestão ambiental planejamento urbano, gestão urbanística e cidades brasileiras.

Sua tese de doutorado apresentou suas ideias sobre a importância da reflexão sobre a cidade contemporânea, seja do ponto de vista do projeto e do planejamento urbano, seja do ponto de vista da gestão urbana. Na PUC-Rio, atuou na disciplina de Projeto Urbano e participou de inúmeras bancas de disciplinas de projeto e de Trabalhos de Conclusão de Curso. Como orientadora, recebeu o prestigioso Prêmio Ópera Prima de Trabalhos de Conclusão de Curso em Arquitetura e Urbanismo.

No IBAM, colaborou com a criação do Núcleo de Meio Ambiente e coordenou diversos projetos. Nos anos 1990, foi coordenadora de Estudos e Pesquisas Aplicadas, quando liderou a “Consulta nacional sobre a gestão do saneamento e do meio ambiente urbano”. Nos anos 2000, exerceu a coordenação de ensino dos cursos da área de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente do IBAM, envolvendo municípios de todas as regiões do país. Também atuou em projetos como Geocidades e Projeto Orla, além de dar assessoria técnica em planos diretores e legislação urbanística.

Helder Pessoa Camara (1909 - 1999) _

O Padre Helder Camara foi professor da PUC-Rio entre 1942 e 1963, e em 1991 recebeu o título de doutor Honoris Causa da Universidade.

A PUC-Rio desenvolveu um site para as comemorações do centenário de Dom Helder, em 2009.

Gláucio Ary Dillon Soares (1934-2021) _

O Departamento de Ciências Sociais da PUC-Rio deixou público o orgulho de ter tido o prof. Gláucio Gil em sua história e o homenageou lembrando que tratava-se de um dos maiores cientistas sociais do Brasil.

Gláucio foi aluno do Departamento nos anos 1950, quando se aproximou da Sociologia e da Ciência Política, disciplinas emergentes na ocasião, as quais ajudou a consolidar e a institucionalizar. Por sugestão do Pe. Fernando Ávila S.J., fundador Escola de Sociologia e Política da PUC-Rio, em 1954, foi fazer pós-graduação no exterior.  Foi professor da Universidade especialmente na área de Metodologia. Foi pioneiro na introdução de dados quantitativos nas ciências sociais, sempre com refinada postura analítica. Além da metodologia, pesquisou e escreveu sobre partidos, eleições, ditadura militar e violência, entre outros temas. Gláucio atuava como pesquisador do IESP/UERJ, tendo sido Presidente da Associação Brasileira de Ciência Política (ABCP), entre 2000 e 2004, e desde 2008 Secretário Geral da Associação Latino-Americana de Ciência Política (ALACIP).

 A Sociedade Brasileira de Sociologia condensou em sua homenagem os depoimentos de profissionais e amigos que com ele conviveram: “Homem ímpar nas ciências sociais brasileiras, em especial no campo metodológico, e um humanista raro no meio da aridez de nosso campo intelectual”.

Geraldo Monteiro Sigaud (1954-2014) _

Carioca, o Professor Geraldo Sigaud graduou-se em Física na PUC-Rio, onde também fez o mestrado, em 1979, e o doutorado, em 1985. Concluiu o pós-doutorado no Institut Für Kerphysik, em Frankfurt, Alemanha, em 1991.

Respeitado por sua pesquisa na área de Física Atômica e Molecular, com ênfase em Processos de Colisão e Interações de Átomos e Moléculas, Sigaud era muito admirado pelos estudantes e, por esse motivo, incontáveis vezes foi paraninfo de turmas de formandos.

O Professor Welles Morgado, Diretor do Departamento de Física da PUC-Rio, assim registrou suas lembranças sobre o Professor Sigaud:

Ele era uma unanimidade entre os alunos como um professor excepcional, entusiasmado, às vezes severo, mas sempre admirado. Suas avaliações pelos estudantes eram invejáveis e por isso foi o único professor do Departamento, e um dos muito poucos da PUC-Rio, a ser destacado em recente avaliação interna da Universidade.

Sua atuação na formação profissional de jovens físicos, entre outros alunos, foi uma das razões das boas avaliações que nossos programas de graduação e pós-graduação tiveram ao longo dos anos. Sua versatilidade e a maneira como era capaz de transmitir o conhecimento vão deixar uma grande lacuna. Sua contribuição como professor merece, pois, ser respeitada e lembrada pela importância que teve para nossos programas e pela marca que deixa na história pessoal de tantos de nossos antigos e atuais alunos.

(Departamento de Física) (+31 de março de 2014)

Gabriel Araújo de Lacerda (1939-2020) _

Graduado em Direito pela PUC-Rio (1962), fez mestrado em Harvard (1968) e foi professor do curso de Direito da PUC-Rio no final dos anos 1960 e início dos anos 1970, convidado pelo prof. Joaquim Falcão para ajudar a estruturar o curso. Foi professor-fundador da Faculdade de Direito da Fundação Getúlio Vargas.

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