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Funcionários

Título Código Dataordem decrescente Descrição
Margarete da Silva (?- 2021) _

É com muita tristeza que comunicamos o falecimento da funcionária Margarete, lotada na Coordenação Central de Extensão (CCE), funcionária da PUC-Rio desde 2009. Margareth era uma pessoa alegre e muito positiva, uma pessoa que fará muita falta!

Neusa Ferreira de Almeida (?-2017) _

(03 de setembro de 2017)

A funcionária Neusa Ferreira de Almeida dedicou mais de 40 anos à Biblioteca e a PUC-Rio. Segundo seus amigos na Divisão de Bibliotecas e Documentação, “Era dela o sorriso largo que nos recebia, diariamente, na entrada destinada aos funcionários. Neusa deixará saudades e alegres recordações.”

Gilson Coutinho Pradanoff (?-2021) _

Gilson Coutinho Pradanoff trabalhava no Laboratório de Engenharia Veicular. Era uma pessoa muito atenciosa e competente. Jamais deixava de atender um colega com informações sobre mecânica de carros ou outros equipamentos. Ele era funcionário da PUC-Rio desde 2005.

Victor Mendes Moreira (-2022) _

A Universidade despediu-se de Mendes (-14/05/2022), funcionário da Coordenação de Parqueamento. Ele ingressou na PUC-Rio em 2013.

Gilson Casiano de Sousa Vieira (1958-2021) _

Gilson Sousa era funcionário do Departamento de Administração da PUC-Rio. Segundo nota publicada pelo Departamento,

Gilson representa um perfil raro de profissional, sua maior satisfação era servir às pessoas, prestando um serviço de qualidade, repleto de afeto. Diariamente praticava a generosidade, foi um verdadeiro mestre pelo exemplo. Seu sorriso e bom humor eram suas marcas registradas. Foi homenageado em diversas formaturas de Graduação em Administração.

Joana Brandão de Aguiar (1922 - 2003) _

D. Joana: a nossa rainha Njinga

A tradição oral angolana, as crônicas da colonização portuguesa na África e os registros da Companhia das Índias Ocidentais do século XVII relatam a existência de uma mulher extraordinária, de nome Ngola-Njinga, filha de Nzinga-a-Mbande-Ngola-Kiluaje, rei de Matamba.  Venerada por seu povo, foi reconhecida também pelos colonizadores europeus como uma mulher inteligente, hábil, majestosa, guerreira de coragem inigualável e sabedora dos segredos da luta e da festa.  Sobre aquela rainha Njinga africana escreveu Câmara Cascudo:

“Morreu (...) anciã venerada, andando vagarosa, cabeça firme, olhos (...) inquietos. Tinha 82 anos. Ninguém conseguiu esquecê-la.”[1] 

Pelos pilotis da PUC-Rio circulou, por muitos anos, uma mulher que bem poderia ser da linhagem daquela rainha africana, e, como à Njinga angolana, ninguém que a conheceu poderia esquecê-la.  Era Joana Brandão de Aguiar, a quem, em sinal de respeito, todos, do reitor ao mais jovem dos estudantes, chamavam de D. Joana.

D. Joana era maranhense, filha de Firmino Brandão e Vitória Maria Brandão, nascida no dia 24 de junho de 1922.  Quando Joana nasceu, portanto, as fogueiras de São João iluminavam a noite pelo Brasil afora, sem saber que festejavam, também, aquela vida nova, discretamente nascida em São Luís do Maranhão. Muito provavelmente, por ter nascido nesse dia, Firmino e Vitória batizaram a menina com o nome de Joana.  Com 36 anos foi contratada pela PUC por 90 dias. Seu primeiro Registro de empregado das Faculdades Católicas, hoje conservado nos arquivos do Departamento de Recursos Humanos, informa que desempenhava a função de servente, contratada para trabalhar de 7 às 16 horas, com direito a “uma hora de intervalo para refeição e descanso”. 

Aqueles primeiros 90 dias de seu contrato de 1958 multiplicaram-se até o dia em que D. Joana foi conviver mais de perto com o santo padroeiro da festa do dia de seu nascimento.  Aos 81 anos, D. Joana morreu no dia 16 de novembro de 2003, e era, na ocasião, funcionária do Departamento de Engenharia Civil, lotada no Laboratório de Estruturas, ainda que já não trabalhasse em razão de sua saúde precária.  Mas nunca passou pela cabeça de ninguém demitir ou aposentar a D. Joana.

Quem se lembra da figura ao mesmo tempo gigante e pequenina de D. Joaninha já idosa, os cabelos brancos sempre impecavelmente penteados, queridíssima por Deus e o mundo, o andar já lento pelo peso dos anos, a conversa gostosa, o olhar muito vivo e uma inesgotável disponibilidade para a vida sabe que a semelhança entre ela e a Njinga mítica não se esgota no retrato de ambas ao final da vida.

D. Joana gostava da vida e sabia viver.  A seu modo, foi uma guerreira admirável e não foram poucas as batalhas que soube vencer pela vida afora.  De vez em quando sua faceta de guerreira se revelava com mais intensidade, e ficava brava de verdade, sobretudo quando tinha que assinar o que quer que fosse, inclusive suas férias...

Inteligente, nos tempos da ditadura soube reconhecer na multidão de garis que, um dia, apareceu para varrer a PUC-Rio, agentes da repressão disfarçados.  D. Joana comandou uma tropa de funcionários, entre os quais o Sr. Moisés – um ascensorista igualmente inesquecível -, insuspeitos aos olhos dos garis do DOPS, na busca dos que chamava de “os meus meninos”, as lideranças do movimento estudantil.  Hábil, soube conduzir, por caminhos que só os funcionários antigos conheciam, aquele bando de jovens assustados, pelo meio da mata que existia onde hoje é um trecho da auto-estrada Lagoa-Barra, até a rua Visconde de Pirajá, de onde se escafederam no primeiro lotação Gávea-Leme que passou.  Da calçada do ponto de ônibus, uma D. Joana sorridente e majestosa acenava para os estudantes que ajudara a escapar.

Generosa, acolhia e criava qualquer criança de rua que encontrasse e soubesse não ter família.  Milagrosamente, fazia caber aquela família ampliada, cujos laços de parentesco ninguém jamais foi capaz de decodificar, em seu apartamento no prédio vizinho à PUC-Rio, construído conforme o projeto inovador do arquiteto Afonso Eduardo Reidy, e que a irreverência dos cariocas batizou de O Minhocão.  No final da vida, se alguém perguntasse quantos filhos adotara – todos sem papel passado – D. Joana dava uma risada gostosa e dizia:  “Contei até vinte, minha filha.  Depois perdi a conta!”  E qualquer estudante ou professor da PUC-Rio que por motivos políticos ou pessoais precisasse de um refúgio, sabia que a casa da D. Joaninha era porto seguro e fortaleza inexpugnável.  Reza a lenda que um ex-aluno da PUC-Rio, de notório protagonismo no cenário político do estado e do país, foi um dos que estiveram exilados nos territórios de D. Joana.

D. Joana tinha suas preferências: adorava beber uma cachacinha de boa qualidade, prova de que sabia apreciar as boas coisas da vida.  Quando a aposentadoria ficou curta para cobrir os gastos cotidianos e suas preferências etílicas, alguns dos “seus meninos” dos tempos da ditadura, já então transformados em ilustres doutores, pesquisadores respeitados e professores de programas de pós-graduação da PUC-Rio fizeram uma espécie de assembléia para instituir a chamada lista da D. Joana, a cuja titular era entregue, mensalmente, com grande reverência e discrição, uma quantidade razoável de garrafas de cachaça da melhor procedência.  Ela aceitava o presente com o sorriso de sempre e convidava, altaneira: “Apareça lá em casa com os outros meninos para tomar um trago.”

Sobre a memória viva da rainha Njinga ancestral nas tradições afro-brasileiras, em especial nos cantos e rituais do congado, observa Câmara Cascudo:

“Em cada navio [negreiro], invisível e lógica, embarcava a Rainha Jinga...”[2]

Que não nos esqueçamos de guardar um lugar de honra para D. Joana, a nossa Rainha Njinga, nos navios de liberdade em que os sonhos de futuro desta universidade cruzam os mares do tempo.

Margarida de Souza Neves
Departamento de História
Agosto de 2007


[1] Luis da Câmara CASCUDO.  Made in África.  (5ª ed.).  São Paulo: Global, 2001. p. 33.

[2] Idem. Ibidem. p. 40.

Pedro Luiz Ferreira Coelho (?-2021) _

Funcionário da equipe de suporte do Rio DataCentro (RDC) da PUC-Rio.

Nota enviada pelo prof. José R. L. Oliveira, Diretor do RDC:

Pedro Luiz começou a trabalhar na PUC-Rio em 2002, na CCE. Em 2007, foi transferido para o RDC e passou a fazer parte da equipe de suporte a microcomputadores. Afável e prestativo, conquistou a estima de seus colegas e dos usuários a quem tão bem atendeu. Sua partida prematura surpreendeu e consternou todos que com ele conviveram. Deixou duas filhas, a quem muito se dedicava.

Nota publicada pela ex-funcionária Fátima Almeida:

Ontem perdemos mais um colega, Pedro Luiz, funcionário do RDC em Tecnologia da Informação. Tendo começado a trabalhar aos 18 anos, Pedro dedicou 20 anos à PUC-Rio. Que Deus conforte o coração de seus amigos e familiares, principalmente suas filhas Ester e Sara.

Myriam Leal Domingues Alonso (1922-2004) _

(07 de fevereiro de 2004)

A Sala Myriam Alonso

A sala de reuniões da Vice-Reitoria Acadêmica tem nome próprio. 

Na placa de identificação em sua porta, lê-se: SALA DE REUNIÃO MYRIAM ALONSO.  É uma justa homenagem a uma pessoa muito especial e que assessorou, por muitos anos, os vários professores que exerceram a função de Vice-Reitores para Assuntos Acadêmicos.  É também um exemplo expressivo do significado do mapa simbólico da memória da Universidade que a toponímia do campus da PUC-Rio traça ao nomear alguns de seus espaços com referências aos que fazem parte de sua história.

Dona Myriam, como todos a chamavam com carinho e com deferência, foi funcionária da PUC-Rio por mais de 40 anos.  Ao ingressar no quadro de funcionários da Universidade em 1962, secretariou a antiga Escola Politécnica. Posteriormente passou a atuar na Vice-Reitoria Acadêmica, onde sua capacidade de trabalho, sua generosidade e sua estatura humana fizeram dela uma assessora preciosa não apenas para os Vice-Reitores Acadêmicos, mas para todos os que procuravam nela a solução para os problemas que sempre aparecem no dia a dia da vida acadêmica.  D. Myriam atendia a todos da mesma forma, e punha o mesmo empenho em buscar a solução para um aluno que a procurasse para resolver um impasse de matrícula; para um funcionário de algum Departamento que telefonasse para assegurar-se se uma dada medida era compatível com as normas da PUC-Rio; para um professor que indagasse sobre o andamento de seu processo de promoção ou para o Vice-Reitor Acadêmico que a consultasse sobre a legislação federal a respeito de algum aspecto da vida acadêmica.

O segredo que fazia de D. Myriam o porto seguro onde era possível encontrar acolhida e informação certeira era a rara combinação de competência, discrição, e disponibilidade que nela se aliavam a uma memória prodigiosa. 

Todos os que interagiram com ela certamente se lembram de histórias que mostram como D. Myriam manejava sua chave secreta capaz de abrir, sem ruídos, portas por vezes emperradas.  Pessoalmente, me lembro muito bem de uma reunião na Vice-Reitoria que ela secretariava e na qual eu sugeri, diante do problema de teses defendidas por alunos estrangeiros e que vinham redigidas em uma língua levemente aparentada com o português, que os alunos pudessem apresentar suas teses e dissertações em qualquer língua, desde que a banca atestasse por escrito que aceitava ler o trabalho naquela língua.  D. Myriam, discretíssima, nada disse no momento em que fiz a proposta, e citei para sustentá-la o exemplo da Universidade de Louvain, que assim procedia há décadas.

Minutos depois do final da reunião ela me procurou e disse, como sempre com o cuidado de cumprir com esmero o protocolo acadêmico mesmo ao falar com alguém que ela conhecia muito bem desde que ingressara na PUC-Rio como aluna, aos 17 anos de idade: “professora, tenho a impressão que não vai ser possível implementar a sua idéia, porque existe uma norma do MEC que impede que teses e dissertações sejam defendidas no Brasil em outra língua que não o português” e, depois de citar sem titubear o número da tal norma, me entregou a cópia da legislação pertinente. 

É um acerto que a sala de reuniões da Vice-Reitoria Acadêmica tenha o nome de Myriam Alonso.  Ela seguramente merece emprestar seu nome a uma sala cuja vocação é reunir os que assessoram o Vice-Reitor; examinar processos que dizem respeito à carreira docente; atender alunos e professores; discutir a melhor forma de encaminhar o cotidiano acadêmico e onde se faz tudo isso sem deixar de oferecer um espaço em que os aniversários dos funcionários, dos coordenadores centrais e do Vice-Reitor são festejados e onde, todos os dias, é possível encontrar a disposição um cafezinho acolhedor.

D. Myriam soube fazer tudo isso muito bem.  E é muito bom poder lembrar dela com carinho e com saudades quando cruzamos a porta da sala que leva seu nome.

Professora Margarida de Souza Neves
Departamento de História
Núcleo de Memória da PUC-Rio

 

Myriam Leal Domingues Alonso foi meu primeiro contato na PUC-Rio. Quando, em 1976, vim para minha entrevista de emprego, a Gerência de Pessoal me encaminhou para conversar com o vice-reitor à época, Padre João Augusto Mac Dowell S.J. Fui recebida pela sua assessora, Myriam Alonso, e posso dizer que foi amor à primeira vista. Ficamos amigas ali. Juntas, trabalhamos por mais de 25 anos, partilhamos muitas alegrias e, por que não dizer, tristezas. Ela foi uma grande mestra com quem aprendi muito.

Myriam tinha uma capacidade enorme de trabalho e de doação. Ajudava a todos sem distinção. Tinha uma memória prodigiosa e se orgulhava disso. Fez da PUC sua segunda casa, à qual dedicou 40 anos de trabalho competente. Conhecia a maioria dos professores desde quando eles cursavam a graduação, quando atuou como secretária da antiga Escola Politécnica de Engenharia, e reservava a todos sempre uma palavra de carinho.

Dedicou-se nos últimos vinte e cinco anos a estudar a legislação acadêmica. E como aprendeu! Dava a impressão, às vezes, de que tinha uma enciclopédia na cabeça, tamanha era a sua capacidade de lembrar normas, leis, fatos e nomes.

Ana Lúcia Einloft
Vice-Reitoria para Assuntos Acadêmicos

 

Myriam Alonso – 40 anos de PUC-Rio

Todos nós, que trabalhamos ou já trabalhamos com a Myriam, queremos aproveitar este momento tão solene, e ao mesmo tempo tão íntimo e verdadeiro, para transmitir os sentimentos que neste instante nos dominam.

Queremos dizer-lhe, Myriam, quanto apreciamos a sua competência, o seu profundo conhecimento de tudo o que se refere ao ensino e à Universidade, o se bom senso e o sentido prático com que resolve todas as situações. Mas o que marca definitivamente o nosso convívio profissional, Myriam, é a generosidade com que compartilha os seus conhecimentos, a abnegação com que ensina, aconselha e ajuda a todos os que a si recorrem, desde o mais modesto funcionário ao mais categorizado professor.

É esta qualidade que faz de si, Myriam, uma pessoa insubstituível, não só para a Universidade, como para cada um de nós, que temos ou tivemos o privilégio de trabalhar consigo. Em nosso nome e no de todos os que ao longo destes 40 anos se tornaram seus amigos, queremos expressar o nosso apreço, a nossa admiração e o nosso agradecimento.

Rio de Janeiro, 12 de julho de 2000.

Texto escrito por Maria Fernanda Trigo de Negreiros, em nome dos professores e funcionários da Vice-Reitoria para Assuntos Acadêmicos por ocasião da homenagem prestada a D. Myriam pelos seus 40 anos de PUC-Rio.

Sandra Parintins (?-2021) _

Foi com muita tristeza que o Departamento de Educação comunicou o falecimento da sua funcionária, Sandra Parintins. Na PUC-Rio há mais de 15 anos, Sandra era uma funcionária dedicada e comprometida, muito querida por alunos, professores e colegas.

José Augusto Pereira Telles (1956 - 2008) _

Sobre o Telles

Ainda com o estômago embrulhado com a perda de um companheiro de trabalho e amigo, gostaria de relatar a minha visão sobre o Telles.

Tenho lidado com a equipe do RDC bastante nos últimos quatro anos. Muito tem sido feito e temos evoluído bastante. Mas isso não veio de graça. É uma conquista diária a base de muito esforço e criatividade. Sem querer desmerecer o resto da equipe do RDC, que é exemplar, grande parte desse sucesso se deve ao trabalho do Telles.

Aprendi a confiar nas soluções geniais e simples que ele sempre trazia. A Comunidade PUC-Rio talvez não se de conta de tudo que rola por trás para que a infra-estrutura de informática tenha um bom funcionamento. É preciso um trabalho de formiguinha de pessoas como o Telles para que isso aconteça de forma satisfatória e segura, apesar de todas as dificuldades de hardware que sofremos. Aliás, se conseguimos evoluir nisso, conseguindo um melhora substancial com gastos bastante razoáveis, muito se deve ao Telles.

Conversando com o Albino, que conhecia o Telles de longa data, ele me deu o testemunho que eu posso corroborar. Quando se tinha um problema muito complicado para resolver nessa área, não tinha outra alternativa: chama o Telles que ele resolve. Sempre com tranqüilidade e cordialidade.

Professor Luiz Fernando Martha
Departamento de Engenharia Civil
05 de setembro de 2008

Maria Luiza Campos Ramos Martha (1930-2021) _

A sra. Maria Luiza Campos Ramos Martha foi bibliotecária na PUC-Rio, atuando na Divisão de Bibliotecas e Documentação entre 1967 e 1981. Chefe da Seção Técnica, responsável pela catalogação e classificação dos livros, Maria Luiza era também a mãe do prof. Luiz Fernando Campos Ramos Martha, do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental.

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