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Marcos Azevedo da Silveira (1952 – 2009)

O Professor Marcos da Silveira fez a graduação em Matemática na PUC-Rio (1974) e o mestrado em Engenharia Elétrica também na PUC-Rio (1976). Desde seu regresso do doutorado na França (1981) era professor do Departamento de Engenharia Elétrica.

O Núcleo de Educação em Ciências e Engenharia (NECE) da PUC-Rio foi nomeado e sua homenagem em 2011.

Os depoimentos a seguir foram compilados pelo Professor Moisés Henrique Szwarcman, diretor do Departamento de Engenharia Elétrica da PUC-Rio.

Marco Aurélio Pacheco, Professor do Departamento de Engenharia Elétrica da PUC-Rio.

Prezados,

Quem nessa universidade não conhece Marcos da Silveira?  Mas é preciso que se diga algo.

Uma mente privilegiada, um raciocínio na velocidade da luz, um eloqüente interlocutor, um banco de informações  acadêmicas ambulante. Na verdade, o Marcos da Silveira bem podia ser comparado a uma tomografia computadorizada da PUC-Rio, tamanho e minucioso é o seu conhecimento sobre a universidade e as pessoas que nela trabalham.

Conversar com o Marcos é muito fácil,  só lhe cabe ouvir.
Um coisa sempre me chamou atenção. Quando se leva um assunto qualquer a ele, sua posição é colocada  com tanta clareza e profundidade que a sensação era de que ele tinha passado o dia anterior se preparando para conversar sobre o assunto com você.

Controverso, de posições muitas vezes criticas e de firmes opções pessoais, a que mais se destacou foi a sua opção por pensar a universidade e a engenharia.

Consagrado alpinista, Marcos escala agora uma montanha em direção a um cume onde ele acredita nada existir. Vai se enganar mas, como cientista vai por fim aceitar.

Marcos partiu mas ainda é "presente". Sua profusa oratória e conversas sem fim ainda ressoam nos corredores CTC; seu recente livro sobre Engenharia, nem de longe assimilado

Por tudo que o Marcos é para a PUC-Rio, nossos agradecimentos.

Tácio Mauro Pereira de Campos, Professor do Departamento de Engenharia Civil da PUC-Rio:

Caros

Existem e sempre existirão colegas que passam ou passarão, todos lembrados com muita saudade e afeição. Entretanto, poucos são e possivelmente serão os que não deixarão de permanecer, de forma indelével, em nosso meio. O Marcos da Elétrica é um destes poucos!
Motivos? Basta reler o escrito pelo colega Marco Aurélio para entender!

Foi um previlégio ter tido a oportunidade de conviver com o Marcos da Silveira!

Roland Scialom, Professor do Instituto de Computação da Unicamp:

Marcos é um camarada que ocupa na minha vida um lugar muito importante. Lamento não ter encontrado ele, recentemente, para dizer isso para ele, mais uma vez. Ele me inspirava amor, respeito e admiração. Foi um grande companheiro de aventuras intelectuais e esportivas. Nessas aventuras, ele era sempre vanguarda, e frequentemente era difícil acompanhá-lo. Gostaria de pensar que ele se foi para empreender a maior das aventuras dos homens, onde o espírito dos bravos se encontram depois de se libertar dos corpos.

PS: Dê uma olhada nessas duas fotos [ver fotos na coluna à direita] (Marcos da Silveira à esquerda e Roland Scialom à direita nas duas fotos; a primeira em Agulhas Negras, no Estado do Rio de Janeiro, e a segunda em Paris, França, ambas sem data).

Prof. José Eugenio Leal, Coordenador Setorial de Pós-Graduação do CTC:

Caros colegas:

Como colega e como Coordenador Setorial de Pós-graduação do CTC deixo aqui algumas palavras sobre a nossa perda do Marcos da Silveira.

Marcos da Silveira não teve muita interação comigo, como coordenador de Pós-Graduação.  Sua atuação mais direta foi relacionada a graduação, incluindo ai um excelente trabalho na criação de convênios de dupla-diplomação e intercâmbios. Na graduação trabalhou e contribuiu significativamente para a criação de um conceito de curso de engenharia moderno e adequado aos novos tempos, nas discussões internas, e com publicações, incluindo vários artigos em congressos  internacionais de ensino de engenharia e até orientando uma  tese de doutorado sobre o assunto.

No entanto, seu trabalho teve e terá impactos positivos profundos na nossa pós-graduação por muitos anos, pois ao dar a muitos dos  nossos melhores  alunos  uma oportunidade de expandir seus conhecimentos no exterior, ele os manteve na PUC e muitos deles fazem e farão a nossa pós-graduação com excelência.

Foi uma mente brilhante que buscava dar espaço a outras mentes brilhantes.

Ele deixa uma lacuna muito difícil de preencher e, não só por isso, será sempre lembrado no CTC e na nossa Universidade.

Profa. Ana Maria Abrantes Coelho, ex-aluna do curso de Física da PUC-Rio, formada em 1972, atualmente professora e pesquisadora do Departamento de Genética da Universidade Federal do Rio de Janeiro (mensagem recebida em 07/04/2010):

Fiquei sabendo hoje, quase um ano depois do falecimento de meu antigo e querido amigo Marcos. Descobri seu livro na Internet, fui olhar as informações sobre o autor, e vi a data de nascimento ao lado da data de 2009. Minha primeira idéia foi a de que o site estava desatualizado!!!

Depois eu percebi o que não queria nem imaginar. Que tristeza. Fui sua colega e amiga de últimos anos de graduação. Ele me introduziu ao alpinismo, além de me deixar tonta com todas as sua idéias sobre tantos assuntos, imaginem o Marcos com 20 anos, quanto entusiasmo!

Meu abraço sentido para toda a sua família, se chegar a ler isso. Lembro muito bem de sua irmã, seu irmão e sua mãe. Pelo que li ele teve uma vida de sucesso na PUC, deixa o que contar. Lamento não ter encontrado com ele mais recentemente, para falarmos sobre nossa vida.

Relação com a PUC: 
Marcos da Silveira à esquerda e Roland Scialom à direita nas duas fotos; a primeira em Agulhas Negras, no Estado do Rio de Janeiro, e a segunda em Paris, França, ambas sem data. Acervo Prof. Roland Scialom.
Marcos da Silveira à esquerda e Roland Scialom à direita nas duas fotos; a primeira em Agulhas Negras, no Estado do Rio de Janeiro, e a segunda em Paris, França, ambas sem data. Acervo Prof. Roland Scialom.