O Prof. Ivo Pitanguy esteve à frente do curso de Especialização em Cirurgia Plástica da Escola Médica de Pós-Graduação da PUC-Rio desde 1963. Em maio de 2015, tornou-se Professor Emérito da PUC-Rio.
Mineiro de Belo Horizonte, o Prof. Ivo Pitanguy era graduado em Medicina pela UFRJ. Iniciou sua formação cirúrgica no Hospital do Pronto Socorro, atual Hospital Souza Aguiar. Em 1947, foi agraciado com bolsa de estudos do Institute of International Education para realizar residência, tornando-se, em 1948, Residente-Chefe no Serviço de Cirurgia Geral do Bethesda Hospital, em Cincinnati, EUA. Entre 1949 e 1961, foi Visiting Fellow em serviços de cirurgia plástica de vários hospitais e clínicas de referência: Cincinnati General Hospital; Mayo Clinic; Dr. John Marquis Converse; e diversas na França, Inglaterra, Alemanha, Suécia e Argentina.
Fundador da primeira Clínica de Cirurgia de Mão no Brasil, a Enfermaria da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, em 1949, foi também Chefe do Serviço de Queimaduras e de Cirurgia Reparadora do Hospital Souza Aguiar, no Rio de Janeiro, entre 1952 e 1955, além de chefe do Serviço de Cirurgia da Mão da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, de 1952 a 1959. Fundador e chefe do Serviço de Cirurgia Plástica da Enfermaria da Santa Casa da Misericórdia do Rio, desde 1954, foi também fundador e diretor da Clínica Ivo Pitanguy.
Ocupante da cadeira número 22 da Academia Brasileira de Letras, membro titular da Academia Nacional de Medicina e do Colégio Brasileiro de Cirurgiões; patrono da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica; membro honorário da American Society for Aesthetic Plastic Surgery (ASAPS) e de inúmeras outras entidades científicas; membro do Conselho Deliberativo do Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e Cultura (Comissão Nacional da UNESCO); presidente de honra do Centro de Estudos Ivo Pitanguy desde 1968, e da Associação dos Ex-Alunos do Professor Ivo Pitanguy desde 1974, Pitanguy foi também agraciado pelo Papa João Paulo II com o Prêmio Cultura pela Paz. Da UNESCO, recebeu o Prêmio pela Divulgação Internacional da Pesquisa Médica.
Estava casado há 61 anos com Marilu Nascimento, com quem teve quatro filhos que lhe deram cinco netos. Desportista, praticou natação, tênis, esqui, mergulho e caratê. Pouco antes de sua morte, aos 93 anos, causada por um infarto, transportou de cadeira de rodas, a tocha olímpica, pouco antes da abertura oficial dos Jogos Olímpicos do Rio. A seu último livro, uma autobiografia, lançada em 2014, deu o título Viver Vale a Pena.
(Escola Médica de Pós-Graduação) (+6 de agosto de 2016)