O Departamento de História perdeu a Professora Rosa Maria Sá Costa Ribeiro, ex-aluna e professora do Curso de Especialização em História da Arte e da Arquitetura, muito querida por todos os que tiveram o privilégio de conviver com ela.
Rosa era Licenciada em Arquitetura pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro e Mestre em História Social da Cultura pela PUC-Rio. Casada com Carlos Costa Ribeiro, por muitos anos professor e pesquisador do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rosa tinha profundos laços intelectuais e familiares com a PUC-Rio. Seu cunhado Paulo Costa Ribeiro é Professor Emérito do Departamento de Física. Outro cunhado seu, Sérgio Costa Ribeiro, já falecido, foi por muitos anos também professor do Departamento de Física. Alguns dos 9 irmãos de seu marido Carlos estudaram na PUC-Rio e muitos dos sobrinhos de Rosa e Carlos, também foram alunos da PUC-Rio. E foi no Departamento de História que Rosa encontrou alguns de seus principais interlocutores acadêmicos e o espaço para desenvolver sua especialização em História da Arte e seu mestrado e para atuar como docente e pesquisadora.
As pesquisas que desenvolveu sobre arquitetura colonial religiosa no Brasil são de grande importância. Entre eles, destacam-se os estudos sobre as ruinas do convento de São Boaventura (século XVII) em Itaboraí e sobre o Convento de Santo Antonio, no Largo da Carioca (Rio de Janeiro).
Rosa lutou por 11 anos contra um câncer. Em sua missa de sétimo dia na Igreja do Sagrado Coração, no campus da PUC-Rio, o número de amigos, companheiros de trabalho e familiares presentes dava a escala do quanto era querida. Ao final da missa, um de seus quatro netos leu um texto de Guimarães Rosa que a avó gostava de ler para ele e seu marido Carlos encontrou forças para ler um belíssimo texto que escreveu sobre aquela que dividiu com ele 47 anos de uma vida de muita felicidade, mas também de dores profundas que incluíram a perda trágica de um filho de 21 anos.
Algumas das mensagens de seus colegas do Departamento de História mostram o quanto Rosa era querida:
“Prezados colegas,
"Nesta hora só nos ocorrem lugares comuns. Mas a Rosa era, de fato, a delicadeza em pessoa!”
Professor Ronaldo Brito Fernandes
Departamento de História
“Quem teve a satisfação de conviver com ela deve ter ficado envolvido com a sua delicadeza como o Ronaldo. Eu acrescentaria a doçura no trato das coisas da vida e a grandeza de um sorriso temido e abrangente. As pessoas interessantes são difíceis de serem descritas. Fica a saudade.”
Professor Antonio Edmilson Martins Rodrigues
Departamento de História
Rosa será sempre lembrada com carinho por aqueles que a conheceram.