(Matéria postada originalmente no Instagram do Núcleo de Memória em 27/05/2024)
Na segunda metade do século XIX, o Rio de Janeiro passava por um rápido crescimento industrial. A Freguesia da Gávea, que representava todo a região entre os atuais bairros de Botafogo e São Conrado, foi ocupada por indústrias pequenas, como olarias e fábricas de chapéu, e de grande porte, como fábricas de tecidos. Algumas das principais razões para isso: o fácil acesso a água, pelos muitos rios que desciam das encostas da Floresta da Tijuca, e os baixos preços dos terrenos. Também nesse período, os bondes começaram a chegar ao Jardim Botânico e depois à Gávea, facilitando o acesso aos operários.
Em 1891, surgia a Companhia de Fiação e Tecidos São Félix, posteriormente renomeada como Cotonifício Gávea. Ela se localizava mais ou menos em frente a onde hoje é o Shopping da Gávea.
Confira aqui algumas imagens do Cotonifício Gávea entre os anos de 1921 e 1936. Essas imagens foram retiradas do álbum de fotografias produzido por P. Erbe, que reúne cerca de 45 imagens que ilustram a realidade fabril do início do século XX. As imagens desse álbum foram cedidas para digitalização e uso pelo Núcleo de Memória pelo neto de um dos fundadores da fábrica, e morador da Gávea, sr. John Raschle. Esses registros fazem parte do acervo do Núcleo de Memória da PUC-Rio.
Para saber mais sobre o Cotonifício Gávea nós recomendamos a leitura da monografia O álbum de fotografias da S.A. Cotonifício Gávea, de Mateus Sanches Duarte, formado em Ciências Sociais pela PUC-Rio em 2019.
Para esta publicação também foi consultado o livro:
BARATA, Carlos Eduardo; GASPAR, Claudia Braga. A Fazenda Nacional da Lagoa Rodrigo de Freitas na formação de Jardim Botânico, Horto, Gávea, Leblon, Ipanema, Lagoa e Fonte da Saudade. Rio de Janeiro: Cassará Editora, 2015.
