(* 25/06/1901, Valladolid, Espanha; + 13/01/1990, no Rio de Janeiro)
Fez os primeiros estudos na Escola Apostólica de Bordeaux, França, dirigida por jesuítas. Chegou em São Paulo em 1918, e em 1923 foi estudar no seminário jesuítico em Nova Friburgo/RJ (Colégio Anchieta), período em que também foi professor no Colégio Santo Inácio do Rio de Janeiro. Depois foi para a Holanda, onde graduou-se em Teologia. Entre 1930 e 1932, em Roma, fez Doutorado em Ciências Eclesiásticas, sendo que em 1931 ordenou-se Padre.
Em 1933 retornou ao Brasil, e entre 1934 e 1938 foi Prefeito Geral do Colégio São Luís, em São Paulo. Em 1939 veio para o Rio de Janeiro onde foi Superior da Casa dos Escritores da Companhia de Jesus.
Em 1941 tornou-se Reitor do Colégio Santo Inácio, e auxiliou na instalação das Faculdades Católicas que ocuparam parte das dependências do próprio Santo Inácio e uma casa comprada ao lado (o Palacete Joppert).
Em 1945 foi nomeado Provincial dos Jesuítas do Brasil Central. No Congresso Interamericano de Educação Católica organizado neste ano trabalhou pela fundação da Associação de Escolas Católicas (AEC), na qual desempenhou por vinte anos o cargo de presidente. A AEC teve importante papel na definição da legislação sobre o ensino no Brasil.
Em 1954 tornou-se catedrático de Filosofia na PUC-Rio, e entre 1956 (empossado em 28/03) e 1962 ocupou a Reitoria desta Universidade, período importante na implantação do campus da Gávea e das condições para a PUC-Rio tornar-se uma instituição caracterizada pela pesquisa científica. Na sua gestão foram criados o Instituto de Física, o Instituto de Administração e Gerência (IAG) e os Institutos Tecnológicos (ITUC). Foi inaugurado o Ginásio-Auditório, e adquirido o computador eletrônico Burroughs 205, primeiro em uma instituição acadêmica na América Latina, num consórcio que envolveu o Ministério da Guerra, o Conselho Nacional de Pesquisas, a Comissão Nacional de Energia Nuclear, a Companhia Siderúrgica Nacional, o Conselho Nacional de Petróleo e o IBGE.
Padre Alonso continuou na PUC até 1967 como professor em cursos de pós-graduação em Pedagogia e Filosofia da Educação.
Teve atuação importante no processo de promulgação da Lei de Diretrizes e Bases de 1961. Foi Vice-Presidente da Federação Internacional das Universidades Católicas, e Vice-Presidente do Conselho Estadual de Educação do Rio de Janeiro até 1967.
Voltou para a Espanha, onde ficou por quase 14 anos, quando cuidou da saúde e teve tempo para estudar e produzir textos reunidos em cinco volumes de "Reflexões Pedagógicas": "A crise estudantil", "Crise adulta da juventude", "Nascimento de um homem novo", "Luz e sombras no devir do humanismo" e "Salvemos o homem”.
Regressou ao Brasil em 1980, quando retirou-se da atuação pública.
Fontes:
Dicionário de Educadores no Brasil. RAMAL, Andrea Cecília. Rio de Janeiro: UFRJ, 2002 (2ª ed.)