Saudades

O Prof. Ricardo Benzaquen em 2017. Foto do Prof. Leonardo Affonso Miranda Pereira (HIS).
O Prof. Ricardo Benzaquen em 2017. Foto do Prof. Leonardo Affonso Miranda Pereira (HIS).

Prof. Ricardo Benzaquen de Araújo (HIS) (1952-2017) (1 de fevereiro de 2017)

O professor, historiador e antropólogo Ricardo Benzaquen de Araújo, foi professor da PUC-Rio no Departamento de História por mais de 40 anos, universidade na qual se formou. Benzaquen foi um importante intérprete da sociologia brasileira do século 20, tendo se dedicado principalmente à análise das obras de Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de Holanda

Texto adaptado de nota da ANPUH (Associação Nacional de História) publicada no dia seguinte à morte de Ricardo Benzaquen:

Professor, antropólogo, historiador, vinculado a diversas instituições de ensino e pesquisa, como a PUC-Rio, IUPERJ, ANPOCS, Biblioteca Nacional e também ao IESP/UERJ, Ricardo Benzaquen faleceu no dia 1 de Fevereiro de 2017, depois de complicações decorrentes de uma cirurgia.

Estudioso de imensa erudição, intelectual brilhante, Ricardinho, como muitos o chamavam carinhosamente, nos deixou precocemente e sua ausência será marcada por muitas saudades de todos os que tiveram o privilégio de conviver com ele.

Por tudo que representou em sua trajetória particular e pública, pelo respeito intelectual e afetivo que consolidou ao longo da vida, sua perda será muito sentida.

Seu livro "Guerra e Paz: Casa Grande e Senzala e a obra de Gilberto Freire nos anos 30", marco nos estudos das Ciências Sociais no Brasil, prêmio Jabuti em 1995, será sempre uma referência dentro da rica e diversificada produção que nos deixou.

Nota do Núcleo de Memória da PUC-Rio:

O Departamento de História, seus alunos, ex-alunos, funcionários e professores viveram ontem, dia 01 de fevereiro, um dia de muita tristeza com a morte do Prof. Ricardo Benzaquen.

O Centro de Ciências Sociais (CCS) perdeu um de seus grandes colaboradores.

A PUC-Rio deixa de contar, em seu dia a dia, com um quadro intelectual brilhante e com alguém que, desde os tempos em que foi aluno do Departamento de História e a cada um dos muitos anos em que fez parte do corpo docente da Universidade, foi capaz de pensar a Universidade como um todo e comprometer-se com ela.

O país perdeu ontem um cientista social com uma rara capacidade de transitar por várias áreas do conhecimento por saber, como poucos, o que significa a interdisciplinariedade.

E o mundo, nesses tempos já tão sombrios, deixa de contar com o seu sorriso, sua fala mansa e firme, seu sentido de humor, sua capacidade de fazer amigos, sua doçura, sua conversa gostosa e sua enorme generosidade.

A equipe do Núcleo de memória, e muito especialmente aqueles que aprendemos tanto com o Ricardinho porque fomos seus colegas, seus alunos e seus leitores, muito tristes, quer juntar-se à dor de todos os seus amigos, e de modo muito particular à da Carolina, da Alice e da Carmen.

Diversas manifestações e textos sobre Ricardo Benzaquen estão disponíveis no site do Núcleo de Memória.

Fonte: http://www.tribunadaimprensasindical.com/2017/02/1-morre-desembargadora-salete-maccaloz.html
Fonte: http://www.tribunadaimprensasindical.com/2017/02/1-morre-desembargadora-salete-maccaloz.html

Profa. Salete Maria Polita Maccalóz (JUR) (2 de fevereiro de 2017)

A Desembargadora Federal Salete Maria Polita Maccalóz era natural da cidade gaúcha de Soledade. Formada em Direito pela Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul em 1972, concluiu seu mestrado em direito pela PUC-Rio em 1981 e era doutora em Comunicação e Cultura pela UFRJ. Foi docente da UERJ e da UFRJ, e professora do Departamento de Direito da PUC-Rio entre 1977 e 1997.

A então juíza, nas décadas de 1980 e 1990, se notabilizou por sua coragem em decisões que envolviam movimentos sociais e sindicais, num contexto político e social difícil para a classe trabalhadora.

Faleceu aos 70 anos de idade.

 

Prof. Marcio Brotto. 2013. Fonte: Universidade Federal do Piauí.
Prof. Marcio Brotto. 2013. Fonte: Universidade Federal do Piauí.

Prof. Marcio Eduardo Brotto (SER) (4 de fevereiro de 2017)

Marcio Eduardo Brotto graduou-se em Serviço Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1996) e fez seu Mestrado (1998-2000) e o Doutorado (2008-2012) em Serviço Social pela PUC-Rio, no tema Seguridade Social, com ênfase em Assistência Social e Saúde.

Professor do Departamento de Serviço Social, foi coordenador departamental do Programa de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) e líder do Núcleo Integrado de Estudos e Pesquisas em Seguridade e Assistência Social (NIEPSAS), desenvolvendo pesquisas de Iniciação Científica. Marcio foi por duas gestões conselheiro do CRESS/RJ. Profissional sempre preocupado e comprometido com a questão social e os direitos humanos, segundo a Profa. Andreia Clapp Salvador, diretora do Departamento de Serviço Social, dedicou-se ao exercício profissional e à formação profissional de qualidade.

Foi com muita tristeza que a comunidade acadêmica se despediu desse profissional comprometido com os princípios e valores de sua profissão e do mestre dedicado:

Nós que tivemos a oportunidade de aprender e conviver com ele sentiremos muita falta do nosso "espetáculo".

Centro Acadêmico de Serviço Social da PUC-Rio

Fonte: Jornal O Globo - Arquivo Pessoal.
Fonte: Jornal O Globo - Arquivo Pessoal.

Prof. Wilson Luis (Lula) Branco Martins (COM) (27 de março de 2017)

(1964-2017)

Lula Branco Martins faleceu aos 53 anos devido a um AVC. Foi aluno da Universidade, estagiou no Jornal da PUC em 1989, e era professor desde 2006, atuando no Departamento de Comunicação Social. Editor de publicações importantes como a Revista de Domingo, do Jornal do Brasil, e a revista Rio Samba e Carnaval, foi também colunista da revista Veja Rio e do jornal O Globo.

            Nas palavras de Gabriela de Vicq, do Jornal da PUC:

Professor performático, editor perfeccionista, compositor de enredos carnavalescos, mágico, romântico, cantor de ópera, imitador de Chico Buarque, beatlemaníaco, torcedor do América, viciado em Coca-Cola Zero, fazedor de listas, cariocólogo... Em todos esses papéis, uma coisa em comum: a autenticidade. Lula Branco Martins projetava intensidade em tudo o que se propunha fazer. E ele fazia muitas coisas diferentes. Projetos, festas, debates, sites, livros, aulas. Foram muitos os que passaram pela vida de Lula – todos atravessados por ele e tocados de alguma forma pela criatividade e originalidade do jornalista.

            O Professor Miguel Pereira lembrou, em depoimento, que Lula já se destacava por suas ideias desde a época em que estagiou no Jornal da PUC: “Lula Branco Martins era uma usina de ideias”.

            Como professor, marcou a todos com a sua “Aula das Bolinhas”, atividade conjunta das turmas de Comunicação Impressa: cabia aos alunos arremessar bolas em cestas para indicar, entre as notícias lidas pelos professores, as mais adequadas para os diferentes veículos – rádio, mídia impressa ou televisão:

Ele era uma figura absolutamente fantástica de se conviver. Às vezes, antes da reunião de pauta, ele perguntava se podia tocar violão para se expressar melhor. Fazia uma apresentação, e era sempre brilhante. Também não era raro ele aparecer na redação de madrugada, meio de pijama, falando que tinha surgido uma ideia e que precisava desenvolvê-la na hora. Ele era capaz de se dedicar a um projeto com esse tipo de entrega, tanto no plano pessoal quanto no profissional. Morreu o último jornalista romântico.

Maurício Lima, jornalista

Maria da Conceição dos Santos Ferreira, na Biblioteca Central. Fonte: DBD
Maria da Conceição dos Santos Ferreira, na Biblioteca Central. Fonte: DBD

Maria da Conceição dos Santos Ferreira (DBD) (26 de abril de 2017)

Conceição chegou à PUC-Rio em 1972, na gestão da Profa. Monica Rector como chefe da Biblioteca Pe. Magne. Após seis anos, transferiu-se para a Casa de Rui Barbosa. Em 1985, retornou à Universidade, para a Seção de Processamento Técnico. Em 2014, passou a integrar a Seção de Desenvolvimento de Coleções e Aquisição.

A amiga e bibliotecária Maria de Lourdes Mendonça relembra:

Conceição era muito atuante e participava de seminários e cursos. Era chamada também para reuniões em comissões de bibliotecas. Foi uma pessoa de conduta irrepreensível, honesta, amiga e solidária. Pequena em estatura, mas grande em agilidade, responsabilidade, compromisso e vontade de viver. De temperamento ativo e agitado, vivia sempre correndo a fim de cumprir seu horário e sua missão, e muito bem, na Universidade e na família.

Companheiros de trabalho e todos aqueles que a conheceram e utilizaram seus conhecimentos lamentaram a morte prematura dessa excelente profissional e amiga.

A Profa. Ana Waleska no dia de sua posse como Professora Titular da PUC-Rio, em 02/05/2016. Fotógrafo Antônio Albuquerque.
A Profa. Ana Waleska no dia de sua posse como Professora Titular da PUC-Rio, em 02/05/2016. Fotógrafo Antônio Albuquerque.

Profa. Ana Waleska Pollo Campos Mendonça (EDU) (22 de maio de 2017)

Especialista em História da Educação no Brasil, a Profa. Ana Waleska Pollo Campos de Mendonça fez seus estudos de graduação (1967), o mestrado em Educação, com foco em Planejamento Educacional (1974) e o doutorado em Educação Brasileira (1993) pela PUC-Rio. O pós-doutorado, em História da Educação, foi feito na Universidade de Lisboa, concluído em 2004.

Professora Titular do Departamento de Educação da nossa Universidade, atuava nos cursos de graduação e pós-graduação, desenvolvia pesquisas na área de História da Educação, com ênfase nas linhas de História das Ideias e Instituições Educacionais e História da Profissão Docente. Integrou também as duas primeiras diretorias da Sociedade Brasileira de História da Educação (SBHE).

Segundo o Prof. Ralph Ings Bannell, Diretor do Departamento de Educação da PUC-Rio:

Ana Waleska era, sem dúvida, um dos membros mais importantes do corpo docente do Departamento de Educação dessa Universidade, bem como uma figura ímpar para além do departamento.

Ela foi uma das primeiras alunas do Curso de Pedagogia do Departamento e uma das fundadoras do Programa de Pós-Graduação. Também exerceu, ao longo da sua trajetória acadêmica, vários cargos administrativos no departamento e fora dele, no âmbito da Reitoria.

Waleska se tornou uma das mais destacadas pesquisadoras da história da educação no Brasil, formando gerações de novos pesquisadores e produzindo uma bibliografia invejável e de enorme importância. Além disso, ajudou a fundar a Sociedade Brasileira de História da Educação e influenciou colegas pelo Brasil a fora e em outros países com suas intervenções em congressos, seminários e colóquios. Como docente era admirada e respeitada por todos.

Waleska não era somente uma brilhante pesquisadora da história; ela era também protagonista da história da educação brasileira. Seu compromisso político em prol da democracia se mostrou ao longo da vida dela e em todos os fóruns nos quais ela teve presença. Nas reuniões no Departamento, frequentemente nos ensinou as implicações políticas das nossas decisões e nos lembrou do passado para entender melhor o presente. Aliás, Waleska sempre foi uma presença marcante em todos os espaços que ocupou.

O Prof. Carlos Alberto em foto recente, enviada pelo Prof. Edgar Lyra (FIL).
O Prof. Carlos Alberto em foto recente, enviada pelo Prof. Edgar Lyra (FIL).

Prof. Carlos Alberto Gomes dos Santos (FIL) (14 de julho de 2017)

Com mestrado (1978) e doutorado (1995) em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, o Prof. Carlos Alberto Gomes dos Santos concentrou sua pesquisa em Filosofia da Ciência e era professor aposentado do Departamento de Filosofia, onde começou a lecionar em 1971 Foi diretor geral do departamento, coordenador de graduação, participante ativo de várias comissões acadêmicas e integrou por muitos anos o Conselho Diretor do Colégio Santo Inácio. Dedicou-se desde sempre a questões ligadas ao ensino de filosofia e à formação básica.

Segundo o Prof. Edgar Lyra, coordenador de graduação do Departamento de Filosofia:

Carlos Alberto foi um exemplo de pessoa afável, generosa e capaz de convívio com a diferença. [...]

Em nome do Departamento de Filosofia da PUC-Rio e de todos os que guardam na memória algo de suas lições deixo aqui o meu mais sincero e profundo agradecimento.

Fonte: Site da FAJE.
Fonte: Site da FAJE.

Prof. Pe. Ulpiano Vázquez Moro S.J. (TEO) (22 de julho de 2017)

Nascido em Carrizo de la Rivera, em León, na Espanha, em 26 de janeiro de 1944, Pe. Ulpiano ingressou na Companhia de Jesus em 1961, na cidade de Salamanca, onde emitiu os primeiros votos, em 1963. No ano seguinte, transferiu-se para o Rio de Janeiro.

Graduado em Filosofia pela Faculdade de Filosofia Nossa Senhora Medianeira (1966) e em Teologia, pela Université Catholique de Louvain (1974), com mestrado e doutorado em Teologia pela Universidad Pontificia Comillas, de Madri, Pe. Ulpiano tinha experiência na área de Teologia, com ênfase em Teologia Fundamental.

Professor do Departamento de Teologia da PUC-Rio entre 1978 e 1981, lecionou as disciplinas Teologia Dogmática - Trindade (graduação), Tópicos de História da Teologia, Tópicos de Teologia Dogmática e Grupo de Estudos sobre Teologia e Espiritualidade (pós-graduação).

Ulpiano era um mestre na arte de conversar. E as conversações espirituais que mantínhamos nos retiros e orientações deixaram marcas indeléveis em mim e foram configurando-me, outra, nova, inteira na estatura que a vocação e a missão me traziam.  Quanto mais o conhecia, mais me impressionava. Era talvez o homem mais completo que já havia cruzado meu caminho. Pensador brilhante e extremamente erudito, era professor que preparava cada aula como se fosse a única. Aplaudido pelos alunos no final do curso, ria modestamente e procurava jamais colocar-se em evidência. Místico ardente, era igualmente mestre espiritual que ajudava na experiência de Deus desde as pessoas mais simples até as mais requintadas e letradas. Pastor dedicado e incansável, foi exímio formador de leigos cultos e inquietos, religiosos de ambos os sexos, e membros do povo de Deus de condição extremamente simples e humilde.  Para todos havia a linguagem adequada, a palavra precisa, o olhar e a acolhida carinhosa. Sacerdote devotadíssimo, guiou várias comunidades e paróquias no culto, na doutrina e na unidade. Suas celebrações e homilias atraíam pessoas não só da comunidade local, mas vindas de outras paragens, atraídas pelo fogo e a inspiração que emanavam do pregador exímio, cheio de conhecimento e entusiasmo pelo mistério de Deus.

Maria Clara Bingemer, Professora do Departamento de Teologia da PUC-Rio

Neusa Ferreira ao receber a homenagem pelos seus 40 anos de PUC-Rio, em 2014. Fotógrafo Antônio Albuquerque.
Neusa Ferreira ao receber a homenagem pelos seus 40 anos de PUC-Rio, em 2014. Fotógrafo Antônio Albuquerque.

Neusa Ferreira de Almeida (DBD) (3 de setembro de 2017)

A funcionária Neusa Ferreira de Almeida dedicou mais de 40 anos à Biblioteca e a PUC-Rio.

Segundo seus amigos na Divisão de Bibliotecas e Documentação, “Era dela o sorriso largo que nos recebia, diariamente, na entrada destinada aos funcionários. Neusa deixará saudades e alegres recordações.”

Fonte: site da Anped.
Fonte: site da Anped.

Prof. Marcelo Andrade (EDU) (29 de outubro de 2017)

Professor do Departamento de Educação, Marcelo Andrade era Licenciado em Filosofia (1995), Sociologia (1996) e História (1996); Mestre em Educação (2000) e Doutor em Ciências Humanas / Educação (2006) pela PUC-Rio. Realizou o Programa de Doutorado no Exterior - PDSE/CNPq na Universitat de València, Espanha (2005). Marcelo foi Coordenador do Grupo de Estudos sobre Cotidiano, Educação e Culturas (GECEC) e, desde julho de 2016, era vice-decano do Centro de Teologia e Ciências Humanas (CTCH) da PUC-Rio.

Bolsista do Programa Jovem Cientista (FAPERJ) e de Produtividade em Pesquisa (CNPq), foi também pesquisador associado ao Grupo Iberoamericano de Ética e Filosofía Política (Universitat de València, Espanha); ao Programa Teaching, Learning and Culture (University of Texas at El Paso - EUA) e ao REDISCO: Religions, Discriminations (Université Lyon 2, França).

Foi membro da ONG Novamerica, do Observatório de Educação em Direitos Humanos e do Conselho Diretor do Movimento da Ação da Cidadania. Atuou como professor de ensino fundamental, médio e superior e foi educador popular e pesquisador.  Nas áreas de ensino, pesquisa e extensão, dedicou-se principalmente aos temas: Didática, Ensino e Aprendizagem; Currículo e Multiculturalismo; Educação e Direitos Humanos e Ética Intercultural. Era associado da ANPEd e participou ativamente da Associação. Integrou o Conselho Editorial da Revista Brasileira de Educação, participou dos GTs de Didática e Filosofia da Educação e foi por diversas vezes membro da comissão de eleição da diretoria da ANPEd e Conselho Fiscal.  

A missa de Ressureição do Professor Marcelo Andrade foi rezada pelo Reitor Pe. Josafá Carlos de Siqueira S.J. na Igreja do Sagrado Coração de Jesus as PUC-Rio.

Fonte: https://br.financas.yahoo.com/noticias/eduardo-modiano-ex-presidente-bndes-230400374.html
Fonte: https://br.financas.yahoo.com/noticias/eduardo-modiano-ex-presidente-bndes-230400374.html

Prof. Eduardo Marco Modiano (7 de dezembro de 2017)

(1952-2017)

O Professor Eduardo Modiano foi aluno do curso de Engenharia da PUC-Rio entre 1970 e 1973 e professor do Departamento de Economia entre 1979 e 1984. Presidiu o BNDES entre 1990 e 1992 e integrou a comissão diretora do Programa Nacional de Desestatização, que iniciou o processo de privatização das empresas estatais no país.

Filho de um empresário, Eduardo Modiano dedicou-se inicialmente à vida acadêmica. Graduado em Engenharia de Processos pela PUC-Rio, em Administração, pela Fundação Getúlio Vargas e em economia pela Universidade Candido Mendes, obteve o título de PhD em economia pelo MIT, nos Estados Unidos.

Após a saída da presidência do BNDES, ocupou vários cargos de direção em empresas privadas. É autor dos livros Da inflação ao cruzado: a política econômica do primeiro ano da nova república (1986) e Inflação: inércia e conflito (1988)

Modiano fez parte ativa da geração de economistas da PUC-Rio que, no início da década de 1980, debatiam e modelavam teorias que embasaram medidas contra a crescente inflação brasileira, estruturando teoria e prática para a os planos que se seguiram e preparando o caminho para o Plano Real.