A imagem, porém, que eu guardo dele é a de um eterno sorridente. Miúdo, com seu sotaque nordestino e sua oratória barroca, com seu ardor e seu pensamento lúcido, sua coragem na denúncia e sua atividade incansável, sua bondade para com os pobres e sua austeridade pessoal, deixou uma marca indelével. Mas, como já falei, a marca que deixou em mim foi seu eterno sorriso: um sorriso de alguém que precisava de muito pouca coisa para estar de bem com a vida; um sorriso de benevolência e acolhimento para todos; um sorriso de compaixão e de fraternidade; um sorriso de paz.
Por muito bem construído que seja o nosso site comemorativo do centenário de Dom Helder Camara, não conseguirá transmitir o seu sorriso cálido e amigo, mas certamente nos fará lembrar dele e despertará em nós a saudade do eterno amigo que continua a sorrir.
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