Saudades

Prof. Carlos Patrício Samanez.  Imagem fornecida pelo Departamento de Engenharia Industrial.
Prof. Carlos Patrício Samanez. Imagem fornecida pelo Departamento de Engenharia Industrial.

Professor Carlos Patrício Mercado Samanez, Departamento de Engenharia Industrial (15 de fevereiro de 2016)

(1953-2016)

Graduado em Engenharia Industrial pela Universidade Mayor de San Marcos, em Lima, no Peru, onde nasceu; mestre em Ciências na área de Engenharia de Produção pela PUC-Rio e doutor em Administração-Finanças e Economia de Empresas pela EAESP/FGV, o Professor Carlos Samanez lecionava na graduação em Economia da UERJ e para turmas de graduação, mestrado e doutorado em Engenharia de Produção da PUC-Rio. Era também professor do curso de mestrado profissional em Logística da nossa Universidade, além de cursos de MBA e de Extensão na área de Engenharia de Produção e Finanças. Coordenador de Extensão e da Área de Finanças, atuava como consultor de empresas e foi autor de vários títulos de sucesso para cursos de graduação e pós-graduação em suas áreas. O professor nos deixou em fevereiro, como mais uma vítima da violência no Rio de Janeiro.

O Prof. Khosrow Ghavami, do Departamento de Engenharia Civil, não pôde esconder o seu pesar e indignação pela perda do amigo e querido professor:

Profundamente lamento o falecimento do nosso colega Carlos Patrício Samanez, [...] que era muito querido entre os seus amigos. E [...] lamento que o governo e prefeitura do Rio do Janeiro não estejam cuidando da segurança do seu povo.

Gustavo Santos Raposo, doutor em Engenharia Elétrica pela PUC-Rio, agradeceu ao mestre por todos os anos de dedicação ao conhecimento e ao ensino:

Foi com uma profunda tristeza que recebi a notícia de que não poderemos desfrutar, ao menos nesse mundo que conhecemos, do convívio com você. Apesar da revolta pela forma abrupta e violenta com que tudo se deu, guardo na memória e no coração apenas as boas lembranças e a grande amizade que construímos. Me arrependo de não ter te dito mais vezes da grande admiração que sinto por você. Um grande abraço Mestre e obrigado por todos os ensinamentos!

O Professor José Guerchon em uma de suas aulas publicadas no seu canal do Youtube.
O Professor José Guerchon em uma de suas aulas publicadas no seu canal do Youtube.

Professor José Guerchon, consultor do Decanato do CTC (24 de fevereiro de 2016)

(1946-2016)

Um “embaixador da PUC-Rio”, como o consideravam os colegas, o Prof. José Guerchon faleceu aos 70 anos. Trabalhou no Departamento de Química da Universidade durante dez anos e como consultor, ligado ao Decanato do CTC, desde 2011.

Além de reconhecido como químico e educador, o professor era um grande colaborador no Departamento. Acreditava no padrão e no modelo de ensino da Universidade. Teve também como objetivo aprimorar os cursos de Química, tanto no Brasil quanto no exterior e, assim, atuou no desenvolvimento de materiais didáticos como softwares, museus virtuais e programas de rádio.

Formado em Química pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro, com especialização em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas, trabalhou como professor na Escola Técnica de Química e em vários outros estabelecimentos da cidade. Na PUC-Rio, ajudou a reformular as práticas de laboratório de Química Geral e participou do Programa de Integração Universidade Escola e Sociedade (PIUES). Alinhado com as novas tendências, foi coordenador acadêmico do projeto Condigital da PUC-Rio.

O Prof. Ricardo Aucélio, do Departamento de Química, compartilhou momentos memoráveis ao lado do amigo José Guerchon e expressou sua admiração pelo modo sempre positivo e entusiasmado do mestre quanto aos assuntos relacionados ao ensino e aprendizagem e à sua capacidade de trabalho: “Ele sempre achava uma maneira diplomática de fazer as coisas funcionarem e é por isso que ele foi tão importante no funcionamento e no sucesso do Condigital. Ele fazia as pessoas se unirem, era um cara incrível”.

José Guerchon era casado, tinha uma filha e dois netos.

Frei Antonio Moser.  Fonte: currículo Lattes.
Frei Antonio Moser. Fonte: currículo Lattes.

Frei Antônio Moser, ex-professor do Departamento de Teologia (9 de março de 2016)

(1941-2016)

Doutor em Teologia, com especialização em Moral, pela Academia Alfonsianum, em Roma, Frei Antônio Moser iniciou seus estudos de Filosofia e Teologia em Petrópolis e cursou a licenciatura em Teologia em Lyon, França. Durante 10 anos lecionou Teologia Patrística.

Na PUC-Rio, lecionou na graduação e na pós-graduação, e foi também professor convidado na Universidade Católica de Lisboa e na Universidade de Berkeley, na Califórnia. Autor de 25 livros, vários deles traduzidos, coautor e colaborador de vários outros, publicou inúmeros artigos para revistas nacionais e internacionais. Conferencista no Brasil e no exterior, são várias as pesquisas feitas sobre o seu trabalho e seus escritos envolvendo temas da teologia moral e ética da libertação.

Frei Antônio Moser construiu quinze comunidades de fé na Baixada Fluminense e em Petrópolis, Rio de Janeiro. Dentre elas, merecem destaque a Comunidade Menino Jesus de Praga e a Paróquia de Santa Clara. Foi Diretor-Presidente da Editora Vozes, professor de Teologia Moral e Bioética no Instituto Teológico Franciscano (ITF), em Petrópolis e pároco da Igreja de Santa Clara.

O Reitor Prof. Pe. Josafá Carlos de Siqueira S.J. enviou a seguinte nota à Comunidade Universitária:

Recebemos com tristeza a morte violenta de nosso teólogo e ex-professor do Departamento de Teologia da PUC-Rio, Frei Antônio Moser, este franciscano tão querido de todos nós, tanto por sua grande contribuição na reflexão teológica, como pelas suas qualidades humanas reconhecidas por todos os que tiveram o privilégio de conviver com ele. No momento em que precisamos tanto de pessoas que contribuam para uma sociedade mais justa e fraterna, a violência nos tira do convívio esta pessoa humana que sempre procurou defender os pobres e a ética do meio ambiente. Na certeza que toda a sua vida e obra ficará como um legado para a Igreja e para o mundo acadêmico, peçamos ao Senhor Deus que o receba no seu Reino, onde certamente estar intercedendo por todos que acreditam que a reconciliação possa vencer os conflitos e a paz supere a violência.

A Professora Margarida de Souza Neves, Coordenadora do Núcleo de Memória da PUC-Rio, assim comentou sobre mais essa perda causada pela violência que pune a todos:

Acho que são poucos os professores de hoje e de tempos passados cuja presença, a palavra e a atuação fossem tão opostas a qualquer tipo de violência ou desrespeito ao outro.  Lembro dele firme, corajoso e com opiniões inequívocas, mas sempre próximo, discreto e compreensivo.  A violência é sempre absurda, mas esse absurdo fica mais evidente quando atinge a alguém perto de nós, e alguém cuja vida esteve a serviço da ética, da solidariedade e dos mais pobres. 

Prof. Werner Baer.  Fonte: University of Illinois Archives
Prof. Werner Baer. Fonte: University of Illinois Archives

Professor Werner Baer, colaborador do Departamento de Economia (31 de março de 2016)

(1930-2016)

O Prof. Werner Baer foi um economista americano da Universidade de Illinois, em Urbana-Champaign, graduado pelo Queen’s College, em 1953, com mestrado e doutorado por Harvard, em 1955 e 1958 respectivamente. Deu aulas em Yale e Vanderbilt, antes de pertencer aos quadros da Universidade de Illinois, e, por diversas ocasiões, atuou como professor visitante da PUC-Rio e como colaborador próximo em pesquisas desenvolvidas pelo Departamento de Economia da Universidade.

Sua pesquisa sempre foi dedicada ao desenvolvimento econômico e a industrialização da América Latina, mostrando interesse especial pela economia brasileira. Dono de vasta produção bibliográfica, influenciou diversas gerações de economistas. O brasilianista foi também fundador do Instituto Lemann de Estudos Brasileiros, criado em 2009, para promover o ensino e a pesquisa sobre o Brasil nos Estados Unidos. Werner Baer atuou de forma fundamental no recrutamento de estudantes brasileiros para fazerem seu doutorado nos Estados Unidos.

Pelas suas inúmeras contribuições à economia brasileira, o Prof. Baer recebeu a Medalha da Ordem do Rio Branco do Ministério de Relações Exteriores (2000), a Medalha de Honra da Inconfidência, do estado de Minas Gerais (1995), e a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul (1982). O Professor Baer faleceu nos EUA, aos 85 anos.

O Prof. Elias Kallás, em 1984.  Fotógrafo desconhecido. Acervo Núcleo de Memória.
O Prof. Elias Kallás, em 1984. Fotógrafo desconhecido. Acervo Núcleo de Memória.

Professor Elias Kallás, Ex-Vice-Reitor Administrativo e de Desenvolvimento (5 de abril de 2016)

(1936-2016)

Sociólogo e Administrador Público formado pela Universidade Federal de Minas Gerais e pós-graduado em Sociologia do Trabalho pela Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro, o Prof. Elias Kallás obteve todos os créditos do Programa de Mestrado em Sociologia das Relações Internacionais da PUC-Rio, e do Programa de Doutorado em Administração, Educação e Comunicação, da Universidade São Marcos, de São Paulo.

Com diversos cursos de especialização em estudos de alta gerência, realizados no Brasil e no Exterior, foi Vice-Reitor de Desenvolvimento da PUC-Rio além de Diretor Executivo Adjunto da Fundação Nacional Pró-Memória, do Ministério da Cultura; Executor, pelo lado brasileiro, do Projeto de Cooperação Técnica Internacional para a Consolidação do Pólo Tecnológico de Santa Rita do Sapucaí; Secretário Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação, nos municípios de Pouso Alegre e Santa Rita do Sapucaí, MG; Membro do Conselho Estadual de Ciência e Tecnologia do Governo do Estado de Minas Gerais, CONECIT; Presidente do Conselho de Desenvolvimento do Pólo Tecnológico de Santa Rita do Sapucaí e Vice-Presidente do Fórum Permanente da Rota Tecnológica do Sul de Minas Gerais.

Ao longo da carreira, Kallás foi professor do Centro de Ensino Superior em Gestão, Tecnologia e Educação, do Instituto Nacional de Telecomunicações, e da Universidade do Vale do Sapucaí. Além disso, foi diretor da IBM e secretário municipal de Ciência e Tecnologia entre 2005 e 2008. O Prof. Kallás faleceu aos 80 anos, na cidade de Pouso Alegre, Minas Gerais.

O funcionário José Carlos Teixeira de Oliveira. Foto cedida por Rita Luquini (Comunicar).
O funcionário José Carlos Teixeira de Oliveira. Foto cedida por Rita Luquini (Comunicar).

José Carlos Teixeira de Oliveira, Funcionário (27 de abril de 2016)

(1938-2016)

O ascensorista José Carlos Teixeira de Oliveira faleceu aos 78 anos, de pneumonia. Ele trabalhou na Universidade por 33 anos, era casado e tinha três filhos e três netos.

Mineiro, como era conhecido, deixou várias memórias alegres para seus colegas de trabalho e para a comunidade universitária. De temperamento extrovertido, José Carlos tinha o hábito de distribuir balas aos conhecidos e, por atitudes assim, marcou com alegria sua trajetória por nossa Universidade.

Professor Francisco de Paula Sattamini Flarys.
Professor Francisco de Paula Sattamini Flarys.

Professor Francisco de Paula Sattamini Flarys, Departamento de Engenharia Elétrica (17 de maio de 2016)

(1922-2016)

O Prof. Flarys começou sua carreira na PUC-Rio em 1953. Foi diretor da Escola Politécnica (EPUC) e do Instituto Tecnológico da PUC-Rio (ITUC) nos anos 1960. Engenheiro eletricista, formado pelo Instituto Militar de Engenharia (IME), em 1951, e coronel da reserva do Exército, fez cursos de Engenharia Elétrica, na Universidade de Stanford (1956), e de Física, na Universidade de Pittsburgh (1967).

No IME desde 1952, foi chefe da Seção de Medidas Elétricas da Divisão de Eletricidade e professor das cadeiras de Produção de Energia Elétrica, Máquinas Elétricas e Controles, entre 1957 e 1961. Na PUC-Rio, ensinou Complementos de Física, no curso de Matemática da Faculdade de Filosofia, e Física, Eletrotécnica, Máquinas Elétricas, e Técnica de Alta Tensão.

O atual Decano do CTC, Prof. Luiz da Silva Mello homenageou o professor, lembrando a todos em nota a sua importância para o Departamento de Engenharia Elétrica, o CTC e a PUC-Rio, Em sua atuação como professor e decano do CTC.

Ary Marques Jones. 1999. Fotógrafo Vinícius Zepeda. Acervo Comunicar.
Ary Marques Jones. 1999. Fotógrafo Vinícius Zepeda. Acervo Comunicar.

Ary Marques Jones, Membro do Conselho de Desenvolvimento da Universidade e do Conselho Fiscal da Fundação Padre Leonel Franca (6 de junho de 2016)

(1921-2016)

Descendente de ingleses, Ary Jones cursou a graduação em Engenharia nos EUA e lá se tornou Mestre em Engenharia Industrial. Serviu à Marinha do Brasil, de 1938 a 1961, quando se aposentou, tendo sido condecorado herói de guerra por sua atuação na Segunda Guerra Mundial.

Em 1958, participou da fundação do então Instituto de Administração de Gerência (IAG) da PUC-Rio, atual Escola de Negócios da Universidade, e nele foi coordenador, e professor. Dirigente da Firjan por mais de duas décadas, com atuação no Conselho Empresarial de Tecnologia, Ary Jones ressaltou a importância do trabalho da instituição ao levar o desenvolvimento para o interior do estado. Ajudou também a criar a Fundação Getúlio Vargas em São Paulo e o Instituto de Psicologia Naval.

Muito atuante no desenvolvimento de projetos de planejamento em engenharia para entidades privadas e estatais, como engenheiro esteve sempre voltado para os aspectos da moderna engenharia. Atuou, por exemplo, na implementação de tecnologias de exploração de petróleo em águas profundas pela Petrobras, empresa na qual foi um dos responsáveis pelos primeiros estudos sobre a diversidade da matriz energética brasileira.

Ary Marques Jones continuou ligado à PUC-Rio mesmo após sair do IAG, em 1976, e foi membro do Conselho de Desenvolvimento da Universidade e do Conselho Fiscal da Fundação Padre Leonel Franca.

Padre Álvaro Barreiro y Luaña S.J. Fonte: site La Voz de Galicia
Padre Álvaro Barreiro y Luaña S.J. Fonte: site La Voz de Galicia

Padre Álvaro Barreiro y Luaña S.J., Ex-Professor do Departamento de Teologia (17 de julho de 2016)

(1936-2016)

Espanhol, da cidade de Negreira, em La Coruña, o Padre Álvaro Barreiro nos deixou aos 80 anos de idade, após 62 anos de Companhia de Jesus e 49 anos de ordenação presbiteral.

Autor de vários livros sobre espiritualidade inaciana, foi professor de eclesiologia e reitor na Faculdade Jesuíta. Foi um grande pregador em retiros e exerceu muitas outras atividades acadêmicas e pastorais, e, entre elas, foi fundador do Centro Loyola de Fé e Cultura.

A Profa. Maria Clara Bingemer, do Departamento de Teologia da PUC-Rio, assim resumiu as emoções de todos que admiravam o Pe. Álvaro Barreiro S.J.:

O ano foi marcado por várias “passagens” de pessoas que fizeram parte ativa do cotidiano de nossa Universidade e a quem a mesma muito deve.  Um deles foi o jesuíta Álvaro Barreiro y Luaña.

Galego de nascimento, Pe. Álvaro veio bem jovem para o Brasil, país que adotou e amou durante toda a sua vida.  Doutorou-se na Pontifícia Universidade Gregoriana e foi por vários anos professor de Teologia Sistemática no departamento de Teologia da PUC-Rio. Chegou a ser diretor do departamento, deixando a marca de uma administração séria e dedicada.

Juntamente com os outros colegas jesuítas, saiu da PUC-Rio para iniciar o projeto da Faculdade Jesuíta em Belo Horizonte.  Ali, continuou exercendo sua docência, chegando a ocupar por alguns anos o cargo de reitor.

Em seus últimos anos de vida, dedicou-se a dar Exercícios Espirituais, sobretudo a leigos.  Essa experiência levou-o a escrever livros sobre a espiritualidade inaciana.

Foi um homem de grande sabedoria e extrema bondade.  Por trás do rosto sério escondia-se um espírito de serviço a toda prova e uma acolhida simples e sincera a todos os que de sua pessoa se aproximavam.

Que descanse em paz e interceda por essa Universidade que tanto amou e, sobretudo, pelo seu departamento de Teologia. 

Profa. Maria Clara Bingemer

 

Professor Ivo Pitanguy.  Fotógrafo Pedro Miguel. Acervo Projeto Comunicar.
Professor Ivo Pitanguy. Fotógrafo Pedro Miguel. Acervo Projeto Comunicar.

Professor Ivo Hélcio Jardim de Campos Pitanguy, Escola Médica de Pós-Graduação (6 de agosto de 2016)

(1923-2016)

O Prof. Ivo Pitanguy esteve à frente do curso de Especialização em Cirurgia Plástica da Escola Médica de Pós-Graduação da PUC-Rio desde 1963. Em maio de 2015, tornou-se Professor Emérito da PUC-Rio.

Mineiro de Belo Horizonte, o Prof. Ivo Pitanguy era graduado em Medicina pela UFRJ. Iniciou sua formação cirúrgica no Hospital do Pronto Socorro, atual Hospital Souza Aguiar. Em 1947, foi agraciado com bolsa de estudos do Institute of International Education para realizar residência, tornando-se, em 1948, Residente-Chefe no Serviço de Cirurgia Geral do Bethesda Hospital, em Cincinnati, EUA. Entre 1949 e 1961, foi Visiting Fellow em serviços de cirurgia plástica de vários hospitais e clínicas de referência: Cincinnati General Hospital; Mayo Clinic; Dr. John Marquis Converse; e diversas na França, Inglaterra, Alemanha, Suécia e Argentina.

Fundador da primeira Clínica de Cirurgia de Mão no Brasil, a Enfermaria da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, em 1949, foi também Chefe do Serviço de Queimaduras e de Cirurgia Reparadora do Hospital Souza Aguiar, no Rio de Janeiro, entre 1952 e 1955, além de chefe do Serviço de Cirurgia da Mão da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, de 1952 a 1959. Fundador e chefe do Serviço de Cirurgia Plástica da Enfermaria da Santa Casa da Misericórdia do Rio, desde 1954, foi também fundador e diretor da Clínica Ivo Pitanguy.

Ocupante da cadeira número 22 da Academia Brasileira de Letras, membro titular da Academia Nacional de Medicina e do Colégio Brasileiro de Cirurgiões; patrono da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica; membro honorário da American Society for Aesthetic Plastic Surgery (ASAPS) e de inúmeras outras entidades científicas; membro do Conselho Deliberativo do Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e Cultura (Comissão Nacional da UNESCO); presidente de honra do Centro de Estudos Ivo Pitanguy desde 1968, e da Associação dos Ex-Alunos do Professor Ivo Pitanguy desde 1974, Pitanguy foi também agraciado pelo Papa João Paulo II com o Prêmio Cultura pela Paz. Da UNESCO, recebeu o Prêmio pela Divulgação Internacional da Pesquisa Médica.

Estava casado há 61 anos com Marilu Nascimento, com quem teve quatro filhos que lhe deram cinco netos. Desportista, praticou natação, tênis, esqui, mergulho e caratê. Pouco antes de sua morte, aos 93 anos, causada por um infarto, transportou de cadeira de rodas, a tocha olímpica, pouco antes da abertura oficial dos Jogos Olímpicos do Rio. A seu último livro, uma autobiografia, lançada em 2014, deu o título Viver Vale a Pena.