O Jardim Botânico do Rio de Janeiro foi criado em junho de 1808 por D. João VI, poucos meses após a chegada da Família Real Portuguesa à cidade. Baseado nos similares existentes em Portugal desde meados do século XVIII, ele teve como seu primeiro objetivo o de aclimatar espécies de plantas nativas de diferentes regiões do Império Português - como a chamada Camellia sinensis, planta usada para a produção do chá preto. Situado em terrenos desapropriados do antigo “Engenho da Lagoa”, de propriedade de Rodrigo de Freitas (um oficial de cavalaria do exército português), ele se localizava em uma zona então distante da cidade, em área de características rurais. 

Aos poucos, no entanto, o local se transformou em espaço de lazer e passeio para os habitantes da cidade, gerando tanto o plantio de novas espécies quanto a criação de lagos e cascatas, assim como o processo de aterramento e drenagem dos pântanos para ampliar sua área. 

Em 1824 sua direção foi confiada ao frei Leandro do Sacramento, um professor de botânica que era no período um dos nomes de destaque da incipiente ciência luso-brasileira. Como resultado, o Jardim Botânico passou a atrair mais interesse entre botânicos estrangeiros interessados em conhecer a flora brasileira. Ao longo das décadas de 1830 e 1840, já sob a administração de seu sucessor, floresceram ali as palmeiras imperiais que ainda hoje servem de símbolo maior da instituição. 

Com a proclamação da República, o Jardim Botânico passou a se subordinar em 1890 ao Ministério da Agricultura. Sob a direção do botânico João Barbosa Rodrigues, se acentuou sua marca como uma instituição de pesquisa, com a criação do herbário, da biblioteca e a reorganização de estufas e viveiros. Tal vocação se acentuou ainda mais em 1915, quando tomou posse como seu diretor o médico Antonio Pacheco leão, que ficaria no cargo até o início da década de 1930. Ao mesmo tempo, ao longo daquelas décadas iniciais do século XX a área do arboreto continuou a ser incrementada, o que transformava o Jardim Botânico em um dos principais espaços de lazer da cidade. 

 

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