O Edifício Cardeal Leme foi a primeira edificação universitária do campus da Gávea. O projeto original, de autoria do engenheiro e professor da PUC-Rio Edgard Fonseca, traz a marca da modernidade arquitetônica dos anos 1950. Sua construção e inauguração, em 1955, foram manchete na imprensa carioca que identificava o prédio com a própria Universidade e registrava o intenso trabalho dos operários na construção desses primeiros alicerces e pilares do novo campus.

Nos primeiros anos, o prédio, então chamado Edifício Central, abrigava as Faculdades de Filosofia e de Direito e a Escola Politécnica, transferidas da antiga sede na rua São Clemente. Nesse momento, a chegada de padres jesuítas pesquisadores reconhecidos internacionalmente resultou na criação de novos institutos em que a pesquisa tinha papel central na formação dos alunos: o Instituto de Estudos Políticos e Sociais, o Instituto de Física, o Instituto de Química, o Instituto de Psicologia Aplicada e o Instituto Tecnológico (ITUC). Seus laboratórios logo ganharam instalações próprias, anexas ao Edifício Central, e viabilizaram programas de pós-graduação pioneiros no país.

Outras marcas de pioneirismo o acompanham. No Edifício Central funcionou o primeiro computador de grande porte na América Latina: o Burroughs-205. Inaugurado em 1960, o chamado cérebro eletrônico ocupava uma sala envidraçada no pilotis, o Centro de Processamento de Dados da PUC-Rio, e suas luzes coloridas atraiam curiosos por fascínio e também desconfiança em relação a esses sinais de novos tempos.

Em 1965, com a inauguração do Edifício da Amizade, o Edifício Central passou a ser reconhecido como “prédio velho”. Em 1968, foi rebatizado em homenagem ao cardeal fundador das Faculdades Católicas e passou a sediar os novos departamentos e demais unidades acadêmicas criados pela Reforma Universitária implementada em caráter experimental na PUC-Rio em 1967 e, no ano seguinte, em escala nacional.

Em suas sete décadas de história, o Edifício Leme testemunhou a chegada de novas áreas do conhecimento, novos sujeitos conhecedores e questões distintivas do século XXI. É um patrimônio do campus e lugar de memória de uma Universidade de pesquisa com tradição de excelência acadêmica e compromisso social, aberta aos desafios do presente e do futuro.

 

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