O Conjunto Residencial Marquês de São Vicente, conhecido como Minhocão da Gávea, foi construído nos anos 1950, quando a prefeitura, através de seu Departamento de Habitação Popular, autorizou a concorrência para o início de sua construção. Projetado pelo arquiteto Affonso Reidy, ele adotava traçado moderno semelhante ao do Conjunto Residencial Prefeito Mendes de Moraes (conhecido como Pedregulho), construído anos antes em Benfica, e tinha a proposta de acomodar os funcionários municipais de baixa renda que estavam sendo realocados das favelas da região e do Parque Proletário da Gávea. 

O projeto original previa a construção, em cinco blocos, de 748 apartamentos, além de creche, escola, área de lazer, capela, mercado e posto médico, marcando o esforço de contemplar nele todos os elementos necessários à vida cotidiana. Seu bloco principal, que foi o único a ser efetivamente construído, ficou pronto no início da década de 1960. Com 306 metros de comprimento, ele se apresentava em forma de curva, acompanhando o relevo do terreno. Contava com 8 pavimentos, nos quais se espalhavam 328 apartamentos - dos quais 192 eram duplex, compostos por dois quartos e uma sala, e 136 tinham apenas um quarto e uma sala. Embora tenha abrigado de início os moradores de baixa renda aos quais era destinado, já em 1968 muitos deles enfrentavam dificuldades para pagar a correção monetária de seus financiamentos, o que acabou por mudar o perfil de seus moradores. 

Com a construção da Autoestrada Lagoa-Barra, inaugurada em 1982, o edifício foi atravessado pela nova via, sendo construído um túnel de 500 metros de extensão que passava em meio ao prédio que levou à derrubada de 20 de seus apartamentos. O conjunto foi tombado pela prefeitura do Rio de Janeiro em 12 de novembro de 2001 por seu valor arquitetônico, cultural e histórico.

 

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