Título | Código | Data | Descrição |
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José Henrique de Carvalho (?-2021) | _ |
Graduado em Jornalismo pela PUC-Rio (1960), fez aperfeiçoamento em Ciências da Informação Coletiva pelo Centro Internacional de Estudios Superiores de Periodismo para América Latina - CIESPAL, em Quito, Equador (1965). Também era Livre Docente em Comunicação Social (Publicidade e Propaganda) pela PUC-Rio (1977), com tese sobre o alcance e as limitações da propaganda. Lecionou no Departamento de Comunicação Social de 1963 até 2002 e foi diretor do Departamento. Atuou como orientador e pesquisador em cursos de graduação e pós-graduação na PUC-Rio, na UFRJ e UERJ. Além das atividades acadêmicas, José Henrique tinha experiência em jornalismo e comunicações integradas de marketing. |
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Santuza Cambraia Naves (1953-2012) | _ |
Para seus colegas, alunos, orientandos e muitos amigos a morte tão inesperada da Profa. Santuza foi um choque e uma tristeza imensa. Alegre e cheia de vida, Santuza foi professora de antropologia do Departamento de Sociologia da PUC-Rio e pesquisadora de música popular, muito querida por seus alunos, pelos colegas do Departamento e por todos os que a conheciam na Universidade e se acostumaram a vê-la ilustrar suas intervenções em congressos e seminários sobre música brasileira cantando à capela com uma magnífica voz que enchia o auditório. Santuza era casada com o poeta e tradutor Paulo Henriques Britto, também professor da PUC-Rio, do Departamento de Letras, que acabava de publicar um livro de poesia dedicado a ela. Na missa celebrada em sua memória e presidida pelo Reitor, Prof. Pe. Josafá Carlos de Siqueira S.J., a Igreja da PUC-Rio repleta de alunos, professores e funcionários permitia ver o quanto Santuza era querida. Um de seus orientandos tocou ao violão suas músicas preferidas e alguns de seus amigos e colegas falaram sobre ela. A Profa. Santuza publicou os livros Violão Azul: Modernismo e Música Popular, Da Bossa Nova à Tropicália, A MPB em Discussão – Entrevistas, Velô e Canção Popular no Brasil. Em suas pesquisas aprofundou a questão da ruptura da hierarquia entre o erudito e o popular na música brasileira, da bossa nova como um divisor de águas cultural e o conceito de canção crítica aplicado à música brasileira posterior aos anos 1950. Dela disse o crítico, professor de literatura na USP e músico José Miguel Wisnik ao jornal A Folha de São Paulo: "Santuza acompanhou a música popular brasileira nas suas várias frentes, de maneira viva, generosa, atenta, inteligente. Abriu frentes de pesquisa, reuniu pessoas, soube extrair dos artistas os seus melhores depoimentos. Devemos ter isso bem claro e presente". A sensibilidade, a inteligência, a generosidade, a voz e o sorriso de Santuza vão fazer falta à PUC-Rio e ao mundo. Na missa de sétimo dia, concelebrada pelo Reitor da PUC-Rio, Prof. Pe. Josafá Carlos de Siqueira S.J. e pelo Pe. Luís Corrêa Lima S.J., professor do Departamento de Teologia, um de seus orientandos tocou suas músicas preferidas no violão e algumas de suas amigas, também cientistas sociais, e de seus alunos falaram sobre ela. Transcrevemos abaixo o texto lido pela professora Dulce Chaves Pandolfi, do CPDOC/FGV: De Santuza fui vizinha, amiga, madrinha, irmã e até mesmo, algumas vezes, um pouco mãe. Sem dúvida, ela era única. Aliás, foi a única Santuza que conheci. A voz, o sorriso, o cabelo, o gestual das mãos, o pigarro, a postura eram marcas registradas. Apesar de única, ela era tão grandiosa e radiosa que parecia várias. O que a movia era a paixão e por isso, as vezes, pecava pelo excesso. Apaixonada por Boa Esperança, sua terra natal, da mãe herdou a elegância e do pai, o lado mais boêmio. Muito charmosa e estilosa Santuza não gostava de modismos. Nada entendia de cozinha, nem era uma gourmet, mas adorava convidar os amigos para jantar na sua casa. Foi a única mineira que conheci que não gostava de queijo. Para ela não havia tempo ruim. Também parecia não haver meio termo. Num primeiro momento, as coisas eram muito belas ou muito feias, muito boas ou muito ruins. Felizmente as fronteiras entre esses opostos eram bastante tênues. Quando pintava a paixão, o que era feio se transformava no belo, o ruim no bom. Algumas vezes radical, era sempre profundamente generosa e conciliadora. Era um ser gregário, uma colecionadora de amigos. Por onde passava, deixava rastros. Entre os seus legados deixou um especial: “um modo Santuza de ser”. Fui apresentada a Santuza, em 1979, uma socióloga, recém- chegada de Brasília. Não perdi a oportunidade. Convidei-a para participar da entidade que estávamos tentando criar: a APSERJ, Associação Profissional dos Sociólogos do Rio de Janeiro. Rapidamente ela abraçou a causa. Depois das reuniões, a esticada no Lamas era obrigatória. E nos finais de semana, as conversas continuavam no Posto Nove. Em 1981, como representantes da APSERJ, viajamos para Santos para participar da I Conferência Nacional das Classes Trabalhadoras, a I Conclat. Entusiasmada com a militância, Santuza não só entrou para o recente criado PT, como, durante um bom período, subia as favelas, em busca de novos filiados. No Portelão, no prédio onde moramos por mais de 30 anos, criamos uma comunidade. Ali apresentei Santuza as minhas amigas. Em pouco tempo, elas se tornaram suas grandes amigas. Éramos todas “comadres”. Trocávamos açúcar, afeto, fraldas, filhos, choros e risos. Foi ali que Santuza criou uma frase que se tornou nosso hino de guerra, utilizado nos momentos de fraqueza do corpo ou da alma: “O Portelão não se rende jamais!”. No início da sua vida no Rio, Santuza fazia transcrições de fita, condução para escola infantil e quase virou cantora profissional. Cantou em alguns teatros e bares da cidade. Tínhamos uma esperança que algum empresário a descobrisse e fizesse dela uma estrela. Em 1983 ela ingressou no Museu Nacional, um marco fundamental. De forma magistral, conseguiu juntar a música, sua grande paixão, com a antropologia, sua nova paixão. Assumiu a profissão como uma vocação e fez dela mais uma paixão. A partir daí Santuza ganhou o mundo. Fez escola, criou as “santuzetes”. Quando nos conhecemos, estávamos em momentos complemente diferentes das nossas vidas. Talvez, e, até mesmo por isso, muitas foram as trocas: eu iniciando o casamento com Agostinho e Santuza finalizando seu casamento com Tonico, seu primeiro marido, o pai do Felipe e do Julio. Depois da separação, vieram algumas paixões. Umas rápidas, outras mais longas. Todas passageiras. Foi em 1986 que Santuza, pura paixão, conheceu Paulo, sua alma gêmea, mas que era pura razão. Ele passou a tomar conta de Santuza de forma integral. A casa entrou em outro ritmo. Tudo super organizado. Felipe e Julio passaram a ser, também, filhos do Paulo. Melhor do que ninguém, ele conseguia controlar as cervejas da Tuzinha: eram apenas três por noite. Confesso que no início senti ciúmes. Mas Paulo era um poeta diferente dos que eu havia conhecido: ele lavava louça, consertava computador, desentupia pia, trocava lâmpada. E o que era melhor: essas pequenas e fundamentais coisas que ele fazia na casa dele, ele também fazia na casa das amigas da Tuzinha. Aí Paulo nos conquistou. E aos poucos fomos descobrindo que Paulo havia vindo para ficar. Seria e, de fato, foi o maior e definitivo amor de Santuza. Nos últimos dias, muitos de nós, acordamos e dormimos atormentados por uma questão: “como é viver num mundo sem Santuza?” Embora a experiência seja muito recente, já deu para perceber que o mundo sem Santuza é um mundo menos azul, com menos paixão, pouco violão e, certamente, com muito menos canção. Diante de tudo isso só nos resta plagiar Paulo e repetir: para Santuza, sempre. Alguns amigos da PUC-Rio compartilharam as mensagens publicadas a seguir: "O Reitor da PUC-Rio vem manifestar sua solidariedade aos Departamentos de Sociologia e Política e Engenharia Civil pelo falecimento dos Professores Santuza Cambraia Naves e Erlane Ferreira Soares que colaboraram academicamente com a nossa Universidade. Peço a Deus que conforte as famílias dos respectivos professores, na certeza de que os mesmos estarão intercedendo por todos nós na morada eterna." "Caros colegas, "Tristeza profunda "Estou absolutamente chocada com o falecimento de Santuza. Brilhante professora, pesquisadora, autora e belíssima pessoa da mais alta qualidade humana. "Surpresa e atônita! "Aos colegas do departamento de Sociologia e Política envio o sincero pesar pelo falecimento da Profa. Naves." "Pêsames pelo falecimento da nossa querida colega Santuza. São os sentimentos de todos os professores e funcionários do Departamento de Serviço Social." |
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Alessandro Rodrigues Rocha (1973-2019) | _ |
(26 de janeiro de 2019) Com extensa formação acadêmica, o prof. Alessandro Rocha possuía graduação em Teologia pelo Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil (STBSB) e pelo Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora e graduação em Filosofia pela Universidade Católica de Petrópolis, era especialista em Ciências da Religião pela UGF e especialista em Educação pela PUC-Minas; possuía mestrado em Teologia pelo STBSB, mestrado em Humanidades, Culturas e Artes pela UNIGRANRIO, doutorado em Teologia pela PUC-Rio, pós-doutorado em Letras pela PUC-Rio e pós-doutorado em Teologia pela Universidade Católica Portuguesa. Era diretor do Instituto Interdisciplinar de Leitura (iiLer) da PUC-Rio, pesquisador da Cátedra UNESCO da PUC-Rio, professor da FAECAD e da Faculdade Unida, de Vitória, além de pastor da Igreja Batista, em Itaipava. Autor de mais de 20 livros, Alessandro dava palestras e participava de seminários e conferências pelo Brasil. O Reitor Pe. Josafá Carlos de Siqueira S.J. comunicou com pesar a morte do prof. Alessandro: “Peçamos a Jesus Cristo que o acolha na pátria definitiva e eterna, pois além de acadêmico, Alessandro foi um divulgador e pregador da Palavra de Deus. Nossas orações e solidariedade também com seus familiares”. |
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Francisco Mauro Dias (1932 - 2011) | _ |
Doutor em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, trabalhou na PUC-Rio de 1970 até falecer, em 2011. Foi diretor do Departamento de Direito entre 1996 e 2001 e atuou como professor de graduação e de pós-graduação. No dia 17 de Novembro de 2010, foi homenageado em reunião do Conselho Universitário com a medalha comemorativa dos 70 anos da PUC-Rio. O professor Francisco Mauro Dias teve intensa participação na vida pública na Procuradoria Geral do Estado do Rio de Janeiro, na Procuradoria da Assembleia Legislativa e na Secretaria de Estado de Administração do Rio de Janeiro. Na PUC-Rio, além do muito que contribuiu com sua produção acadêmica, orientou 10 dissertações de mestrado e 30 monografias de final de curso de graduação. Participou de órgãos colegiados do Departamento de Direito, do Centro de Ciências Sociais e do Conselho de Ensino e Pesquisa da PUC-Rio e foi Diretor do Departamento de Direito entre 1996 e 2001. Seus colegas do Departamento de Direito, seus alunos e os muitos amigos que fez na PUC-Rio guardam a lembrança de sua competência acadêmica, de sua ponderação e de sua figura humana sempre próxima e solidária. |
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Salete Maria Polita Maccalóz (?-2017) | _ |
(02 de fevereiro de 2017) A Desembargadora Federal Salete Maria Polita Maccalóz era natural da cidade gaúcha de Soledade. Formada em Direito pela Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul em 1972, concluiu seu mestrado em direito pela PUC-Rio em 1981 e era doutora em Comunicação e Cultura pela UFRJ. Foi docente da UERJ e da UFRJ, e professora do Departamento de Direito da PUC-Rio entre 1977 e 1997. A então juíza, nas décadas de 1980 e 1990, se notabilizou por sua coragem em decisões que envolviam movimentos sociais e sindicais, num contexto político e social difícil para a classe trabalhadora. Faleceu aos 70 anos de idade. |
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Norbert Fritz Miekeley (1939 - 2013) | _ |
O Professor Miekeley, por muitos anos professor do Departamento de Química, era mestre em Química e Físico-Química pela Freie Universität de Berlim e doutor em Química Nuclear e Físico-Química pela Technische Universität de Berlim. Suas pesquisas na área de Química, com ênfase em Análise de Traços e em Química Ambiental faziam dele um pesquisador com atuação interdisciplinar. Foi um dos primeiros professores do Departamento, para onde veio a convite do Prof. Pe. Leopoldo Hainberger S.J., fundador do Departamento de Química da PUC-Rio. Foi Coordenador de Pós-Graduação e Pesquisa do Departamento de Química e participou em vários órgãos colegiados do Departamento e do CTC. Com ampla experiência internacional de pesquisa, foi Membro convidado pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), coordenador do projeto internacional "Poços de Caldas" que teve participação da Suécia, Suíça, Inglaterra, Estados Unidos e do Brasil e foi responsável pelos laboratórios de Espectrometria de Massas (ICP-MS), Espectrometria Nuclear e Espectrometria de Emissão Atômica do Departamento de Química. Foi ainda bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq, pesquisador do Centro de Pesquisas Nucleares de Jülich (KFA), Alemanha, pesquisador convidado pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), no âmbito do acordo bilateral Brasil/Alemanha e pesquisador do Instituto Hahn Meitner de Berlim. Sua morte é uma grande perda para a PUC-Rio e, em particular, para o Departamento de Química, tal como resume a Diretora do Departamento Química em mensagem que fez circular pela rede interna da Universidade: "Norbert Miekeley, Colega e Amigo de mais de 30 anos, partiu hoje para sua viagem final, após muitos meses de luta contra um câncer. O Professor Miekeley foi um dos primeiros a chegar ao Departamento de Química através do programa de cooperação com a Alemanha. Veio para ficar, amava o Rio, o Brasil, e dedicou sua vida de trabalho em ciência e ensino à PUC-Rio. Foi responsável pela implantação da área de Química Nuclear no Departamento e mais tarde, pioneiro no Brasil em desenvolvimentos de métodos espectrométricos avançados usando ICP-MS. Apesar de já estar aposentado, continuou a colaborar como Pesquisador Conveniado à frente de projetos de pesquisa em parceria com o CENPES/Petrobras. Foi orientador de inúmeras teses e dissertações e era reconhecido no país e no exterior como especialista de primeira linha na espectrometria. O Departamento de Química está de luto pela perda de mais um de seus membros preciosos e se solidariza com a família do Professor Miekeley nesta hora de tristeza. Professora Ângela Wagener Além da mensagem da Professora Ângela, muitas outras de colegas da Química e amigos de toda a Universidade circularam pela rede, todas elas atestando sua importância para a comunidade acadêmica dos químicos e para a PUC-Rio. |
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Johan Maria Herman Jozef Konings S.J. (1941-2022) | _ |
Pe. Konings S.J. (04/09/1941-21/05/2022) foi professor de Exegese Bíblica na PUC-Rio entre 1984 e 1985. Nascido na Bélgica, em 1941, possuía Licenciatura em Filosofia (1961), em Filologia Bíblica (1967) e Licenciatura (1967) e Doutorado em Teologia (1977) pela Katholieke Universiteit Leuven. Depois de sua chegada ao Brasil, em 1972, lecionou, no campo da Teologia e da Exegese Bíblica, em Porto Alegre, na PUCRS, e na PUC-Rio (1984-1985), até tornar-se, desde 1986, professor de Novo Testamento na Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (FAJE), em Belo Horizonte, Minas Gerais, que, em 2011, lhe conferiu o título de Professor Emérito. Foi organizador da Tradução Ecumênica da Bíblia (1994), da Tradução da Bíblia da CNBB (2001; atualizada como tradução oficial em 2018) e da tradução do Compêndio dos símbolos, definições e declarações de fé e moral, de Denzinger & Hünermann (2007; 2. ed. 2013). Participou como perito na XII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos em Roma (2008). Membro da Society of New Testament Studies (SNTS) e da Associação Brasileira de Pesquisa Bíblica (ABIB). Assessor das Edições Loyola (2018-2022), fez o acompanhamento editorial das edições da Bíblia da CNBB (2018-2022). O Pe. Johan Maria Herman Jozef Konings, S.J. faleceu em Belo Horizonte. Ele tinha 80 anos de idade, 56 de sacerdócio e 37 de Companhia de Jesus. Viveu a maior parte de sua vida como jesuíta em Belo Horizonte, como professor da FAJE, onde também foi diretor da Faculdade de Teologia e, posteriormente, reitor, entre 1999 e 2001. Mas seu trabalho se estendeu para além da sala de aula, pois tornou-se um exegeta de renome internacional. Nota da FAJE, Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia: A Igreja Católica do Brasil deve muito ao Pe. Konings, homem com qualidade humana, espiritual, acadêmica e pastoral tamanhas que se tornam como que provocações para todas as novas gerações que se aventurem a se colocar à escuta da Palavra. Seu legado permanecerá por décadas entre nós, mas, para além de tudo o que escreveu, ensinou, traduziu, conseguiu captar o mistério que se deu a conhecer nessa grande biblioteca da humanidade que é a Bíblia, o que permanecerá sempre no coração de todos os que tiveram a graça de conhecê-lo e conviver com ele. O que ele entendeu da Palavra e o que disse por meio de palavras, tornou-se carne em sua vida e na vida de todos os que se deixaram ensinar e guiar por ele. |
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Amarilho Checon S.J. (1926-2015) | _ |
O Padre Amarilho Checon S.J. foi Vice-Reitor Comunitário, decano do CTC, professor do Departamento de Física e coordenador do Centro de Pastoral Anchieta da PUC-Rio. Era natural do estado do Espírito Santo e residiu em Nova York após sua aposentadoria, tendo retornado recentemente ao Brasil. De personalidade carismática, o líder religioso era bastante popular e respeitado na comunidade brasileira, com destaque para a católica, mas também em outras denominações religiosas. Pssuía o grau de PhD em Física Nuclear e foi decano dos jesuítas em Nova York. Após se aposentar do sacerdócio e da vida acadêmica, em meados da década de 1990, o Padre Checon imigrou para Nova York com o objetivo de ajudar a então crescente comunidade brasileira na cidade. Em companhia do Comandante Vicente Bonnard, ele fundou o Conselho da Comunidade e representou os habitantes brasileiros de Nova York durante as reuniões realizadas pelo Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, em diversos encontros ocorridos no Rio de Janeiro. Sempre dedicado a ajudar os necessitados, o Pe. Checon prestou imensa ajuda aos brasileiros afetados, diretamente ou indiretamente, pelos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, em Manhattan (NY). Em decorrência desse trabalho beneficente e comunitário, ele foi agraciado com a Ordem de Rio Branco, a maior comenda do gênero concedida pelo Governo do Brasil. Ainda nos EUA, o líder religioso ajudava nas atividades nas paróquias de Queens e New Rochelle, ambas na região metropolitana de Nova York. Retornando ao Rio, mesmo com problemas de saúde, prestava ajuda à comunidade sempre que solicitado. Morava na residência dos padres jesuítas na Rua Marquês de São Vicente, na Gávea, quando faleceu. (Ex- Vice-Reitor Comunitário) (+10 de março de 2015) |
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Marli Eliza Dalmazo Afonso de André (?-2021) | _ |
Professora da pós-graduação em Educação da PUC-Rio, entre 1978 e 1986, Marli Eliza Dalmazo Afonso de André concluiu o mestrado em Educação em nossa Universidade, em 1976. Era graduada em Letras pela USP (1966) e em Pedagogia pela Universidade Santa Úrsula, do Rio (1973) e seu doutorado em Psicologia da Educação (1978) foi cursado na University of Illinois em Urbana-Champaign (EUA). Professora titular aposentada da Faculdade de Educação da USP, desde 2000, integrava o corpo docente do Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação: Psicologia da Educação, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Em nota, o Programa de Pós-Graduação em Educação da PUC-SP expressou seu pesar: A área da Educação e a PUC-SP perdem uma das pesquisadoras mais respeitadas do país, que, com sua experiência, ética e compromisso tornou-se uma referência para nós. Seu legado será honrado pelos colegas professores e pesquisadores e pelos alunos e orientandos de toda uma vida. O GT 08 (Formação de Professores) da Anped (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação) também destacou o legado deixado pela profa. Marli de André para a educação brasileira, por meio de suas pesquisas no campo da Formação de Professores e da Didática: Uma pesquisadora dedicada, responsável, estudiosa, generosa com a formação dos seus alunos de doutorado, mestrado, graduação e, na educação básica, nas escolas públicas de São Paulo. Uma pesquisadora, professora e mulher notável. Nosso profundo agradecimento! A Profa. Menga Lüdke (EDU), também a homenageou e convidou a manter “viva a sua presença no trabalho e na luta pela educação que nosso país precisa”.
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Ricardo Henrique Salles (1950-2021) | _ |
O prof. Ricardo Henrique Salles nos últimos anos era professor da UNIRIO. Fez graduação em História e pós-doutorado na PUC-Rio e foi professor da Universidade entre 1999 e 2002. Pesquisador do CNPq, publicou livros de referência para a historiografia brasileira. Nota do prof. Pedro Claudio Cunca Brando Bocayuva Cunha (IRI): Nosso grande companheiro e amigo, Ricardo Salles acaba de falecer [...]. Professor, historiador, pesquisador, escritor com uma larga trajetória de militância política. Foi preso durante a ditadura, esteve na clandestinidade como dirigente da APML. Estudioso da escravidão e do Brasil no século XIX, coordenava o Grupo Gramsci e a Modernidade. Nota de pesar da Escola de História da UNIRIO: Ricardo teve uma trajetória tão incomum quanto brilhante. Entrou na vida acadêmica depois de participar intensamente da resistência contra a ditadura militar nos anos 1970 e 1980. Ao ingressar na pós-graduação em História na UFF, já havia publicado dois livros autorais que marcaram a historiografia brasileira: Guerra do Paraguai: escravidão e cidadania na formação do Exército (1990) e Nostalgia Imperial: a formação da identidade nacional no Brasil do Segundo Reinado (1996). Ricardo ainda publicou três livros autorais: Joaquim Nabuco: um pensador do Império (2002), produto de sua tese de doutorado; Guerra do Paraguai: memórias & imagens (2003) e O Vale era o escravo. Vassouras, século XIX. Senhores e escravos no coração do Império (2006). Desde então, vinha se dedicando a estudar e a discutir o conceito de Segunda Escravidão no Brasil. Agregador e generoso, Ricardo construiu parcerias sólidas ao longo de sua trajetória intelectual. Organizou seminários e coletâneas, liderou os grupos de pesquisa “Gramsci e a Modernidade” e “O Império do Brasil e a segunda escravidão” e orientou inúmeros alunos na graduação e na pós-graduação. |
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Judith Felcman (1942 - 2012) | _ |
A Professora Judith Felcman, do Departamento de Química da PUC-Rio, faleceu no dia 16/03/2012. Alguns amigos da PUC-Rio compartilharam as mensagens publicadas a seguir. Prezados colegas da Divisão de Química Inorgânica, Hoje, é uma das áreas mais férteis dentro da Química, principalmente por conjugar os princípios e diversidade dos elementos inorgânicos com os processos da vida, transpondo a Tabela Periódica dos Elementos para a Bioquímica. Sua trajetória acadêmica na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, desde 1978 até o presente, é repleta de contribuições importantes para o ensino, pesquisa e extensão. Coordenou inúmeras atividades e comissões estatutárias, incluindo a de Pós-Graduação e foi Diretora do Departamento de Química da PUC-Rio. Conduziu um grande número de projetos, tanto acadêmicos como aplicados à área de Petróleo, com captação de recursos e produção de resultados relevantes para a Petrobras. Orientou 48 teses de mestrado e doutorado, e atualmente tem 54 artigos publicados em periódicos indexados, 3 livros, 4 capítulos de livro e mais de uma centena de comunicações em congressos nacionais e internacionais. No âmbito nacional e internacional, Judith Felcman tornou-se bastante conhecida e respeitada por sua intensa participação em atividades científicas, frequentando ou organizando congressos e eventos. Na área de Química Inorgânica, a realização do IV Simpósio Nacional de Química Inorgânica na PUC-Rio, em 1988, sob sua coordenação, foi um marco importante para o desenvolvimento da área no Brasil. Foi delegada do Brasil e membro da Comissão de Dados e Constantes de Equilíbrio da IUPAC (International Union of Pure and Applied Chemistry) de 1996 a 1999. Tem prestado serviços importantes para as agências e órgãos de fomento, revistas científicas, e participado constantemente em bancas examinadoras de teses e concursos públicos. Sua atuação e respeitabilidade contribuiu para elevar o conceito do Departamento de Química da PUC-Rio no cenário nacional e internacional. Veja também a matéria publicada no Portal PUC-Rio Digital. |
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Miguel Serpa Pereira (1940-2019) | _ |
(4 de fevereiro de 2019) O prof. Miguel Pereira fez sua graduação em Ciências Sociais pelo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ e possuía mestrado e doutorado em Artes e Cinema pela Escola de Comunicações e Artes (ECA), da USP. Era também licenciado em Ciências Sociais pela Faculdade de Educação da UFRJ e graduado em Filosofia pelo Curso Superior de Filosofia do Seminário Arquidiocesano de São José do Rio de Janeiro. Professor da Graduação do Departamento de Comunicação Social da PUC-Rio, desde 1975, e da Pós-Graduação, desde 2003, foi coordenador do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da PUC-Rio, de agosto de 2005 a março de 2015. Foi crítico de cinema de O Globo, de 1966 a 1983, e repórter da revista Manchete e do semanário Domingo Ilustrado, para o qual também exerceu a crítica de cinema, de 1971 a 1973. O prof. Miguel Pereira foi o responsável pela coordenação geral do Projeto Comunicar, da Vice-Reitoria Comunitária, entre 2010 e março de 2015 e de 2017 até os dias atuais. Em 2017, foi condecorado com a Menção Honrosa Ir. Dorothy Stang, por sua atuação na organização do Prêmio Margarida de Prata, concedido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. O presidente da Comissão de Comunicação da CNBB, Dom Darci José Nicioli, emitiu uma nota de gratidão pelos serviços de Miguel Pereira: “Nós, os comunicadores da Igreja no Brasil, nos levantamos para aplaudir a vida desse homem cheio de fé, dedicado a seu ofício e esperançoso de Deus!”. O Reitor da PUC-Rio, Pe. Josafá Carlos de Siqueira S.J., também destacou o trabalho do professor por mais de 40 anos na Universidade. “Nossa eterna gratidão a esse grande homem, que dedicou sua vida ao Departamento de Comunicação da PUC-Rio.” O Departamento de Comunicação Social na fala de seu diretor, o prof. Leonel Azevedo de Aguiar, representou seus colegas quando lamentou o falecimento “do querido Professor Miguel Serpa Pereira, a quem devemos boa parte da nossa história e memória”. |
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Anselmo Salles Paschoa (? - 2011) | _ |
O Prof. Anselmo Paschoa atuou no Departamento de Física da PUC-Rio entre os anos de 1965 e 2005. Foi também Diretor da Comissão Nacional de Energia Nuclear de 1990 a 1992 e, a partir de 2005, passou a desenvolver suas atividades acadêmicas na UERJ. Na PUC-Rio orientou 5 dissertações de mestrado e 3 teses de doutorado. O Prof. Luis Carlos de Menezes, da USP, que estava com o professor Anselmo em uma reunião da Comissão de Acompanhamento do Programa Nuclear Brasileiro, na sede paulista da Sociedade Brasileira de Física (SBF) quando o professor teve a crise cardíaca da qual não se recuperou, assim se manifestou sobre ele: “deixou nosso convívio da forma com que sempre viveu, afirmativo e íntegro. Fará imensa falta a seus companheiros de trabalho nos muitos ambientes em que atuava.” |
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Marcio Eduardo Brotto (?-2017) | _ |
(04 de fevereiro de 2017) Marcio Eduardo Brotto graduou-se em Serviço Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1996) e fez seu Mestrado (1998-2000) e o Doutorado (2008-2012) em Serviço Social pela PUC-Rio, no tema Seguridade Social, com ênfase em Assistência Social e Saúde. Professor do Departamento de Serviço Social, foi coordenador departamental do Programa de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) e líder do Núcleo Integrado de Estudos e Pesquisas em Seguridade e Assistência Social (NIEPSAS), desenvolvendo pesquisas de Iniciação Científica. Marcio foi por duas gestões conselheiro do CRESS/RJ. Profissional sempre preocupado e comprometido com a questão social e os direitos humanos, segundo a Profa. Andreia Clapp Salvador, diretora do Departamento de Serviço Social, dedicou-se ao exercício profissional e à formação profissional de qualidade. Foi com muita tristeza que a comunidade acadêmica se despediu desse profissional comprometido com os princípios e valores de sua profissão e do mestre dedicado: Nós que tivemos a oportunidade de aprender e conviver com ele sentiremos muita falta do nosso "espetáculo". Centro Acadêmico de Serviço Social da PUC-Rio
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Eneida do Rêgo Monteiro Bomfim (1925 - 2013) | _ |
Morreu na noite do dia 08 de fevereiro a Profa. Eneida do Rêgo Monteiro Bomfim. Grande colaboradora da Administração Central da PUC-Rio e pesquisadora reconhecida na área de Letras, Eneida era, principalmente, um ser humano extraordinário. Muito querida por colegas, funcionários e ex-alunos, a Profa. Eneida nos deixou nesse início de fevereiro e sua figura ao mesmo tempo doce e firme será sempre lembrada com carinho por todos os que tiveram o privilégio de trabalhar e conviver com ela. Eneida era bacharel e licenciada em Letras Clássicas pela Universidade Santa Úrsula, mestre em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e Livre-docente em Língua portuguesa também pela PUC-Rio. Era Professora Emérita da PUC-Rio e, por muitos anos, atuou como professora do Departamento de Letras. Foi também por longos anos Decana do CTCH. Seus trabalhos em semântica e sintaxe e português arcaico fizeram dela uma pesquisadora reconhecida na área de Linguística Histórica. Os inúmeros e-mails de professores e Departamentos de todos os Centros que circularam pela rede da PUC-Rio, alguns deles reproduzidos aqui, são testemunho do quanto Eneida era valorizada e querida pela comunidade acadêmica tanto por seu trabalho intelectual quanto por suas qualidades humanas e por sua capacidade de contribuir para o coletivo da PUC-Rio. Nos últimos anos, já como Professora Emérita, Eneida se dedicava com entusiasmo a dar continuidade ao monumental Dicionário iniciado pelo Padre Magne. Mensagens enviadas sobre a Profa. Eneida Bomfim: "Prezados professores, "Eneida foi uma das melhores e mais leais colaboradoras que tive, durante meus anos como Reitor. Sempre disposta, sempre alegre, sempre amiga. "Prezados Professores "Em meu nome e de todo o Centro de Teologia e Ciências Humanas, no qual a Professora Eneida do Rêgo Monteiro Bomfim exerceu destacada liderança, tendo sido, por largo período, estimada Decana, tanto por sua competência acadêmica e administrativa, quanto por sua delicadeza e atitudes éticas, apresento, neste momento de dor, a seus familiares, amigos e membros de nossa Universidade votos de condolências, unindo-nos a todos em oração." "Caríssimos "Em nome do Centro Técnico Científico e em meu próprio, gostaria de expressar nosso pesar pelo falecimento da Professora Eneida do Rêgo Monteiro Bomfim, do Departamento de Letras. Eneida, com quem tive a oportunidade de trabalhar constantemente quando Decana do CTCH, além de extremamente competente era uma destas raras pessoas que conseguem combinar generosidade e delicadeza no trato pessoal com firmeza de princípios. "Em meu nome e de toda a Coordenação Central de Pós-Graduação e Pesquisa, manifesto profundo pesar pela perda da excelente acadêmica, que tantos serviços prestou à PUC-Rio, da grande amiga e ser humano que foi a Professora Eneida, e solidariedade a seus familiares, em especial a sua filha Cristina, amigos e colegas." "Queridos amigos, "Comparto seu pesar, Julinho, mesmo sabendo que sua vida foi apenas transformada." "Em nome de meus colegas do Departamento de Ciências Sociais faço coro às lindas palavras já escritas nesta lista sobre a colega Eneida, e que sua família encontre o conforto, na certeza de que ela já está em paz." "Caros Colegas, "Colegas e amigos, "Queridos colegas e amigos, “Querido Karl e colegas de Letras, "Conheci a Professora Eneida, e manifesto os sentimentos aos familiares e desejo que o Senhor lhe conceda a recompensa dos justos.” "É com pesar que recebemos a notícia da morte de Eneida. Unimo-nos a sua família e amigos na dor e na esperança da ressurreição." "Em meu nome e do Departamento de Educação manifesto meu carinho e pesar a toda sua família, em particular às filhas Inês e Cristina." "Como diretora e coordenadora da Pós-Graduação em Educação nos anos 1990, venho manifestar a minha tristeza pela morte de Eneida. Foi uma pessoa extremamente compromissada com a excelência acadêmica de nossa universidade. "O Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem lamenta profundamente a perda da Professora Eneida – Professora Emérita, fundadora do Programa de Pós-Graduação em Letras da PUC-Rio, para cujo crescimento e solidificação contribuiu enormemente como docente, pesquisadora e coordenadora, aliando sabedoria, solidariedade e generosidade com o ser humano. Ainda ativa no atual Programa de Estudos da Linguagem, deixa grande saudade entre colegas, funcionários e alunos. Que os valores que Eneida representa permaneçam orientando nossas ações." "Comunicamos por meio desta nosso pesar pelo falecimento da Professora Eneida. À família, amigos e colegas, os nossos melhores sentimentos." "O Diretor do Departamento de Matemática, Professor Lorenzo J. Díaz, e o corpo docente do Departamento manifestam grande pesar pela perda da Professora Eneida do Rêgo Monteiro Bomfim, do Departamento de Letras." "Mais uma vez cumpro a missão, como diretor do Departamento de Geografia, de enviar aos inúmeros amigos, ex-alunos, ex-colegas de trabalho e a todas as pessoas que tiveram a sorte de passar pela vida da Professora Eneida o nosso pesar pela perda de mais uma pessoa fundante da memória da PUC-Rio." "Em nome do Departamento de Psicologia, expresso sinceros votos de pesar pelo falecimento da inesquecível Professora Eneida." |
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Pina Maria Arnoldi Coco (-2022) | _ |
Pina Coco (-10/08/2022) era graduada em Letras Neolatinas pela Universidade de São Paulo (1962), com mestrado pela Université d’Aix-Marseille III (1970) e doutorado em Letras pela PUC-Rio (1990). Era professora do quadro principal do Departamento de Letras, com ênfase em Literatura Brasileira, atuando principalmente nos temas: telenovela, literatura, cinema, formas biográficas e formas ficcionais. Na introdução a uma entrevista com Pina Coco para o blog PET-Letras, da PUC-Rio, em 2013, os redatores escreveram: Por mais que Nelson Rodrigues tenha dito que toda unanimidade é burra, há algo unânime em relação aos estudantes de Letras da PUC–Rio que em nada é atrelado à burrice: a admiração e o carinho pela professora Pina Arnoldi Coco. Admiradora da obra de Nelson, ela orientou pesquisas e teses de mestrado em que pôde auxiliar jovens interessados pelo trabalho dele. Mas não é somente sobre Nelson ou sobre os aspectos curriculares de Pina Coco que pretendemos falar aqui. Pina é acima de tudo uma apaixonada pelos alunos e pela arte de ensinar, e daí vem o imenso carinho e respeito que todos sentem por ela. |
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Hilton Ferreira Japiassu (1934-2015) | _ |
Hilton Ferreira Japiassu nasceu em Carolina, no Maranhão, no dia 26 de março de 1934. Licenciado em Filosofia pela PUC-Rio em 1969, possuía Pós-Graduação em Filosofia pela Université des Sciences Sociales de Grenoble (1975) e Pós-Doutorado em Filosofia pela Université des Sciences Humaines de Estrasburgo, na França (1985). Foi Professor Associado nos cursos de Graduação e Pós-Graduação do Departamento de Filosofia da PUC-Rio (1975 a 1985) e, desde 1978, Professor Adjunto de Epistemologia e História das Ciências no Departamento de Filosofia da UFRJ. Orientou 20 dissertações de Mestrado e dez teses de Doutorado, participou de 40 bancas examinadoras de Pós-Graduação e foi pesquisador do CNPq de 1987 a 1996. Tradutor de mais de 15 livros de História da Filosofia, foi autor de inúmeros títulos sobre o tema. Faleceu em casa, no Rio de Janeiro, em 27 de abril, aos 81 anos, em decorrência de um infarto. (ex-professor do Departamento de Filosofia) (+27 de abril de 2015) Japi, como era conhecido de todos, era frade da Casa São Tomás de Aquino e celebrava missa aos domingos na Capela Nossa Senhora das Graças, na favela Chapéu Mangueira, no Leme. Segundo o teólogo Leonardo Boff: A singularidade do Prof. Japiassu foi entreter um diálogo profundo com as várias ciências humanas com a intenção de compreender mais radicalmente o ser humano. Seu tema era mais que a interdisciplinaridade. Era a transdisciplinaridade, quer dizer, o que existe para além das próprias ciências e como todas elas devem convergir na compreensão do que seja a realidade, a sociedade, o mundo, e a vida e o ser que estão sempre para além de qualquer saber. A Profa. Sonia Kramer (EDU) também relembrou o professor tão admirado: Japi – como todos o chamavam – me ensinou que não há possibilidade para a ciência humana se ela não se pensa a si mesma, não se coloca em questão, se desumaniza. Li inúmeros de seus livros, que sempre me surpreendiam pela lucidez, pela erudição e principalmente pela cumplicidade com o homem e pela indignação com a desistência de pensar, a burocratização do conhecimento, que se torna cada vez mais instrumental. A dimensão machista da ciência, Pedagogia da incerteza, Nascimento e morte das ciências humanas, Introdução ao pensamento epistemológico, Psicanálise: ciência ou contraciência?, As paixões da ciência, Nem tudo é relativo: a questão da verdade, e tantos outros, me ajudaram a compreender a importância de perguntar, de pensar, de se indignar. |
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Drauzio Rodrigo Macedo Gonzaga (?-2021) | _ |
O Departamento de Comunicação Social recebeu com grande pesar a notícia do falecimento do professor Drauzio Gonzaga, que, durante anos, fez parte do quadro docente da PUC-Rio e formou várias gerações. Conforme a nota do Departamento, À fala fácil, Drauzio somava uma inquietação reflexiva para a qual convergiam comunicação, filosofia, sociologia, política, cinema. A mistura despertava o reconhecimento e os sorrisos de colegas, alunos, funcionários. Embalava prosas muitas vezes inflamadas, invariavelmente regadas de humor, ironia, generosidade intelectual. Segundo a profa. Tatiana Siciliano, diretora do Departamento de Comunicação Social, Com Drauzio, a sala dos professores se transformava sempre em encontros felizes. Reuniam-se afetos que estimulavam reflexões e debates acalorados. Doutor em Filosofia pela UFRJ, onde graduou-se em Ciências Sociais, o prof. Drauzio era sinônimo de uma boa resenha e assim foi lembrado em mensagens enviadas por seus antigos alunos e colegas, com várias histórias sobre aprendizados e convívio. |
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Maria Isabel Mendes de Almeida (?-2021) | _ |
(2 de novembro de 2021)2 A profa. Maria Isabel Mendes de Almeida era Pró-Reitora de Pós-Graduação e Pesquisa na Universidade Candido Mendes (UCAM), Coordenadora do CESAP (Centro de Estudos Sociais Aplicados) onde funciona o NES (Núcleo de Estudos em Subjetividade - dedicado à pesquisa das culturas jovens urbanas) e professora do Departamento de Ciências Sociais da PUC-Rio. Nota do Departamento de Ciências Sociais: O Departamento de Ciências Sociais da PUC-Rio está de luto. Perdemos tragicamente nossa querida Maria Isabel, para amigas e amigos, Bebel. A história de Maria Isabel com a PUC-Rio teve início na década de 1970, quando foi aluna do então Departamento de Sociologia e Política. Desde a década de 1990, tornou-se professora deste Departamento, sempre de forma muito dedicada e comprometida com o conhecimento de ponta na Sociologia e na Antropologia, em especial em questões afetas às culturas juvenis, sua principal especialidade. Ficaremos com as lembranças dos ótimos momentos de trocas intelectuais, de debates acadêmicos em nossos seminários e nas atividades rotineiras, em que Isabel sempre deixou a marca do profundo envolvimento e paixão pela atividade de pesquisadora e docente. Colegas, funcionárias e estudantes lamentamos profundamente a partida definitiva daquela que foi tão próxima e querida por quase três décadas. |
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Reinaldo Calixto de Campos (1955 - 2012) | _ |
O Prof. Calixto era doutor em Química pela PUC-Rio e integrava o quadro de docentes desde 1977. Era decano do CTC desde 2006, e fora antes vice-decano de Graduação. Faleceu em decorrência de um câncer diagnosticado há alguns meses. Tinha 57 anos, e faleceu o dia 07/02/2012. Veja mais em matéria no Portal PUC-Rio Digital. Alguns amigos da PUC-Rio compartilharam as mensagens publicadas a seguir: "Prezados professores, alunos e funcionários da comunidade universitária da PUC-Rio, "Com enorme tristeza e não sem certa surpresa recebi a notícia do falecimento do nosso querido Professor e Decano, Reinaldo Calixto. Além de admirá-lo pelas suas qualidades e talentos profissionais, aprendi a apreciar ainda mais a sua 'humanidade', sabedoria e bondade, durante o período da sua doença e aparente recuperação. À sua família o nosso pesar e as nossas orações." "Caros colegas, "Não imaginava há poucos dias atrás.... parece que havia esperança. Foi o tipo de câncer que também vitimou o saudoso prof. Bocater. Para todos nós que aprendemos a apreciar suas inúmeras qualidades, fica a saudade... "Prezados colegas "O desaparecimento do grande amigo e colega Reinaldo é um golpe duríssimo para todos nós. Que o entusiasmo e o otimismo com que ele sempre nos contagiou, em sua incansável dedicação à PUC, possa nos servir de permanente inspiração. À sua esposa, filhos e demais parentes, em nome de toda a CCPG, o nosso sentimento de profundo pesar." "Prezados Colegas e familiares do Prof. Reinaldo Calixto, Decano do CTC "Nosso Reinaldo C. Campos "Reinaldo Calixto - dois registros adicionais sobre um mestre compromissado com a causa do ensino "Reinaldo estará para sempre conosco. Preservemos seus inúmeros exemplos de vida e solidariedade cotidianos." "Hoje mais restabelecida pela triste notícia de falecimento do Prof. Reinaldo, me permito dizer algumas palavras. "Gostaria de expressar meus profundos sentimentos à família do Prof. Reinaldo Calixto, assim como aos seus amigos e colegas de trabalho. Ele foi realmente uma pessoa brilhante, parceiro em várias atividades acadêmicas e um amigo muito especial. Todos sentiremos a sua falta enormemente. "Certamente que nosso amigo Reinaldo, na nova experiência que ora inicia, obterá o mesmo sucesso da que acabou de finalizar! "Notícias do Reinaldo Calixto de Campos De: Reinaldo Calixto "Surpresa e tristeza se misturam "Carta aberta ao Reinaldo Calixto de Campos "Prezados Colegas "Poxa Marco, obrigado pelos elogios e mais ainda pelas orações. Vou me recuperar sim, mas vai ser devagar. A operação foi grande e o retorno à normalidade vai ser bem gradativo. Já tirei uns pontos, terça tiro outros, o sistema digestivo está começando a funcionar melhor, e vou indo, tendo que ter paciência, com muito apoio da família. O que procurei como Decano foi ouvir a todos, não tratar ninguém com pré-conceito e procurar ver o melhor de cada um. Temos um centro muito rico, de pessoas e ideias. "Prezados colegas, |