
Bonde que fazia o trajeto do centro da cidade
à Gávea. Fotógrafo Augusto Malta. Acervo do Museu da Imagem
e do Som, c.1920.
Parceria que rende um bom samba a gente não interrompe.
E a
parceria entre o Jornal da PUC e o Núcleo de Memória, iniciada em
2010, deu um ótimo samba. Assegurou a divulgação de alguns aspectos da
memória do vivido que dão espessura ao nosso dia a dia na Universidade e
ancoram nossa identidade.
Em
2010 o eixo temático das crônicas era obrigatório: a comemoração dos 70
anos da PUC-Rio nos levou a encontrar nas colunas de vários estilos e
épocas o denominador comum arquitetônico das construções que abrigaram e
abrigam os diversos prédios da Universidade e a imagem simbólica da
firme sustentação da vida acadêmica na PUC-Rio.
Nesse
ano de 2011 escolhemos como foco dessas crônicas de memória a relação da
PUC-Rio com seu entorno. Por isso vamos ocupar o espaço cedido ao
Núcleo de Memória nas páginas do Jornal para lembrar alguns
fragmentos da história do bairro da Gávea e da cidade do Rio de Janeiro
que deixaram marcas no Campus e na história da cidade.
A
imagem do velho bonde da Gávea que até a década de 1960 trouxe
estudantes, funcionários e professores todos os dias até o Campus pelos
trilhos de uma Rua Marquês de São Vicente que ainda não conhecia
engarrafamentos ilustra bem o objetivo da série Crônicas de Memória de
2011. Queremos olhar a cidade a partir da Universidade para não perder
o bonde da História e porque sabemos que a PUC-Rio não existe para si
mesma, mas para o exercício qualificado da cidadania dos que nela
estudam, pesquisam, trabalham ou circulam, sem perder de vista as
angústias e as esperanças dos milhões de brasileiros que nunca visitaram
o Campus.
Por
essa razão os portões da Universidade estão sempre abertos.
Professora Margarida de Souza Neves
Coordenadora do Núcleo de Memória da PUC-Rio |