
Vista aérea do Parque Proletário e de parte das
construções da PUC-Rio. 1974.
Fotógrafo desconhecido. Acervo Agência O Globo.
Durante seus anos no campus da Gávea a PUC-Rio se expandiu e viu as
mudanças e o crescimento do bairro. Os seus pilotis, pilares físicos e
simbólicos da universidade, assistiram a chegada de novos vizinhos,
assim como se despediu de outros, como as fábricas instaladas no bairro.
Muitos alunos, professores e funcionários que hoje olham para o
estacionamento da PUC-Rio desconhecem que ali já foi a morada de muitas
famílias que durante anos compuseram a vizinhança da universidade.
Bem
próximo ao prédio Cardeal Frings ficava o Parque Proletário da Gávea.
Construído em 1942, este conjunto habitacional, construído para ser
provisório, viu de perto a instalação da PUC-Rio, compartilhando com a
Universidade parte de sua história. Demolido nos anos de 1970, o terreno
foi doado para a PUC-Rio. Hoje o terreno abriga o Núcleo de Competência
em Petróleo, o Ginásio, o Instituto Gênesis e o estacionamento.
Durante o período em que suas histórias se cruzaram, muitos funcionários
da PUC-Rio foram moradores do Parque Proletário, que também influenciou
a vida dos alunos que o viam ao passar pelos pilotis do Edifício da
Amizade. Licia Valladares, socióloga e ex-aluna da PUC-Rio, em
depoimento ao CPDOC/FGV, afirmou que quando era aluna da universidade,
ficava olhando o Parque Proletário nos intervalos das aulas, e que aos
poucos se interessou pelo assunto e tornou-se uma especialista na
questão da moradia popular e das favelas. Alguns cursos de graduação da
PUC-Rio, como Educação e Serviço Social, chegaram a desenvolver projetos
de pesquisa e atuação social no Parque Proletário.
Hoje, fica
na memória a imagem e as histórias desses homens e mulheres que
influenciaram e foram influenciados pela movimentação que se desenvolvia
na universidade.
Luciana dos Santos
Aluna de Graduação do Departamento de História
Pesquisadora do Núcleo de Memória da PUC-Rio
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