
Estudantes sentados na varanda de uma das casas da Vila, em 1979.
Fotografia de Alfredo Jefferson de Oliveira. Acervo do professor Alfredo
Jefferson de Oliveira.

Fuscas em fila estacionados na rua da Vila dos
Diretórios. Ao fundo a rua Marquês de São Vicente. Década de 1970.
Fotógrafo desconhecido. Acervo do Núcleo de Memória da PUC-Rio.
Na PUC-Rio são diversos
os espaços que alunos, professores e funcionários desfrutam em seu
quotidiano. Salas de aula, pilotis, anfiteatro ou mesmo uma varanda
singela e quase escondida pelas árvores da Vila dos Diretórios. Vale
sentar-se no muro de uma destas simpáticas varandas sustentadas por
pequenas colunas para vislumbrar uma breve história deste pedaço
especial da PUC-Rio.
Veremos que estas casas
atravessaram décadas sendo caracterizadas em diferentes fases pelas suas
diversas utilidades, tendo sido construídas no início do século XX como
moradia para os operários das fábricas que então compunham o cenário do
bairro. Quando começaram a ser erguidas as instalações da Universidade
as casas com as suas pequenas colunas, foram ocupadas por alguns
daqueles que ajudaram a construir os pilotis. Nas ruas havia movimento
de crianças correndo e nas casas mulheres com as panelas no fogo
esperavam a chegada dos maridos.
Com a inauguração do
campus em 1955, funcionaram ali alguns institutos, integrando
definitivamente esse espaço às atividades acadêmicas. A partir dos anos
1960 o Diretório Central dos Estudantes e os Centros Acadêmicos passaram
a ocupar este espaço juntamente com diversas atividades culturais
desenvolvidas pelos alunos da Universidade.
Hoje, ao nos recostarmos
nos pilares dessas mesmas varandas das donas de casa, crianças,
operários, alunos, funcionários e visitantes vemos uma Vila que continua
sendo um espaço aberto em constante transformação e que sustenta em suas
casinhas um encontro de histórias do passado, do presente e do futuro.
Elisabeth Cordeiro
Aluna de Graduação do Departamento de História
Pesquisadora do Núcleo de Memória da PUC-Rio
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