
Pilotis da Ala Kennedy do Edifício da Amizade, 2010.
Fotógrafo Nilo Lima. Acervo do Núcleo de Memória da PUC-Rio.
Ao longo do ano de 2010, os pesquisadores, alunos de graduação e de
pós-graduação que formam a equipe do Núcleo de Memória da PUC-Rio
publicaram no Jornal da PUC, a convite dos editores, uma série de
pequenos textos sobre uma constante arquitetônica presente nos vários
edifícios que abrigaram e abrigam as dependências da Universidade: suas
muitas e diversificadas colunas.
E foi
curioso descobrir que, ao longo de seus 70 anos, a PUC-Rio sempre se
edificou sobre colunas, desde os tempos das solenes colunas jônicas do
Palacete Joppert até o momento da construção dos emblemáticos pilotis do
campus da Gávea, onde esperavam a instalação da Universidade as brancas
colunas do Solar Grandjean de Montigny e as discretas colunas que
sustentam as varandas das casinhas de operários, transformadas hoje no
que conhecemos como a Vila dos Diretórios.
As muitas
colunas da PUC-Rio constituem uma metáfora poderosa da vida e da
história da Universidade, não só porque conferem leveza às sólidas
construções que se erguem sobre elas, mas porque permitem que, nos
espaços por elas abertos, abram-se também possibilidades de interação e
sociabilidade.
Ao fechar
essa série é fundamental lembrar que as colunas não teriam a conotação
simbólica que as reveste hoje se não fosse o trabalho constante daqueles
que, há 70 anos, fazem que sobre essas colunas físicas se erga uma
universidade de pesquisa capaz de fazer da excelência acadêmica e do
compromisso social o verso e o reverso de sua memória, de sua identidade
e de seus projetos.
São eles as
verdadeiras colunas da PUC-Rio, os professores e pesquisadores que
empenham o melhor de seus esforços para produzir conhecimento
socialmente relevante e para formar gerações de profissionais éticos e
competentes; os funcionários que não medem esforços e dedicação e
possibilitam as condições para que as atividades fim da Universidade se
realizem; os estudantes de graduação e de pós-graduação que aqui se
formam e enchem os pilotis com a força da juventude.
E é bom ver
que, ao completar 70 anos de vida, as colunas físicas e simbólicas sobre
as quais a PUC-Rio se sustenta continuam firmes, porque umas e outras se
assentam sobre alicerces sólidos que permitem olhar para o futuro não
apenas com esperança, mas com a consciência de quem sabe que é
corresponsável por esse futuro.
Professora Margarida de Souza Neves
Departamento de História
Núcleo de Memória da PUC-Rio |