Publicações do Núcleo de Memória da PUC-Rio - Jornal da PUC - 2010

:: As colunas da PUC-Rio - artigo publicado em 16/12/2010 no Jornal da PUC, Edição 238



Pilotis da Ala Kennedy do Edifício da Amizade, 2010.
Fotógrafo Nilo Lima. Acervo do Núcleo de Memória da PUC-Rio.

            Ao longo do ano de 2010, os pesquisadores, alunos de graduação e de pós-graduação que formam a equipe do Núcleo de Memória da PUC-Rio publicaram no Jornal da PUC, a convite dos editores, uma série de pequenos textos sobre uma constante arquitetônica presente nos vários edifícios que abrigaram e abrigam as dependências da Universidade:  suas muitas e diversificadas colunas.

            E foi curioso descobrir que, ao longo de seus 70 anos, a PUC-Rio sempre se edificou sobre colunas, desde os tempos das solenes colunas jônicas do Palacete Joppert até o momento da construção dos emblemáticos pilotis do campus da Gávea, onde esperavam a instalação da Universidade as brancas colunas do Solar Grandjean de Montigny e as discretas colunas que sustentam as varandas das casinhas de operários, transformadas hoje no que conhecemos como a Vila dos Diretórios.

            As muitas colunas da PUC-Rio constituem uma metáfora poderosa da vida e da história da Universidade, não só porque conferem leveza às sólidas construções que se erguem sobre elas, mas porque permitem que, nos espaços por elas abertos, abram-se também possibilidades de interação e sociabilidade. 

            Ao fechar essa série é fundamental lembrar que as colunas não teriam a conotação simbólica que as reveste hoje se não fosse o trabalho constante daqueles que, há 70 anos, fazem que sobre essas colunas físicas se erga uma universidade de pesquisa capaz de fazer da excelência acadêmica e do compromisso social o verso e o reverso de sua memória, de sua identidade e de seus projetos.

            São eles as verdadeiras colunas da PUC-Rio, os professores e pesquisadores que empenham o melhor de seus esforços para produzir conhecimento socialmente relevante e para formar gerações de profissionais éticos e competentes; os funcionários que não medem esforços e dedicação e possibilitam as condições para que as atividades fim da Universidade se realizem; os estudantes de graduação e de pós-graduação que aqui se formam e enchem os pilotis com a força da juventude. 

            E é bom ver que, ao completar 70 anos de vida, as colunas físicas e simbólicas sobre as quais a PUC-Rio se sustenta continuam firmes, porque umas e outras se assentam sobre alicerces sólidos que permitem olhar para o futuro não apenas com esperança, mas com a consciência de quem sabe que é corresponsável por esse futuro.

 

Professora Margarida de Souza Neves
Departamento de História

Núcleo de Memória da PUC-Rio

 

Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
Núcleo de Memória da PUC-Rio