Publicações do Núcleo de Memória da PUC-Rio - Jornal da PUC - 2010

:: As colunas da Amizade - artigo publicado em 08/09/2010 no Jornal da PUC, Edição 233


Comemoração dos 25 anos da PUC-Rio nos pilotis da Ala Kennedy, 1965. Fotógrafo desconhecido. Acervo Núcleo de Memória da PUC-Rio.


Na presença do Reitor Padre Laércio Dias de Moura, S.J., o Embaixador da Alemanha, Erhenfried von Holleben, recebe do Cardeal Gottfried Dossing o diploma e a medalha Cardeal Leme, por ocasião da benção do Edifício da Amizade e da Biblioteca Cardeal Frings. 1967.
Fotógrafo desconhecido. Acervo Núcleo de Memória da PUC-Rio.

Um dos idealizadores das modernas construções sustentadas por pilotis foi o arquiteto suíço naturalizado francês Le Corbusier. Além da durabilidade, sua defesa baseava-se na facilidade de circulação, estímulo à sociabilidade, ganho de espaço livre e interação entre arquitetura e natureza.

Projetado sob as linhas modernistas, o Edifício da Amizade começou a ser erguido em 1964 e teve a sua primeira ala inaugurada em 1965, ano do Jubileu de Prata da Universidade. Foi batizada em homenagem ao presidente norte americano John Fitzgerald Kennedy, agraciado pela PUC-Rio com o título Honoris Causa pouco antes de ser assassinado em 1963.

A inauguração da Ala Cardeal Frings ocorreu dois anos mais tarde, em outubro de 1967,  com a bênção e a instalação de uma placa em homenagem ao povo alemão pela contribuição financeira para a realização da obra. Estavam presentes o Embaixador da Alemanha, Erhenfried von Holleben, e o Cardeal Gottfried Dossing, representante do Cardeal Joseph Frings, ambos agraciados com o diploma e a medalha Cardeal Leme. Além de salas de aula e auditórios, as instalações acolheram a nova Biblioteca, transferida de uma das casas do IAG, e outros órgãos, como a Diretoria de Admissão e Registro.

Os pilotis do Edifício da Amizade são grandes estruturas cilíndricas de concreto e, portanto, monolíticas e imponentes. Entretanto, um olhar mais atento ao entorno da grande passarela que se abre entre eles, revela algo mais. A exuberante natureza do campus integra-se com os pilotis e com os indivíduos que ali transitam. Além disso, importantes solenidades e eventos institucionais e culturais neles ocorridos contribuíram para transformá-los em espaços simbólicos, icônicos e democráticos, significativos para a memória e para a identidade institucional e comunitária.

 

Eduardo Gonçalves
Mestrando do Programa de Pós-Graduação em História Social da Cultura do Departamento de História
Pesquisador do Núcleo de Memória da PUC-Rio

 

Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
Núcleo de Memória da PUC-Rio