
Comemoração dos 25 anos da PUC-Rio nos pilotis da Ala Kennedy, 1965.
Fotógrafo desconhecido. Acervo Núcleo de Memória da PUC-Rio.

Na presença do Reitor Padre Laércio Dias de Moura, S.J., o Embaixador da
Alemanha, Erhenfried von Holleben, recebe do Cardeal Gottfried Dossing o
diploma e a medalha Cardeal Leme, por ocasião da benção do Edifício da
Amizade e da Biblioteca Cardeal Frings. 1967.
Fotógrafo desconhecido. Acervo Núcleo de Memória da PUC-Rio.
Um dos idealizadores das modernas construções sustentadas por pilotis
foi o arquiteto suíço naturalizado francês Le Corbusier. Além da
durabilidade, sua defesa baseava-se na facilidade de circulação,
estímulo à sociabilidade, ganho de espaço livre e interação entre
arquitetura e natureza.
Projetado sob as linhas modernistas, o Edifício da Amizade começou a ser
erguido em 1964 e teve a sua primeira ala inaugurada em 1965, ano do
Jubileu de Prata da Universidade. Foi batizada em homenagem ao
presidente norte americano John Fitzgerald Kennedy, agraciado pela
PUC-Rio com o título Honoris Causa pouco antes de ser assassinado
em 1963.
A
inauguração da Ala Cardeal Frings ocorreu dois anos mais tarde, em
outubro de 1967, com a bênção e a instalação de uma placa em homenagem
ao povo alemão pela contribuição financeira para a realização da obra.
Estavam presentes o Embaixador da Alemanha, Erhenfried von Holleben, e o
Cardeal Gottfried Dossing, representante do Cardeal Joseph Frings, ambos
agraciados com o diploma e a medalha Cardeal Leme. Além de salas de aula
e auditórios, as instalações acolheram a nova Biblioteca, transferida de
uma das casas do IAG, e outros órgãos, como a Diretoria de Admissão e
Registro.
Os
pilotis do Edifício da Amizade são grandes estruturas cilíndricas de
concreto e, portanto, monolíticas e imponentes. Entretanto, um olhar
mais atento ao entorno da grande passarela que se abre entre eles,
revela algo mais. A exuberante natureza do campus integra-se com
os pilotis e com os indivíduos que ali transitam. Além
disso, importantes solenidades e eventos institucionais e culturais
neles ocorridos contribuíram para transformá-los em espaços simbólicos,
icônicos e democráticos, significativos para a memória e para a
identidade institucional e comunitária.
Eduardo
Gonçalves
Mestrando do Programa de Pós-Graduação em História Social da Cultura do
Departamento de História
Pesquisador do Núcleo de Memória da PUC-Rio |