Vice-Reitoria
Apresentação
O Vice-Reitor, a quem compete substituir o Reitor em suas ausências e impedimentos, bem como exercer as funções e executar as tarefas delegadas por ele, é nomeado pelo Grão-Chanceler, por indicação deste, ouvida a Sociedade Brasileira de Educação, por período igual e simultâneo ao do Reitor.
Prof. Pe. Anderson Antonio Pedroso S.J.
E-mail: pedroso@puc-rio.br
Equipe
Ivone de Figueiredo Santos
E-mail: ifs@puc-rio.br
Jussara Maria Gonçalves de Oliveira
E-mail: jussaraoliveira@puc-rio.br
Pedro Luiz Soares Ferreira
Telefones: 55 21 35271120 / 1121
Organograma
Coordenações
Unidades Complementares e Órgãos Vinculados
Conselho de Identidade e Missão
Prof. Augusto Luiz Duarte Sampaio
Profa. Daniela Trejos Vargas
Elaine Azevedo Maria
Profa. Gloria Fátima Costa do Nascimento
Prof. Gustavo Robichez
Prof. Heitor Carlos Santos Utrini
Profa. Jackeline Lima Forbiarz
Leandro de Barros Silva
Profa. Lilian Saback de Sá Moraes
Marcello Congro da Silva
Prof. Marcelo Gattass
Profa. Maria Clara Lucchetti Bingemer
Patrícia Rodrigues Heizer Villela
Associação de Antigos Alunos (AaA)
(Diretoria)
Ricardo Lagares Henriques - Presidente
Rodrigo Domingues Vilela - Vice-Presidente
Heitor Barreto Corrêa - Diretor Administrativo-Financeiro
Fernando Antonio W. Parente Martins - Diretor de Parcerias e Captação
Daniel Pereira da Costa - Diretor Jurídico
Clara Cezar de Andrade Hallot - Diretora de Relações Internacionais
Gustavo Miranda Araujo - Diretor de TI
Juliana Bacellar - Diretora de Relacionamento Institucional
Gisela Pimenta Gadelha Dantas - Diretora de Compliance
Patrícia Gabrig - Diretora de Marketing
Edna Miquelina Negrel Hargreaves
Alberto Keiiti Yamamoto
Maria Susana Dellavalle de Paz
Rua Marquês de São Vicente, 225
Edifício Cardeal Leme, sobreloja
Gávea - Rio de Janeiro - RJ - CEP 22451-900
Telefones: 55 21 35271466 / 1467
E-mail: aaa@aaa.puc-rio.br
Site: www.aaapucrio.com.br
Balanço do Ano
“Todo exercício de cargos ou funções é um serviço a ser
apresentado com dedicação à comunidade universitária.”
(Marco Referencial da PUC-Rio, n.13.)
Do que nos foi confiado enquanto Vice-Reitoria geral, gostaria de enfatizar o percurso de duas iniciativas que constituem as maiores linhas de força de nossa atuação durante o ano 2021: a renovação do Conselho de Identidade e Missão da PUC-Rio (CIM) e o novo projeto do Centro Loyola de Fé e Cultura-PUC-Rio. Trazer à memória esses passos nos ajudará a vislumbrar os próximos.
I – Conselho de Identidade e Missão da PUC-Rio (CIM)
No dia 21 de junho 2021, o Pe. Josafá Carlos de Siqueira S.J., Reitor da PUC-Rio, nomeou os novos membros do Conselho de Identidade e Missão da PUC-Rio (CIM) por um período de dois anos.
Previamente havíamos enviado ao Reitor os seguintes pressupostos:
1. O estabelecimento de Conselhos de Identidade e Missão é uma experiência que tem se consolidado nas universidades confiadas à Companhia de Jesus (jesuítas) no mundo. Respeitando a legítima autonomia de cada universidade, os Conselhos de Identidade e Missão são instrumentos para pensar e redimensionar a gestão das instituições de ensino superior, a partir de uma visão sistêmica e inovadora, aberta e construtiva, segundo as recentes preferências apostólicas universais da Companhia de Jesus (2019-2029).
2. Existente desde maio de 2005, o Conselho de Identidade de Missão da PUC-Rio, além de continuar sendo um meio de integração com as demais instituições de ensino superior confiadas à Companhia de Jesus, terá diante de si o desafio de ajudar a Universidade a pensar e projetar seu futuro, a partir de sua identidade e missão, onde presente e passado se encontram.
Tais pressupostos foram incorporados na Portaria n. 26/2021, o documento de nomeação dos novos membros. A comunidade universitária acolheu com generosidade e interesse esse evento, pois ele sinalizava o restabelecimento de uma instância de discernimento com a qual a nossa PUC-Rio poderia novamente contar.
Neste sentido, os novos membros do CIM acolheram, como objetivo e marco fundamental, o desafio de preparar e articular um grande processo de “escuta” da comunidade universitária - entendida em um sentido amplo que, naturalmente, implica alunos, professores, funcionários e colaboradores diretos ou indiretos. Enfim, todos são importantes.
1. A natureza e a função do CIM
Já nas primeiras reuniões, refletindo sobre nossa atuação em meio ao ecosistema que é a PUC-Rio, definimos que o CIM quer atuar paulatinamente ajudando a instituição a descobrir e aprofundar sua vocação fundamental. Assim, o CIM quer ser uma instância de reflexão que possa oferecer elementos de discernimento para que o “agir” da nossa PUC-Rio continue manifestando com maior clareza sua identidade e missão - o seu “ser”.
De um ponto de vista formal, ao contribuir com tais elementos de discernimento para os processos, programas e projetos, o CIM pode oferecer uma espécie de ‘bússola” que nos ajuda em nossa travessia, sendo fieis à nossa identidade e missão. O CIM também pode ter a função de “selo”: uma marca que reforce a visão de futuro que vai sendo constituída coletivamente. Dessa maneira, esse “selo” não deve ser impresso somente após – como um avaliador externo –, mas ser acolhido organicamente durante os próprios processos de criação e gestão das diversas realidades (intelectuais e materiais) que compõem o ecossistema da Universidade. É um desafio e uma esperança, mas, sobretudo, um motivo para avançarmos em nossos esforços de escuta e participação.
Assim, afirmaremos e proporemos com mais força a lógica sistêmica e orgânica (ecossistêmica) que nos caracteriza, e o modo de ser e de fazer colegiado das dinâmicas que movem a PUC-Rio, isto é, uma relação saudável entre autonomia (unidades) e interdependência (comunidade).
Estamos conscientes de que o desafio no interior da vida da comunidade que a PUC-Rio representa é, ao mesmo tempo, antigo e novo: o de encarnar no concreto – nas relações e nos trabalhos de toda ordem – os valores que nos caracterizam, e potencializar todas as iniciativas para que, em sua especificidade, possam atingir o máximo de sua capacidade.
2. O modo de proceder
Refletindo sobre como tornar nossos trabalhos mais colaborativos e eficazes, foi estabelecida uma secretaria (executiva) que garantiria o dinamismo de participação que queremos cultivar como forma de proceder do CIM. Trata-se de uma secretaria operacional composta por um secretário permanente que atua ad hoc com os grupos de trabalho (GT). Para a primeira fase (2021.2), com o objetivo de cuidar da metodologia do processo de escuta, criamos o Grupo de Trabalho Metodologia (GT1), que tem a missão de facilitar nossos encontros e de nos ajudar a compartilhar os processos e encaminhamentos.
Ao mesmo tempo, criamos um GT de Teologia, cujo objetivo é ajudar a pensar as bases teológicas de nossa identidade, resgatando não só figuras históricas, mas também pensando as novas configurações sociais e religiosas – mais plurais – que nos constituem hoje. Assim nasceu o Grupo de Trabalho Teologia (GT2).
Dada a época atual – não mais uma época de mundanças, mas uma verdadeira mudança de época – pensando na PUC-Rio, em seu papel histórico de protagonista por décadas, percebemos que estamos diante de, pelo menos, dois grandes desafios: primeiro, a necessidade de uma renovada política de inovação, pautada em uma relação sempre mais dinâmica com a realidade nacional e internacional; segundo, a reflexão séria sobre o “extramuros”, o que está concretamente mais próximo à Universidade, isto é, o seu entorno. Pensamos nas comunidades e nas pessoas que podem nos ajudar a concretizar uma política humanizadora de extensão universitária.
Trata-se, na verdade, de um conjunto de temas fundamentais que concretizam nosso desejo de ajudar a PUC-Rio a se projetar nos próximos 20 anos para além de si mesma, isto é, mantendo-se fiel à sua identidade e missão de transformação da realidade local e nacional, com projeção internacional, valorizando uma cidadania ecológica. De fato, a PUC-Rio nunca se isolou de seu contexto sociopolítico-ambiental, local e global.
Neste sentido, propomos a criação de um GT que possa nos ajudar a pensar a PUC-Rio em nosso desafiador mundo contemporâneo. Trata-se do Grupo de Trabalho Inovação (GT3), inicialmente inspirado em três eixos: inovação (transversal), internacionalização (vertical) e outras iniciativas locais (horizontal). O primeiro eixo busca incrementar a “inovação”, desde seu sentido amplo, incluindo as esferas tecnológica, pedagógica e curricular. O segundo eixo visa reforçar a “internacionalização”, no sentido da potencialização de projetos e do estabelecimento de parcerias institucionais de envergadura. O terceiro eixo propõe o fortalecimento da Extensão, por meio das “iniciativas” locais, no entorno do Campus, isto é, aquelas que promovam solidariedade humana e socioambiental.
O trabalho deste GT3 é centrado em ajudar a PUC em seus organismos responsáveis por essas dimensões, discernindo as demandas e preparando ações que as concretizem em termos formais (elaboração de políticas de inovação, por exemplo) e materiais (identificação de projetos-chave de internacionalização e Extensão).
Consequentemente, precisamos pensar em um plano de comunicação do CIM, que será responsável por articular uma comunicação fluida e eficaz de nossos trabalhos (GTs) e iniciativas com toda a comunidade da nossa PUC-Rio e das instituições das quais fazemos parte, em especial a Arquidiocese do Rio de Janeiro e a Companhia de Jesus, bem como a sociedade em geral. Por isso, criou-se o Grupo de Trabalho Comunicação (GT4) para ajudar a Universidade a responder a uma demanda comunicativa especial, que implica proximidade com as pessoas, escuta ativa e competência técnica profissional para preparar um plano de comunicação.
3. A proposta: um grande processo de escuta
Os membros do CIM estão comprometidos com um grande processo de "escuta profunda" da nossa Universidade, durante os anos 2022-2023. Sem essa escuta franca, aberta e desarmada, a catolicidade fundacional, sua inspiração humanista, seu caráter comunitário e seu compromisso com a transformação da sociedade, por meio de políticas educacionais inovadoras, características intrínsecas da identidade e missão da PUC-Rio, não passarão de palavras belas e símbolos imponentes, mas vazios e sem significado para nossos alunos que, verdadeiramente, são nossa esperança!
Neste sentido, o discurso do Papa Francisco, no dia 9 de outubro de 2021, na abertura dos trabalhos do futuro Sínodo, que acontecerá em Roma em 2023, foi simples, mas profundo e programático. Ele falou das três palavras-chave (comunhão, participação e missão), mas também dos três riscos (formalismo, intelectualismo e imobilismo). O Papa Francisco pensa a Evangelização (a proposta da fé cristã e sua vivência) como um processo sistêmico e participativo e, enfim, sinodal. A Universidade, portanto, não pode ficar distante deste momento eclesial, verdadeiro sopro do Espírito.
Assim, vemos como se confirma este processo que o CIM propõe, isto é, de fomentar em nossa PUC-Rio um processo de escuta aberto a todos os membros da comunidade universitária e, desta forma, trabalhar a identidade desde o interior da instituição. Foi assim no início, com o grupo de leigos fundadores da PUC-Rio, dos quais se destacaram, por exemplo, Alceu Amoroso Lima que, com Pe. Leonel Franca S.J. e com Dom Sebastião Leme, iniciaram esta grande obra. Enfim, mais uma vez podemos relembrar o clássico tripé da PUC-Rio: Companhia de Jesus, Arquidiocese do Rio de Janeiro e cidadania, representada por intelectuais docentes qualificados e comprometidos com valores humanistas e cidadãos.
Somente participando da vida da PUC-Rio (aulas, projetos de pesquisa, programas de ensino, administração etc.) será possível garantir que a identidade e a missão se renovem e reforcem a partir do seu interior, e que o "azeite perfumado" - os valores cristãos e humanistas que queremos transmitir pelo CIM – se espalhe na “máquina” da Universidade em suas múltiplas engrenagens. Para além dessas metáforas, uma bíblica (azeite), outra industrial (máquina), nossa esperança é promover a presença ativa desses valores em todas as nossas ações.
II. Centro Loyola de Fé e Cultura – PUC-Rio
No dia 25 de maio de 2021, fui nomeado diretor do Centro Loyola de Fé e Cultura – PUC-Rio. É uma nomeação de dupla assinatura: Provincial dos Jesuítas do Brasil e Reitor da Universidade.
O Centro Loyola de Fé e Cultura - PUC-Rio foi fundado pelo padre Francisco Ivern Simó S.J., em março de 1994, durante a sua primeira gestão como Vice-Reitor de Desenvolvimento da PUC-Rio. Em sua intuição original, o Centro Loyola foi planejado para abrigar um setor de educação da interioridade, transcendência e espiritualidade, em diálogo com temáticas contemporâneas.
Sendo o primeiro Centro Loyola criado no Brasil, hoje faz parte de uma rede de outros Centros Loyola e iniciativas afins da Companhia de Jesus. Dada a sua inserção no contexto universitário, ele é uma unidade complementar vinculada à Reitoria, mas conserva seu caráter acadêmico (ensino e pesquisa), com vocação especial à Extensão universitária.
Passados mais de 25 anos, os desafios do mundo contemporâneo abrem um diálogo que deve incluir aspectos novos: artístico-culturais, ético-comportamentais, tecno-científicos e socioambientais. Sendo assim, após meses de reestruturação, reconfigurado por um novo projeto, o Centro Loyola de Fé e Cultura deverá ser um espaço múltiplo, considerando 7 aspectos fundamentais:
1º a convergência entre a fé e a cultura, integrando e fazendo interagir Universidade, Igreja e Sociedade;
2º a mentalidade nova de uma "Igreja em saída", que assume como premissa o diálogo dinâmico e qualificado com a sociedade atual, com seu rosto pluricultural e pluriétnico;
3º a consonância com as Preferências Apostólicas Universais da Companhia de Jesus de “mostrar o caminho até Deus, caminhar com os excluídos, acompanhar os jovens no caminho e cuidar da casa comum” (Cf. https://www.jesuitasbrasil.org.br/2019/02/19/companhia-de-jesus-conhece-...);
4º o “caráter pedagógico e emancipatório, no sentido da formação de personalidades democráticas em direção à cidadania ativa” (Cf. Maria Victoria Benevides, Instituto Herzog, 2015);
5º a produção de um saber ético teológico (teologia pública e pastoral), de iniciativas voltadas às grandes questões artístico-culturais e ecológicas (políticas públicas), acadêmicas (fé e ciência) e espirituais da atualidade (mística cristã);
6º as iniciativas inscritas nas dimensões formativas espiritual, socioeducativa, artístico-cultural e ecológica que visem a práticas solidárias pensadas e abordadas em diálogo com a sociedade e em vista de resultados efetivos;
7º o diálogo com o Marco Referencial da PUC-Rio “Encarnar a opção pela pessoa humana, que a caracteriza desde a sua origem, e que hoje implica o compromisso de colaborar na construção de uma sociedade baseada no respeito e na promoção de todos, de modo especial dos mais pobres e marginalizados” (Marco Referencial, n. 5).
Tendo sido aprovado este novo projeto, sem perder suas características fundamentais, a partir de 2022, o Centro Loyola se transforma em uma plataforma de projetos para a PUC-Rio, acolhendo iniciativas (atividades, eventos e programas) dos departamentos, professores, alunos e outras pessoas interessadas, que busquem interagir com os jovens e suas comunidades para reconhecer seus anseios, identificando oportunidades de convergência das iniciativas acadêmicas, artístico-culturais, ecológicas e de ação solidária, por meio de metodologias ecossistêmicas-participativas.
Como anunciamos no início, trazer à memória esses passos nos ajuda a vislumbrar os próximos. Neste sentido, seguiremos movidos pela esperança de continuar a ajudar a PUC-Rio a viver sua identidade e missão, rumo a uma educação mais inclusiva, em vista construção de uma sociedade mais justa e solidária.
Prof. Pe. Anderson Antonio Pedroso S.J.
Vice-Reitor