Vice-Reitoria

Algumas breves observações relativas ao ano de 2015 e às reponsabilidades que me foram confiadas, seja estatutariamente, em virtude do meu cargo de Vice-Reitor, seja por delegação do Reitor:

1) O fato de substituir o Reitor nas suas ausências - o que ocorre com certa frequência devido ás inevitáveis relações do Reitor no campo educacional com outras entidades, no nível municipal, estadual e federal - me permite constatar que, do ponto de vista do seu governo e organização, a PUC-Rio atingiu um elevado grau de maturidade. Os colaboradores mais imediatos do Reitor, sejam os Vice-Reitores, sejam os responsáveis pelas Assessorias da Reitoria, sejam outras unidades vinculadas com ela, exercem suas funções com um elevado grau de responsabilidade e fidelidade à identidade e aos princípios que caracterizam a PUC.

2) Com certa frequência também me toca representar o Reitor nas relações que a nossa Universidade mantém com muitas outras universidades no mundo todo. Esses contatos revelam o elevado grau de prestígio que a PUC usufrui nos meios acadêmicos e o crescente interesse de muitas universidades, algumas delas bem conhecidas, de estabelecer relações com a nossa Universidade.

3) No ano de 2015, não houve reuniões do Conselho de Identidade e Missão cuja Presidência foi confiada ao Vice-Reitor. O fato de não ter havido reuniões revela que os princípios e valores que caracterizam a nossa Universidade e definem a sua identidade e missão - e que são responsabilidade desse Conselho – já estão bem presentes no dia a dia da vida Universitária. Por outro lado, não podemos tampouco negar que esse Conselho ainda não encontrou o seu espaço de influência e ação na estrutura organizacional da PUC.

4) Outra responsabilidade confiada à Vice-Reitoria são as relações da Universidade com a Associação de Antigos Alunos (AaA) que tem a sua própria personalidade e autonomia em relação com a PUC. Apesar da dedicação e dos esforços da sua Presidente, a Dra. Andrea C. Ramal, e dos seus colaboradores mais imediatos, as relações da Associação e dos ex-alunos com a PUC como tal são ainda fracas. Às vezes essas relações são mais frequentes e significativas com os Decanatos e Departamentos, nos quais os antigos alunos estudaram do que com a Universidade como um todo. É um assunto que mereceria ser melhor estudado.

5) Semanalmente, o Vice-Reitor se reúne com os principais responsáveis pela Coordenação Central e Infraestrutura e espaço Físico (CCIE). Essa coordenação e muito importante devido às limitações, no que toca ao espaço disponível, do nosso campus da Gávea. Nesses últimos anos, a aquisição por parte da PUC, de propriedades perto desse campus tem aliviado consideravelmente a crescente pressão e demandas por espaço que o crescimento da PUC inevitavelmente comporta: crescentes demandas por espaço tanto para salas de aula, como para laboratórios e projetos. A esse respeito, a sadia descentralização de parte das responsabilidades acadêmicas e administrativas nos Decanatos, Departamentos e Unidades complementares, que desde os inícios caracterizou o governo da PUC, nem sempre foi acompanhada pelo necessário conhecimento das necessidades da Universidade como um todo e a identificação efetiva e, até diria, afetiva, com elas: essas necessidades não são apenas da PUC como tal, do “todo”, mas também das unidades que a compõem.

6) Até agora uma das responsabilidades confiadas ao Vice-Reitor eram os contatos e relações com a Associação das Universidades confiadas aos cuidados da Companhia de Jesus na América Latina (AUSJAL). Ultimamente, depois da reformulação da Coordenação Central de Cooperação Internacional (CCCI) e da criação da Coordenação Central de Internacionalização (CCI), vinculada diretamente com a Reitoria, julgamos que essas relações com AUSJAL deveriam ficar sob a responsabilidade da CCCI e da CCI, e não do Vice-Reitor. Se houver aspectos dessas relações mais diretamente relacionados com a natureza religiosa ou “jesuítica” dessas Universidades, o Vice-Reitor poderia sempre intervir e dar o seu parecer.    

Em geral posso afirmar que, do ponto de vista da Vice-Reitoria, o ano de 2015 foi um ano muito bem sucedido. O prestigio da PUC-Rio continuou crescendo, apesar das dificuldades que o nosso país e também o setor educativo experimentaram e continuam experimentando do ponto de vista não apenas político, mas também, e diria, sobretudo, econômico.

Prof. Pe. Francisco Ivern S.J.
Vice-Reitor