(* 06/02/1902, Petrópolis/RJ; + 23/05/1993, Rio de Janeiro)
Fez os estudos primários em casa e o curso secundário no Colégio Santo Inácio do Rio de Janeiro. Ingressou na Escola Politécnica (Universidade do Brasil) formando-se Engenheiro Civil em 1923.
Após 10 anos como engenheiro, em 1933 decidiu entrar para o noviciado da Companhia de Jesus quando já estava com 31 anos de idade. Pela sua convivência com os trabalhadores no seu tempo de engenheiro, desejava devotar-se aos operários.
Estudou Filosofia entre 1936 e 1938, e em 1939 foi cursar Teologia em Enghien, na Bélgica. Concluiu em Roma o curso de Teologia e em 1941 foi ordenado sacerdote, retornando ao Brasil.
Em 1943 tornou-se Secretário do Padre Leonel Edgar da Silveira Franca, S.J., Reitor das Faculdades Católicas, ainda no campus de Botafogo, onde também era professor de Sociologia, Direito Civil e Matemática Superior. Em 1948 ajudou a fundar a Escola Politécnica (curso de Engenharia) da PUC-Rio, sendo o seu primeiro Diretor.
As atividades acadêmicas não o afastaram da ação religiosa e pastoral. Ao lado da PUC, já no novo campus da Gávea, existia o Parque Proletário para o qual haviam sido levados centenas de moradores removidos nos anos 1940 de diversas favelas da Zona Sul. Padre Velloso assumiu o cargo de assistente eclesiástico do Parque, onde fundou uma Congregação Mariana de operários. Em 1951 iniciou sua atuação de assistência religiosa e de promoção social no Morro Dona Marta, em Botafogo, atividade que manteve até sua morte.
Tornou-se Vice-Reitor da PUC-Rio, e teve atuação decisiva no projeto do novo campus da Universidade e na campanha financeira que viabilizou a construção dos prédios. Em 1951 assumiu pela primeira vez a Reitoria da PUC, cargo que ocupou até 1956. Além da construção e inauguração da nova sede, em seu primeiro período na Reitoria foram criados a Associação de Antigos Alunos, o curso de Jornalismo na Faculdade de Filosofia, o Instituto de Psicologia Aplicada, o Instituto de Aperfeiçoamento Médico, o Instituto de Estudos Políticos e Sociais, e a Escola de Enfermagem Luiza de Marillac agregou-se à Universidade.
Após esse período ocupou o cargo de Assistente na Federação dos Círculos Operários, criando na PUC a Escola de Líderes operários, que visava à formação das lideranças do movimento sindical do Rio de Janeiro. Assumiu a direção do Centro de Investigação e Ação Social, iniciativa da Companhia de Jesus que em 1968 ligou-se ao Instituto Brasileiro de Desenvolvimento, tornando-se o Centro João XXIII - IBRADES, com o patrocínio da CNBB e da CRB, num período difícil da vida política brasileira.
Entre 1966 e 1968 foi novamente Vice-Reitor da PUC-Rio, e entre 1969 e 1970 foi Presidente da Conferência dos Provinciais Jesuítas do Brasil. Em 1972 volta à Reitoria da PUC, ficando no cargo até 1976, período em que lutou para evitar a passagem pelo campus da auto-estrada Lagoa-Barra. Em seu segundo período na Reitoria foi criado o pioneiro curso de formação de Tecnólogos em Processamento de Dados, o Instituto de Relações Internacionais e de Direito Comparado vinculado ao Departamento de Ciências Políticas, e o Programa de Especialização em Engenharia Nuclear do curso de Engenharia Mecânica, único em nível de graduação no Brasil.
Entre 1977 e 1980 foi Diretor do Centro Cultural João XXIII. A partir de então Padre Velloso passou a dedicar a maior parte do seu tempo à comunidade do Morro Dona Marta.
Bibliografia:
Pe. Pedro Belisário Velloso Rebello S.J. Disponível em www.jesuitasbrc.org.br/historia_jesuitabrasil.htm, acesso em 23/08/2010
Pe. Pedro Belisário Velloso Rebello S.J. Disponível em www.itaici.org.br/userfiles/file/Itaici51.pdf, acesso em 23/08/2010
Pe. Pedro Belisário Velloso Rebello S.J. Disponível em issuu.com/excsi/docs/152, acesso em 23/08/2010